Notícias da Saúde em Portugal 577

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DGS comemora Dia Europeu dos Direitos dos Doentes

DGS

No âmbito do Dia Europeu dos Direitos dos Doentes, que se assinalou a 18 de abril, a Direção-Geral da Saúde (DGS) destaca a importância de garantir cuidados de saúde seguros, de qualidade e centrados na pessoa.

Para reduzir os danos evitáveis na prestação de cuidados, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou a Carta dos Direitos de Segurança do Doente, no contexto do Plano de Ação Mundial para a Segurança do Doente 2021-2030.

Sob o lema "Envolver os Doentes para a Segurança do Doente", esta Carta sublinha a responsabilidade partilhada entre utentes, doentes, das suas famílias, cuidadores, profissionais e instituições de saúde na promoção de práticas seguras. Os direitos fundamentais que nela constam estão alinhados com a Lei de Bases da Saúde, reforçando o papel ativo de todos estes intervenientes na construção de um sistema de saúde mais seguro, digno e acessível. A Carta dos Direitos de Segurança do Doente identifica 10 direitos essenciais, que visam prevenir riscos, mitigar danos e fortalecer a confiança nos serviços de saúde.

Os riscos (reais) do WhatsApp na prática dos profissionais de saúde

Sapo.pt

Informações sobre doentes, circulam todos os dias em mensagens do WhatsApp. Esta prática entre equipas de saúde, tem sido assumida com uma naturalidade crescente e uma falsa perceção de legitimidade. Contudo, este atalho pode ser perigoso, pois implica riscos deontológicos, éticos, legais e de cibersegurança. Cada partilha deixa um rasto digital permanente, potencialmente utilizável em processos disciplinares ou ações judiciais futuras. É o paradoxo da modernidade digital que exige uma análise multiprofissional destes riscos complexos.

Um dia um médico partilha um ECG com um colega para validar o seu diagnóstico. Noutro dia um enfermeiro partilha uma fotografia de uma úlcera por pressão com a equipa para avaliar a evolução do tratamento prescrito, cujo consentimento da fotografia não foi obtido por escrito (DGS – Norma nº 15/2013, de 3 de novembro), por mais útil que seja essa informação visual. No final do dia, da semana e do mês, informações clínicas confidenciais que são pertença do utente/doente (Lei n.º 12/2005, de 26 de janeiro), circulam sem controlo e proteção, fora dos sistemas institucionais.

Sendo uma ferramenta democratizada, de fácil instalação e de uso intuitivo, o WhatsApp, não é adequado para fazer passar informações confidenciais, porque não cumpre os requisitos legais e não é seguro do ponto de vista técnico.

As consequências das falhas éticas, deontológicas e legais, deste procedimento, mesmo que com boas intenções e com um sentido prático de facilitar as comunicações, viola princípios fundamentais da conduta ética dos profissionais de saúde. Tal prática compromete: o segredo profissional – um dos pilares da relação terapêutica; a confiança – qualquer partilha fora dos canais autorizados compromete a confiança do utente na instituição e no profissional; e, a autonomia – o utente não deu consentimento informado para que os seus dados circulem em redes não institucionais. Proteger a informação clínica, deve ser vista como uma extensão dos cuidados em saúde.

Violar o direito à privacidade de um cidadão partilhando de forma informal os seus dados de saúde, cria para os profissionais, potencias sanções disciplinares pelas respetivas Ordens profissionais, processos administrativos por infração do RGPD, responsabilização criminal em caso de dano efetivo ao doente, perda de confiança da comunidade e deterioração da relação terapêutica.

Partilhar informações confidenciais cujos proprietários são os utentes/doentes, não é uma prática aceitável porque não é neutra. Representa uma falha ética, uma infração deontológica e um potencial crime. Proteger as informações clínicas e fazê-las circular nos meios previstos na lei, é tão importante como proteger a saúde física das pessoas.

As instituições de saúde devem: fazer auditorias internas regulares; disponibilizar plataformas certificadas de comunicação interna; promover uma cultura organizacional cibersegura; e, fazer formação obrigatória e contínua em cibersegurança clínica, ética e responsabilidade jurídica.

Em termos individuais, os profissionais de saúde devem: recusar partilhar informações clínicas em canais tecnicamente pouco seguros; utilizar apenas sistemas autorizados, seguros e auditáveis para partilhar e guardar informações confidenciais; frequentar formações sobre cibersegurança em geral e cibersegurança especifica nos serviços de saúde; e, compreender que a ética profissional também se aplica aos seus dispositivos pessoais.

Profissionais conscientes e responsáveis pelos mais vulneráveis, assim como, instituições bem preparadas, que fazem da cibersegurança um ativo estratégico, são uma porta aberta para o desejável avanço tecnológico, sem que haja um retrocesso ético. Porque cuidar, também é proteger a informação.

Oportunidades que Criam Futuro!

Sabemos que o talento certo pode fazer toda a diferença numa clínica. Por isso, criamos este espaço para conectar profissionais de saúde com as clínicas que precisam deles. Seja para expandir a equipa, reforçar o atendimento ou encontrar aquela peça-chave para o sucesso!

Se está à procura de novas oportunidades ou se a sua clínica precisa de reforços, esta secção é para si! Fique atento e acompanhe as oportunidades que podem mudar o seu futuro profissional.

Médico(a) Dentista – Lisboa Avenidas Novas

A Clínica Serviços Dentários Dr. Cautela está a admitir, para entrada imediata, médico(a) dentista para consultas de ortodontia, um dia e meio por semana.

Junte-se a uma equipa dedicada e multidisciplinar, numa clínica com visão de futuro e localizada no centro de Lisboa.

Os interessados devem enviar a sua candidatura para o email: [email protected]

Médico(a) Dentista – Cirurgia Oral | Santa Maria da Feira

A Clínica São Sebastião, com mais de 20 anos de experiência na prestação de cuidados de saúde oral, está a recrutar médico(a) dentista para prática em cirurgia oral, para integrar a sua equipa clínica em regime de colaboração, 2 a 3 dias por semana.

Faça parte de uma equipa com foco na excelência, inovação e acompanhamento próximo dos seus utentes.

Envie a sua candidatura para: [email protected]

Uma pastilha elástica antiviral para reduzir a transmissão do vírus influenza e herpes simplex

Jornal Dentistry

As baixas taxas de vacinação contra os vírus da gripe e a falta de uma vacina contra o herpes simplex (HSV) sublinham a necessidade de uma nova abordagem para reduzir a transmissão viral.

Os investigadores utilizaram agora uma pastilha elástica antiviral de grau clínico para reduzir substancialmente as cargas virais de dois vírus herpes simplex e duas estirpes de gripe A em modelos experimentais.

No mundo interconectado de hoje, as doenças infeciosas representam uma ameaça crescente, como demonstrado pela pandemia de coronavírus e surtos dos vírus H1N1, SARS, Ebola, Zika e H5N1 (gripe aviária) - todos os quais tiveram impactos significativos na saúde e na economia global.

Mas as doenças virais mais comuns também contribuem para os desafios globais em matéria de saúde e para os custos económicos. Por exemplo, as epidemias de gripe sazonal ocorrem anualmente, causando uma carga global substancial de doenças e perdas económicas superiores a 11,2 mil milhões de dólares por ano só nos Estados Unidos. Enquanto isso, o vírus herpes simplex-1 (HSV-1), transmitido principalmente por contato oral, infeta mais de dois terços da população global e é a principal causa de cegueira infeciosa nos países ocidentais.

As baixas taxas de vacinação contra os vírus influenza e a falta de uma vacina contra o HSV reforçam a necessidade de uma nova abordagem, que vise reduzir as cargas virais nos locais onde ocorre a transmissão. E para vírus como estes, que são transmitidos de forma mais eficiente pela boca do que pelo nariz, isso significa focar na cavidade oral.

Agora, em um estudo publicado na Molecular Therapy, pesquisadores da Escola de Medicina Dentária da Universidade da Pensilvânia e colaboradores na Finlândia, fizeram exatamente isso.

TikTok: falsos profissionais de saúde gerados por IA promovem desinformação médica

SIC Notícias

Plataforma de segurança online alerta para a circulação de deepfakes que imitam profissionais de saúde e divulgam falsos conselhos médicos.

A plataforma de segurança online ESET alerta para a circulação no TikTok de vídeos falsos gerados por inteligência artificial (IA) que imitam profissionais de saúde e divulgam desinformação médica para enganar os utilizadores da aplicação.

"A geração de imagens, vídeos ou áudios falsificados para aplicar golpes, roubar informações ou destabilizar a opinião pública é uma prática comum no universo do cibercrime", alerta.

A organização descobriu uma campanha nas redes sociais que utiliza 'deepfakes' criados com IA para se fazer passar por profissionais de saúde.

O objetivo desta campanha, segundo a plataforma é "promover a compra de suplementos e outros produtos, fazendo com que pareçam recomendações médicas legítimas".

De acordo com a plataforma, os vídeos seguem uma estrutura bastante definida, onde uma pessoa afirma ser especialista com muita experiência e apresenta uma série de recomendações de estética e saúde.

Os conselhos e dicas são geralmente relacionados com a alimentação natural e induzem à compra de produtos que estão a ser vendidos, estando em causa "uma validação falsa de supostos especialistas para fazer o público acreditar que a mensagem está a ser transmitida por alguém com conhecimento no assunto".

"Medicamentos sem aprovação oficial"

Além disso, também foram observados casos em que são promovidos "medicamentos sem aprovação oficial", oferecendo dicas falsas para problemas de saúde, através de 'deepfakes' com a imagem de profissionais amplamente reconhecidos.

No estudo desenvolvido pela plataforma foram detetadas mais de 20 contas com este tipo de conteúdo, tanto no Instagram como no TikTok.

"Em tempo de desinformação de fácil disseminação, é fundamental saber reconhecer esse tipo de golpe ou publicidade infundada", pelo que se deve estar atento a sinais que permitam identificar este tipo de conteúdo.

Entre os sinais de alerta, a plataforma destaca expressões faciais pouco naturais, falhas visuais ou distorções, voz robótica, perfis recém-criados ou afirmações sem justificação científica.

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A equipa da MedSUPPORT.

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