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Perdeu chaves, troca nomes e não sabe onde estacionou o carro: é cansaço, distração ou sinal de demência?

SIC Notícias

Levanta-se do sofá para fazer qualquer coisa mas esquece-se imediatamente. Tem uma palavra 'na ponta da língua' mas não se consegue lembrar. Colocou os óculos dentro do frigorífico. Alguém se apresenta e segundos depois já não sabe o nome. Não se lembra em que local estacionou o carro no centro comercial. Não consegue lembrar-se do nome da sua prima. Quem nunca passou por uma situação destas em algum momento da vida?

Kaarin Anstey, psicóloga e diretora do Instituto de Envelhecimento da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, explica que o cérebro fica "um pouco mais lento" quando "somos jovens e estamos cansados" e à medida que envelhecemos. Mas, afinal, o que é cansaço ou distração e o que pode ser sinal de demência?

O que é "normal"?

A mesma psicóloga considera que esquecer-se do nome do filme, perder temporariamente um objeto ou demorar mais tempo a fazer uma determinada tarefa pode ser "normal" no envelhecimento.

A velocidade de processamento pode diminuir com a idade ou com o cansaço, o que é normal, aponta Amy Brodtmann, neurologista e responsável por um projeto da Universidade Monash, em Melbourne, em declarações ao The Guardian.

Se se levanta do sofá para fazer uma tarefa e se esquece do que ia fazer pode ser apenas um "lapso de atenção" ou cansaço. Trocar o nome de pessoas também é normal, acrescenta.

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  • O que é preocupante?

  • Demência

Procedimentos estéticos ilegais estão a aumentar (muito) por 'culpa' das redes sociais

SIC Notícias

O número de procedimentos estéticos realizados por profissionais não habilitados está a crescer de forma alarmante em Portugal. Dos preenchimentos com ácido hialurónico a aplicações de botox, muitos tratamentos são feitos em espaços ilegais. A Ordem dos Médicos fala num "flagelo" alimentado, sobretudo, pelas redes sociais, e diz que está a olhar para esta situação com "grande preocupação".

Aos hospitais públicos e às clínicas privadas têm chegado cada vez mais casos de complicações após intervenções realizadas em espaços ilegais ou no estrangeiro. Segundo dados da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), citado pelo Jornal de Notícias, em apenas dois anos, entre 2022 e 2024, foram denunciados 319 estabelecimentos, dos quais 14 já foram suspensos.

A "vergonha" de denunciar

No entanto, a vergonha de admitirem que recorreram a clínicas ilegais leva muitas vítimas a não denunciarem situações que deveriam ser alvo de fiscalização. O problema é mais comum na medicina estética do que na cirurgia plástica, por ser considerada "mais fáceis de ensinar”. No entanto, isso não significa que esses procedimentos estejam isentos de riscos sérios para a saúde.

Medicamento ajuda a prevenir formas graves de vírus respiratório em bebés

Jornal de Notícias

O estudo, que envolveu a Universidade de Granada (UGR), vários hospitais e a Direção Geral de Saúde Pública do Governo Regional da Andaluzia, certificou a eficácia do Nirsevimab contra o vírus sincicial respiratório (VSR) em lactentes.

O estudo demonstrou que, embora as crianças que recebem este medicamento possam ficar infetadas com o VSR e acabar hospitalizadas, a gravidade dos sintomas clínicos durante o internamento é muito menos grave do que a das crianças que não recebem a imunização.

Mario Rivera, investigador do Departamento de Medicina Preventiva e Saúde Pública da Universidade de Granada (UGR), que participa neste estudo, explicou que o Nirsevimab não é um tratamento, mas sim uma medida preventiva não vacinal baseada na utilização de um anticorpo monoclonal com efeito duradouro.

Os cientistas analisaram a frequência dos desfechos hospitalares, incluindo bebés que necessitaram de suporte respiratório, ventilação mecânica ou internamento em UCI, entre outros, com base na imunização ou não das crianças com Nirsevimab.

"Observámos que as crianças imunizadas com o medicamento tiveram menor necessidade de suporte respiratório e menor tempo de internamento hospitalar do que as crianças não imunizadas com Nirsevimab.

Mario Rivera, Investigador

Hospitalização domiciliária alargada a todos os hospitais do SNS

SNS

O alargamento da hospitalização domiciliária (HD) a todos os estabelecimentos hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS) foi formalizado esta segunda-feira, com a publicação de um despacho da Ministra da Saúde.

O objetivo é promover e expandir a atividade de hospitalização domiciliária, o desenvolvimento das Unidades de Hospitalização Domiciliária (UHD) em Centros de Responsabilidade Integrado (CRI) e o alargamento da HD a todos os estabelecimentos hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Atualmente, todas as Unidades Locais de Saúde (ULS) do país já possuem unidades de hospitalização domiciliária, à exceção de Braga – uma vez que a ULS de Vila Franca de Xira já iniciou a sua atividade no início de abril.

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