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Casos de sarampo estão a aumentar na Europa. Onde se registam os números mais elevados e os mais baixos?

Euronews

No ano passado, os casos de sarampo aumentaram quase 10 vezes em relação a 2023. Olhando os números mais recentes, em março de 2025, foram notificados 1 097 casos, dos quais 809 foram confirmados como infeções de sarampo, de acordo com o relatório mensal do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC).

A Roménia registou o maior número de casos de sarampo na UE, com 397 pessoas infetadas com a doença. Seguiram-se França, com 161 casos confirmados, os Países Baixos (95) e Itália (60). Por outro lado, pelo menos nove países da UE não notificaram um único caso de sarampo.

O sarampo é uma das doenças mais infeciosas do mundo e é transmitido por um vírus transportado pelo ar. Normalmente, infeta o sistema respiratório e causa sintomas como febre, tosse, corrimento nasal e erupção cutânea. Em casos graves, o sarampo pode causar pneumonia, encefalite, desidratação e cegueira.

Para evitar surtos de sarampo e proteger as populações vulneráveis, pelo menos 95% da população elegível para vacinação deve receber duas doses da vacina contra o sarampo, a papeira e a rubéola (MMR).

Conheça a doença "rara, mas muito grave" que pode ser confundida com outras patologias

CNN

“Rara, mas muito grave”, assim é descrita a hipertensão pulmonar, uma condição que tem vindo a apresentar um crescimento preocupante na população portuguesa ao longo dos últimos anos.

A doença, que não tem cura, caracteriza-se pelo aumento da pressão nos vasos sanguíneos dos pulmões, geralmente causado pelo aumento da rigidez das artérias pulmonares ou por obstruções provocadas por coágulos. Mas para chegar até ela é preciso muita atenção.

"É uma doença rara, com uma prevalência de cerca de 1% na população no geral, mas muito grave.”

Tatiana Guimarães, Cardiologista

Os sintomas da hipertensão pulmonar são frequentemente inespecíficos e podem ser confundidos com os de outras doenças. Entre os principais sinais estão a falta de ar, cansaço excessivo e dor no peito. À medida que a doença progride, podem surgir tonturas, desmaios, inchaço nas pernas e tornozelos e pode até verificar-se mesmo a presença de sangue na expetoração.

A dificuldade no diagnóstico precoce é um desafio significativo. Muitas vezes os sintomas são desvalorizados, tanto pelos pacientes, como pelos profissionais de saúde, o que retarda o início do tratamento. Tatiana Guimarães observa que a patologia “está subavaliada porque os sintomas são muito inespecíficos e muitas vezes os médicos e profissionais não estão em alerta para a existência desta doença”. Também por isso “muitas vezes um doente que se queixa de cansaço tende a ser desvalorizado”.

Nesta notícia poderá ainda ler sobre:

  • Causas e fatores de risco

  • Como pode ser detetado?

Usurpação de atos médicos

OM

Usurpação de funções e administração de medicamentos por pessoas não licenciadas nem autorizadas e sem competências para tal, são exemplos de ilegalidades na área da saúde. De acordo com o jornal Público “entre 2023 e o primeiro trimestre deste ano, a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) remeteu para o Ministério Público 49 casos suspeitos da existência de usurpação de funções de profissionais na área da saúde, essencialmente atos médicos”. Procedimentos ilegais devem ser combatidos e denunciados e, nessa perspetiva, o Observatório do Ato Médico espera disponibilizar, no site da Ordem dos Médicos (OM), um portal onde qualquer pessoa, médicos ou membros de sociedades científicas possam denunciar anonimamente situações relacionadas com usurpação de atos médicos ou “pseudociências”.

A plataforma de queixas permitirá à OM ter uma visibilidade mais fina sobre os casos de atuação ilegítima ou usurpação de ato médico. A OM, através do Observatório, assume um papel diligente na regulação da prática médica, disponibilizando pareceres técnicos, recomendações e uma participação ativa pelo rigor do ato médico.

Higiene das Mãos: Adesão dos profissionais de saúde mantém-se nos 80%

DGS

A taxa de cumprimento de adesão dos profissionais de saúde à higiene das mãos (HM) nas unidades de saúde (US) foi de 80,3% em 2024, percentagem sobreponível a 2023, e que tem vindo a crescer nos últimos dez anos (em 2015 era de 73,1%).

Os dados são revelados no Dia Mundial da Higiene das Mãos - 5 de maio - pelo Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência a Antimicrobianos (PPCIRA) da Direção-Geral da Saúde (DGS).

No que diz respeito à avaliação do cumprimento da HM nos cinco momentos considerados obrigatórios para a HM, no primeiro momento – antes do contacto com o doente – foi de 73,7%, também sobreponível com o ano de 2023. Desta forma reforça-se a importância do cumprimento da HM em todos os cinco momentos: antes do contacto com o doente, antes de procedimentos limpos ou asséticos, após risco de exposição a fluídos biológicos, após contacto com o doente e após contacto com o ambiente do doente.

Da análise dos dados verifica-se, também, que se mantém a perceção, pelos profissionais de saúde, que nas situações de uso de luvas na prestação de cuidados não é necessária a HM (antes e depois da sua colocação), sendo este um procedimento incorreto potenciador da transmissão de microrganismos, o que representa uma necessidade de reforço de formação para todos os envolvidos.

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