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Lançada primeira campanha de vacinação no mundo contra a gonorreia

SIC Notícias

Inglaterra prepara-se para se tornar o primeiro país no mundo a vacinar contra a gonorreia, doença infecciosa sexualmente transmissível que afeta milhares de pessoas.

A vacina, lançada pelo Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS, na sigla inglesa), será, numa fase inicial, destinada apenas a homens homossexuais e bissexuais com um historial de múltiplos parceiros sexuais ou portadores de uma doença sexualmente transmissível.

Com um grau de eficácia entre os 30 e os 40%, a vacina não foi concebida para prevenir a gonorreia, uma vez que se trata da mesma vacina que é dada a bebés contra a meningite B. As bactérias que causam as duas doenças estão de tal forma interligadas que a vacina contra a meningite B consegue diminuir os casos de gonorreia em cerca de um terço.

Doenças sexualmente transmissíveis disparam e mulheres jovens são as mais atingidas

O alerta ganhou força depois dos números divulgados no início do ano pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças. Sabe-se que todos os dias se registam mais de um milhão de novos casos de doenças sexualmente transmissíveis. As mais comuns são, além da gonorreia, a clamídia e a sífilis.

Se não for tratada, a doença pode causar diversos sintomas, que vão desde a inflamação da zona genital até à infertilidade.

O estilo de vida está a provocar-nos alergias?

Sapo

Em Portugal, aproximadamente 1 em cada 3 pessoas é alérgica, cerca de 7% sofre de asma e 25% de rinite. A prevalência da rinoconjuntivite alérgica em Portugal é de 18%. A asma e a rinite coexistem muitas vezes no mesmo doente, sendo que 80% dos asmáticos têm rinite e 40% dos doentes com rinite têm asma.

Cerca de 15% das doenças alérgicas afetam a pele. As alergias alimentares constituem uma parte significativa do aumento das alergias. Desconhece-se a prevalência exata da alergia alimentar e maioria das reações adversas a alimentos não são verdadeiras alergias alimentares mas estima-se que a alergia alimentar afeta 6 a 8% das crianças e 2 a 4% dos adultos.

O ambiente e o estilo de vida

O aumento das doenças alérgicas, particularmente no mundo ocidental, está relacionado com o estilo de vida e com as modificações ambientais. A diminuição do número de infeções na infância, decorrentes da vacinação e da melhoria das condições sanitárias, conduz a um desvio da resposta do sistema imunitário contra alergénios do meio ambiente.

Por outro lado, uma alimentação rica em gorduras e à base de alimentos altamente processados, a exposição ao fumo de tabaco e a poluição sejam fatores determinantes para o aparecimento de alergias. A genética é um fator de risco importante no aparecimento das doenças alérgicas. Há uma tendência para a existência de doenças alérgicas na mesma família.

Na alergia há uma resposta exagerada do corpo a determinadas substâncias (alergénios) que interpreta como perigosas e desenvolve anticorpos especiais para se defender, desencadeando-se então um processo inflamatório que se pode manifestar de várias formas e em qualquer parte do corpo (rinite, conjuntivite e/ou asma).

Os sintomas de alergia podem surgir em qualquer altura do ano, se o doente estiver exposto ao alergénio, ao qual é alérgico. No entanto, existem duas alturas do ano em que são mais frequentes, que é na primavera para os doentes alérgicos aos pólenes e no outono/inverno para os doentes alérgicos aos ácaros do pó.

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  • As alergias à comida

Nova abordagem ao controlo da malária abre a porta a mosquiteiros mais eficazes

Observador

Investigadores da Universidade de Harvard identificaram 22 compostos potentes que inibem o desenvolvimento do parasita Plasmodium falciparum nos mosquitos que o transmitem, de acordo com o estudo publicado na revista Nature. Estes antimaláricos, que poderiam ser produzidos a baixo custo, seriam utilizados para impregnar os mosquiteiros, segundo os cientistas.

Embora os mosquiteiros tratados com inseticida tenham reduzido significativamente os casos de malária, a sua eficácia contínua é comprometida pela resistência generalizada aos inseticidas. Investigações anteriores sugerem que a utilização de medicamentos antimaláricos contra o parasita Plasmodium falciparum no mosquito pode ser uma forma eficaz de atenuar este problema.

Alexandra Probst, da Escola de Saúde Pública Harvard T.H. Chan, e a sua equipa começaram por determinar as partes essenciais dos genes do parasita que deveriam ser alvo de medicamentos antimaláricos. Os investigadores testaram 81 compostos antiparasitários aplicando-os diretamente nos mosquitos Anopheles gambiae (principais vetores da doença) para identificar quais deles matavam os parasitas Plasmodium falciparum, que causam mais de 90% dos casos de malária humana em todo o mundo e acabaram por selecionar os 22 mais eficazes.

Todos os 22 impediram significativamente o desenvolvimento do P. falciparum e dois deles eram extremamente activos. O mais eficaz matou 100% dos parasitas nos mosquitos em seis minutos de contacto com um material semelhante a uma rede mosquiteira impregnada com o composto. Este resultado manteve-se quando testado em mosquitos resistentes a inseticidas. O efeito dos compostos nas redes também durou um ano, demonstrando a sua funcionalidade e potência a longo prazo.

“Esta nova estratégia de controlo da malária bloqueia a transmissão do parasita pelo mosquito sem matar o mosquito nem induzir resistência, o que pode prolongar o tempo de vida efetivo das redes.”

Alexandra Probst

SPMS debate “Inteligência Artificial e inovação no cuidar em enfermagem”

SPMS

A Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano promoveu a conferência “Inteligência Artificial e inovação no cuidar em enfermagem”, no dia 12 de maio, que contou com a intervenção dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.

A inteligência artificial (IA) está a revolucionar a área da Saúde em várias frentes, contribuindo para a tomada de decisão. Pedro Marques, coordenador da Unidade de Advanced Analytics e Intelligence, abordou questões relacionadas com os dados em saúde e a IA, destacando os projetos que a SPMS tem em curso nestas matérias.

A SPMS está a criar o DataLake da Saúde, um projeto de grande magnitude apoiado pelo PRR, que tem como principal finalidade a utilização secundária de dados. O Datalake permitirá aplicar ferramentas de inteligência artificial, criando condições para sustentar as melhores decisões em matéria de gestão e prestação de cuidados de saúde.

“A inteligência artificial fará tudo o que os dados permitirem que se faça e, para que isso seja possível, temos de continuar a ter dados e registos de qualidade, garantindo que os sistemas de informação são um complemento da prática clínica. Os enfermeiros, em particular, são essenciais naquilo que é este desígnio de continuarmos a ter dados de qualidade nos nossos sistemas de informação. Só assim será possível que as tecnologias emergentes de IA os consigam trabalhar, criando modelos com qualidade e a finalidade desejada”.

Pedro Marques

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