Notícias da Saúde em Portugal 636

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Chatbots geram desinformação sobre saúde em 88% das respostas

Jornal de Notícias

Cerca de 88% de todas as respostas geradas pelas cinco principais ferramentas de Inteligência Artificial (IA) continham desinformação sobre saúde, segundo um estudo de várias universidades internacionais.

A avaliação dos cinco principais modelos desenvolvidos pela OpenAI, Google, Anthropic, Meta e X pretendeu determinar a forma como estes podem ser programados para operar como ‘chatbots’ de desinformação em saúde.

No total, 88% de todas as respostas geradas pela IA eram falsas, embora apresentassem terminologia científica, um tom formal e referências fabricadas que faziam as informações parecer legítimas.

“A desinformação incluía alegações sobre vacinas que causam autismo, dietas que curam cancro, HIV a ser transmitido pelo ar e rede 5G a causar infertilidade”, são alguns dos casos de desinformação relatados.

O estudo revelou que dos modelos de IA avaliados, quatro geraram desinformação em 100% das suas respostas, enquanto um quinto gerou desinformação em 40% dos resultados.

Além disso, o estudo alerta para a facilidade destes sistemas tecnológicos serem manipulados para produzir conselhos falsos ou enganadores, criando “um novo caminho poderoso para a desinformação que é mais difícil de detetar, mais difícil de regular e mais persuasiva”.

Federação de dadores apela a dádiva de sangue para colmatar reservas baixas

Observador

A Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue (FEPODABES) apelou ontem aos portugueses para doarem sangue, como já tinha feito o Hospital de Santa Maria, lembrando que no Verão muitos dadores regulares estão ausentes, mas as necessidades mantêm-se.

O presidente da FEPODABES, Alberto Mota, sublinha, num comunicado, que “os meses de julho e de agosto são sempre muito críticos no que toca às reservas de sangue”, pois com as férias de verão muitos dadores regulares ausentam-se, mas as necessidades hospitalares não param, lembrando que todos os dias são necessárias para os hospitais cerca de 1.100 unidades de sangue.

“As reservas de sangue estão baixas, como estão em todos os hospitais em Portugal. Isto é um problema do país. Aliás, o IPST [Instituto Português do Sangue e Transplantação] está a trazer sangue dos Açores e da Madeira, porque estamos, de facto, numa situação difícil.”

Álvaro Beleza, Diretor do Serviço de Imuno-Hemoterapia da Unidade Local de Saúde Santa Maria

A federação lançou este ano uma campanha intitulada “Dê Sangue Antes de Ir de Férias”, na qual apela a todos os cidadãos com mais de 18 anos, que pesem mais de 50 quilos e que sejam saudáveis para que façam a sua dádiva. A informação sobre os locais oficias de recolha de sangue está disponível no site da FEPODABES ou na APP/DSANGUE.

Vírus do Papiloma Humano (HPV): 10 dúvidas comuns esclarecidas por uma médica

Sapo

Estima-se que cerca de 75 a 80% das pessoas sexualmente ativas entra em contacto com o vírus que está na origem do cancro do colo do útero, o HPV (Papiloma do Vírus Humano). No entanto, a prevenção desta infeção, e consequentemente do cancro do colo do útero, é possível através de vacinação. Esclarecemos 10 dúvidas comuns com a médica Teresa Fraga, especialista em Ginecologia e Obstetrícia.

  1. Deve fazer-se a vacinação HPV a partir de que idade?

A vacina contra o HPV pode e deve ser iniciada na transição da infância para a adolescênciaaos 10-15 anos de idade. A mais-valia da vacinação precoce numa vacina fortemente imunogénica que continua a mostrar alta taxa de protecção contra as doenças que previne, tais como o cancro do colo uterino e outros do aparelho genital inferior ao fim de cerca de 20 anos decorridos sobre os primeiros estudos de eficácia, é o facto de actuar numa população naive, ou seja, uma população que ainda não iniciou o primeiro contacto sexual.

  1.  Há algum limite máximo de idade em que se pode fazer a vacinação?

Não. Apesar de a maior parte dos estudos de eficácia terem como limite a idade de 45 anos, não há atualmente razão para impor limite máximo de idade de administração da vacina nonavalente.

  1. As mulheres até aos 45 anos que não foram ainda vacinadas devem fazer esta vacina?

Sim. Também aquelas que fizeram a vacina anteriorquadrivalentepodem ter benefícios na administração da nonavalente. Embora esta opinião deva ser individualizada e de acordo com a paciente que temos à frente.

Nesta notícia poderá ainda ler sobre:

  • 4. Quais as mais-valias de vacinação contra o HPV em mulheres de idade adulta?

  • 5. Para que grupos populacionais está indicada a vacina?

  • 6. Quais são os benefícios da vacinação dos rapazes?

  • 7. A vacinação neste grupo tem alguma influência nas metas de eliminação do cancro do colo do útero da mulheres ?

  • 8. O que é que causa o cancro do colo do útero e quais os seus principais sintomas ?

  • 9. Qual é a melhor forma de prevenir esta doença?

  • 10. A vacina contra o HPV pode travar totalmente o aparecimento do cancro do colo do útero?

Estudo associa aceleração do envelhecimento do cérebro à covid-19, mesmo em pessoas não infetadas

SIC Notícias

Um estudo divulgado ontem associa, sem explicar, a aceleração do envelhecimento do cérebro à pandemia da covid-19, mesmo em pessoas que não foram infetadas com o coronavírus SARS-CoV-2.

O estudo, divulgado na publicação científica Nature Communications, tem limitações, mas, segundo os seus autores, realça a necessidade de uma "investigação direcionada para melhorar os resultados da saúde cerebral em futuras crises de saúde pública".

O trabalho, feito à escala de uma amostra de dados do Reino Unido, e não à escala global, concluiu em particular, sem avançar com possíveis explicações, que a aceleração do envelhecimento cerebral foi mais pronunciada nos homens e em pessoas desempregadas, com baixos rendimentos, saúde deficiente e com baixos níveis de escolaridade, independentemente de terem sido ou não infetadas com o SARS-CoV-2, que causa a doença respiratória covid-19.

De forma a mapearem o envelhecimento do cérebro, especialistas do Instituto Nacional para a Investigação em Saúde do Reino Unido usaram um modelo de aprendizagem automática (umas das aplicações da inteligência artificial) que foi treinado com exames cerebrais de 15.334 pessoas saudáveis para medir a diferença entre a idade cerebral prevista de uma pessoa e a sua idade real, conhecida como intervalo de idade cerebral.

Os investigadores constataram que a infeção estava ligada a uma maior aceleração do envelhecimento do cérebro à medida que a idade das pessoas aumentava, sendo essa aceleração igualmente mais visível nos homens e em pessoas desempregadas, com baixos rendimentos, saúde deficiente e com baixos níveis de escolaridade.

Os peritos concluíram que o envelhecimento acelerado do cérebro estava associado a um declínio no desempenho cognitivo --- particularmente em testes como a flexibilidade mental e a velocidade de processamento --- das pessoas apenas infetadas com o SARS-CoV-2.

O estudo não determina quanto tempo podem durar estes efeitos, com os autores a assumirem que o envelhecimento cerebral pode ser reversível, embora essa reversibilidade não tenha sido testada.

Hospital Amato Lusitano inova no tratamento de varizes

SNS

A Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB) está a reforçar a sua aposta na inovação clínica com a introdução de técnicas minimamente invasivas para o tratamento de patologia venosa, nomeadamente através da cirurgia a laser no tratamento de varizes.

Esta abordagem inovadora, já em aplicação no Hospital Amato Lusitano, resulta de formação especializada promovida pelo Serviço de Cirurgia Geral da ULSCB, e visa aumentar a eficácia dos tratamentos e melhorar a experiência dos utentes.

O uso de tecnologia laser tem mostrado resultados no âmbito da patologia venosa. Trata-se de uma técnica com vantagens significativas, menos dor pós-operatória, impacto estético mínimo, recuperação mais rápida das atividades diárias, traduzindo-se numa melhor qualidade de vida dos pacientes.

As primeiras intervenções já realizadas obtiveram um elevado nível de satisfação, tanto por parte dos doentes como das equipas cirúrgicas envolvidas.

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