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Notícias da Saúde em Portugal 659
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Durma, durma, durma: "Após 17 horas acordados, a nossa capacidade é semelhante à de ter 0,5 gramas de álcool por litro de sangue"
CNN
Dormir devidamente faz muito pelo bem-estar e ainda mais pela saúde - pode até reduzir o risco de demência. O pneumologista e especialista em sono Tiago Sá sublinha que a ligação entre dormir mal e a perda de células cognitivas “é inequívoca - existem muitas evidências que mostram que um sono de má qualidade aumenta o risco de demência”.
Tiago Sá explica que um sono de má qualidade, a privação de sono, pouco tempo total de sono e alguns distúrbios - como a apneia obstrutiva de sono - “são fatores de risco para o desenvolvimento de alterações neurológicas, nomeadamente ao nível da demência”. “Após 17 horas acordados, a nossa capacidade de reação e atenção é semelhante à que teríamos se tivéssemos 0,5 gramas de álcool por litro de sangue.”

A quantidade de horas de sono recomendada para a esmagadora maioria da população é de sete a nove horas, mas Tiago Sá esclarece que “existem pessoas que, sem qualquer patologia do sono, precisam de mais de nove horas para se sentirem descansadas, da mesma forma que existe uma pequena percentagem da população que com menos de sete horas por noite não tem sintomas de privação de sono”.
Estes são os sinais de que o nosso sono não está a ser o mais correto: “Ter dificuldade em manter-se acordado durante o dia ou em concentrar-se por muito tempo, ter aquela dúvida sobre se trancou a porta ou sobre onde estão as chaves. Ou seja, se faz as coisas distraído e com pouca atenção. A irritabilidade é também frequente e são tudo sintomas que nos devem alertar”.
Poro outro lado: "Quando as pessoas enfrentam cronicamente dificuldade em dormir, quando sentem que o sono não é reparador, quando acordam cansadas, quando têm dificuldade em estar acordadas durante o dia ou quando ressonam, aí devem ser avaliadas, devem procurar ajuda médica". Já os medicamentos para dormir "nunca são uma boa opção sem apoio médico especializado" - "não nos devemos afastar desta noção de que o sono é algo natural".
Nesta notícia poderá ainda ler sobre:
30% - atenção a esta percentagem
“Amigos para todas as vidas” apela à dádiva de sangue
Notícias Saúde
Banco de Sangue São João lança campanha de sensibilização de dádiva de sangue com parceiros como o Futebol Clube do Porto, os municípios do Porto, Maia e Valongo, personalidades públicas e anónimos da sociedade civil.

O Banco de Sangue São João apresenta nova campanha de sensibilização para a dádiva de sangue com vista a promover a doação regular de sangue e fidelizar novos dadores, reforçando que este gesto simples pode salvar a vida a pessoas que necessitam de transfusões, nomeadamente devido a cirurgias, doença oncológica ou acidentes. Cada dádiva de sangue pode salvar até três vidas, pois o sangue é separado em componentes como glóbulos vermelhos, plasma e plaquetas, que podem ser usados em diferentes utentes.
“A campanha pretende lembrar que a dádiva de sangue é um ato de amizade e de compromisso com a vida. Ao dar sangue, tornamo-nos amigos de pessoas que talvez nunca venhamos a conhecer, mas a quem damos a possibilidade de viver.”
Os chás podem substituir a água? E quais os melhores para perder peso? Sirva-se de uma chávena de respostas
CNN
A Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar definiu como valores de referência dois litros de água por dia para as mulheres e 2,5 litros para os homens – números que integram já a água naturalmente presente nos alimentos.
“O chá nunca deve ser substituto da água. Ajuda na questão da hidratação, mas não deve ser substituto da água. Porque a água é sempre o estado mais puro da hidratação. A água não vai ter cafeína, açúcar ou outras coisas adicionadas.”

Mas ajudam mesmo na perda de peso?
Para quem tem dificuldades em beber água, explica a nutricionista Neide, “podemos substituir por tisanas”. Mas com um aviso prévio: “tendo sempre em atenção se a pessoa tem alguma patologia ou sensibilidade em que não faça sentido determinada erva”. A infusão é preparada através da adição de água a ferver com folhas, flores, sementes, frutos ou caules de plantas. E, neste caso, evita-se a cafeína.
“Também as infusões contêm alguns compostos que, em excesso, poderão causar toxicidade, interferir com alguns medicamentos, condições médicas e/ou diminuir a absorção de determinados nutrientes, como o ferro”. Por isso, a recomendação é que procure um especialista para perceber o que se adapta ou não às suas necessidades.
As nutricionistas reconhecem que é salutar que se diversifique a forma como se ingere água, mas nunca a substituindo na íntegra.
Agora, temos boas e más notícias nesta parte do artigo. A boa é que o chá ajuda mesmo a perder peso. A má é que teria de beber quantidades absurdas para que ele fizesse sentido a esse nível.
Anel inteligente ajuda enfermeira a descobrir linfoma de Hodgkin
Sapo
Nikki Gooding, enfermeira estética de 27 anos, começou a sentir-se estranhamente cansada no início de dezembro, mesmo dormindo o suficiente. Perdeu o apetite e acordava encharcada de suor durante a noite. Apesar de não conseguir identificar a causa, algo no seu corpo não estava bem.
Foi então que o seu Oura Ring, um anel inteligente que monitoriza a saúde e oferece uma visão “holística” do estado físico do utilizador, começou a enviar alertas incomuns. A temperatura de Nikki estava consistentemente elevada, fora dos padrões habituais, e o dispositivo indicava sinais de “problemas sérios” a afetar o corpo.

Algumas semanas depois, a enfermeira descobriu um nódulo na nuca e decidiu consultar o seu médico de família. Foi diagnosticada com linfoma de Hodgkin.
Após partilhar a sua experiência no TikTok, a enfermeira recebeu dezenas de comentários de utilizadores de dispositivos de monitorização de saúde que afirmavam ter sido alertados para gravidez, coágulos sanguíneos ou infeções, incluindo Covid-19. O paralímpico Hunter Woodhall também creditou ao seu Oura Ring a deteção precoce de apendicite.
Sharon Bergquist, professora na Emory University School of Medicine, afirma que alguns pacientes chegam ao consultório após receberem alertas do seu dispositivo, que podem indicar arritmias ou distúrbios do sono antes de surgirem sintomas visíveis. No entanto, alerta para falsos alarmes, como inconsistências no sono, que nem sempre têm relevância clínica.
“Não substitui a necessidade de um profissional de saúde, mas é uma ferramenta útil.”
Poluição do ar acelera declínio cognitivo e aumenta danos de ataques cardíacos
Observador
A exposição prolongada a poluentes atmosféricos, como o dióxido de azoto e as partículas finas, pode acelerar o declínio cognitivo e aumenta o número de internamentos e a mortalidade por ataque cardíaco, indicam dois estudos distintos.
Um trabalho publicado recentemente na revista The Lancet Healthy Longevity mostra que a poluição atmosférica “pode atrasar o processamento mental, prejudicar a memória e provocar alterações na estrutura cerebral na velhice, acelerando o declínio cognitivo”.

Por outro lado, um estudo da Sociedade Espanhola de Cardiologia (SEC) e da Fundação Espanhola do Coração (FEC) descobriu que a poluição aumenta as hospitalizações e a mortalidade por enfarte agudo do miocárdio durante o internamento, que, em dias com níveis elevados, pode aumentar até 14%.
As partículas em suspensão englobam substâncias minerais e/ou orgânicas que se podem encontrar na atmosfera sob a forma líquida ou sólida, sendo as mais nocivas para a saúde humana as que possuem um diâmetro aerodinâmico inferior a 10 µm, denominadas PM10, pois podem entrar no sistema respiratório, explica a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
Os resultados mostram que o aumento da exposição ao dióxido de azoto e às partículas durante a meia-idade está associado a um processamento mental mais lento e a um declínio da função cognitiva.
“Estas partículas [PM 2.5 e PM 10] podem provocar inflamação no organismo, alterar o funcionamento dos vasos sanguíneos e aumentar o risco de coágulos”, efeitos que “estão diretamente relacionados com a progressão da aterosclerose (endurecimento e estreitamento das artérias) e com a rutura das placas que nelas se formam, o que pode desencadear factos graves, como um enfarte.”

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