Notícias da Saúde em Portugal 667

As notícias diárias à distância de um clique - sempre às 12:00h

Cientista da Universidade de Coimbra ganha bolsa de dois milhões de euros para estudar cérebro de recém-nascidos

Notícias Saúde

Vanessa Coelho-Santos, investigadora da Universidade de Coimbra (UC), conquistou uma bolsa Starting Grant do Conselho Europeu de Investigação (ERC – European Research Council, em língua inglesa) que ultrapassa os dois milhões de euros (2 098 617 euros). Valor que vai financiar, durante cinco anos, uma investigação que pretende desvendar novas informações sobre o desenvolvimento do cérebro de recém-nascidos, de forma a compreender que fenómenos o podem impactar nos primeiros 28 dias de vida.

Para concretizar o projeto AngioArchitects: Endothelial-microglial communication as a sculptor of brain capillary network architecture (Comunicação endotélio-microglia como escultora da arquitetura da rede capilar cerebral, em língua portuguesa), a cientista do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional (CIBIT) do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS) da UC e do Instituto de Fisiologia da Faculdade de Medicina da UC vai estudar como se organiza a rede tridimensional de mais de 600 quilómetros de microvasos no cérebro, que se expande, sobretudo, após o nascimento. Esses vasos não apenas protegem o cérebro, como também garantem oxigénio, nutrientes e remoção de resíduos.

Vanessa Coelho-Santos destaca que há ainda muito por descobrir nesta linha de investigação: “ainda pouco se sabe sobre como se organizam as células endoteliais – a base dos microvasos sanguíneos – para criar a rede capilar cerebral, e de que forma as células do sistema imunitário do cérebro, as microglias, contribuem para essa formação durante esta fase essencial do desenvolvimento do cérebro dos recém-nascidos – o período neonatal”.

Campanha alerta para os sintomas da fibrose pulmonar, que podem estar “à vista de todos”

Notícias Saúde

Imagine subir um lance de escadas e sentir que correu uma maratona. Ou tossir todos os dias sem saber porquê. Ou simplesmente perder o fôlego… só por tentar respirar. Estes podem ser sinais de fibrose pulmonar, um termo médico que identifica o reforço da fibrose de tecido cicatricial no pulmão e que a campanhaOs sintomas estão à vista de todos. Identifique-osquer pôr no centro da conversa. Uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), da Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP), do Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias da APMGF (GRESP) e da Associação Respira, com o apoio da Boehringer Ingelheim, que tem como objetivo mudar o rumo de uma doença que, apesar de silenciosa, rouba o ar e a vida a centenas de portugueses.

“A fibrose pulmonar é uma forma de lesão pulmonar que, na realidade, ocorre num coletivo de várias doenças intersticiais pulmonares que evoluem com desarquiteturação cicatricial pulmonar. Em termos de causalidade, a fibrose pulmonar pode advir do efeito de várias exposições ambientais e ocupacionais, doenças autoimunes, efeito iatrogénico de alguns medicamentos e radioterapia prévia ou do efeito de determinadas mutações genéticas. Contudo, uma porção significativa dos casos são denominados de “idiopáticos”, precisamente por não terem um mecanismo causal totalmente clarificado.”

Pedro Gonçalo Ferreira, Especialista da SPP

Sendo a fibrose pulmonar perspectivada como irreversível, “o dilema resulta do facto de uma percentagem significativa de casos assumir uma evolução progressiva, determinando um impacto crescente na qualidade de vida, sintomas gradualmente mais intrusivos e risco de morte precoce”. “Para lá da investigação de mais e melhores opções terapêuticas, o maior desafio atual é mesmo o diagnóstico precoce, para que a nossa intervenção possa ser exercida mais cedo e, dessa forma, consigamos minorar a perda irrecuperável de qualidade de vida e aumentar a sobrevivência dos doentes afetados”, acrescenta ainda Pedro Gonçalo Ferreira.

Falta de ar ao esforço, tosse seca persistente, fadiga constante e sensação de aperto no peito são os sintomas aos quais é importante estar atento, mas a sua inespecificidade torna o diagnóstico difícil, confirma José Alves, presidente da FPP. “Estes são sintomas que podem ser de várias outras doenças respiratórias, o que torna o diagnóstico ainda mais desafiante. Mas há um ponto comum: se não for tratada, a doença agrava-se.”

MedSUPPORT | Testemunho da semana

“A MedSUPPORT tem um alcance imediato e inexcedível nas ações concretas que desenvolve em prol das empresas de medicina dentária e os seus recursos humanos são TOP.”

Dr. Jorge Silveira - Dr. Jorge Silveira, Lda. - Canedo

Estalar os dedos: hábito inocente ou risco escondido para as articulações?

Sapo

É um gesto comum, muitas vezes automático, e que divide opiniões: uns dizem que é sinal de nervosismo, outros que é uma mania irritante. Mas a dúvida persiste, será que o hábito de estalar os dedos pode causar artrite?

O mito da artrite

Ao longo dos anos, popularizou-se a ideia de que o estalar dos dedos desgasta as articulações e pode mesmo levar ao aparecimento de artrite. No entanto, a ciência mostra outra realidade.

"Os estudos já realizados não demonstram aumento de risco de lesão articular em pessoas que têm o hábito de estalar as articulações."

Frederico Teixeira, Ortopedista

Ou seja, não há qualquer evidência de que este comportamento esteja associado ao desenvolvimento da doença.

Nesta notícia poderá ainda ler sobre:

  • Porque é que sabe tão bem estalar os dedos?

Alternativas artificiais ao açúcar podem fazer com que o cérebro envelheça mais depressa

Euronews

Os investigadores descobriram que as pessoas que consomem as quantidades mais elevadas de edulcorantes normalmente encontrados em bebidas e sobremesas de baixas calorias sofrem um declínio cognitivo 62% mais rápido do que aquelas que consomem as quantidades mais baixas.

Os substitutos artificiais do açúcar, como o aspartame e a sacarina, normalmente encontrados em refrigerantes e sobremesas de baixas calorias, podem ter efeitos a longo prazo no cérebro, segundo um novo estudo.

"Os adoçantes sem ou de baixas calorias são muitas vezes vistos como uma alternativa saudável ao açúcar, no entanto, as nossas descobertas sugerem que certos adoçantes podem ter efeitos negativos sobre a saúde do cérebro ao longo do tempo."

Claudia Kimie Suemoto, Professora da Universidade de São Paulo (Brasil)

O estudo analisou quase 13.000 adultos no Brasil, com uma idade média de 52 anos. Os investigadores acompanharam os participantes durante uma média de oito anos, realizando testes de memória, linguagem e capacidade de raciocínio no início, a meio e no final do estudo.

Produtos como o aspartame são classificados como possivelmente cancerígenos para os seres humanos pela Agência Internacional para a Investigação e o Cancro.

Incêndios em Portugal e Espanha vão piorar qualidade do ar na Europa

Jornal de Notícias

Um especialista da agência climática da Organização das Nações Unidas (ONU) previu esta sexta-feira que os incêndios florestais que devastaram Portugal e Espanha em agosto deverão agravar a qualidade do ar em todo o continente europeu.

Em conferência de imprensa, Lorenzo Labrador, cientista-chefe da Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês), sublinhou que o impacto das emissões provocadas pelos incêndios - que afetaram até 1% da Península Ibérica - atravessa frequentemente fronteiras.

Labrador referiu ainda que os incêndios florestais são uma fonte permanente das partículas mais poluentes e nocivas da atmosfera, aquelas com um diâmetro inferior a 2,5 mícrons (conhecidas como 2,5 PM).

Nesta notícia poderá ainda ler sobre:

  • Aumento de episódios de "smog"

Obrigado por ler a medsupport.news.

A equipa da MedSUPPORT.

p.s. Se gostou desta newsletter, partilhe-a com os seus amigos e colegas! Todos podem subscrever aqui a medsupport.news.

Reply

or to participate.