Notícias da Saúde em Portugal 683

Jornal de Notícias

Portugal foi distinguido pela ONU e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) pelo programa de controlo e de prevenção da obesidade, anunciou o Ministério da Saúde, salientando que a distinção sublinha "o trabalho pioneiro" da última década.

"Esta distinção sublinha o trabalho pioneiro que Portugal tem desenvolvido ao longo da última década na prevenção da obesidade, com especial enfoque na criação de ambientes alimentares mais saudáveis", diz o Ministério num comunicado.

Trata-se, diz o Ministério, de um galardão que "reconhece o compromisso de Portugal e o trabalho da Direção-Geral da Saúde (DGS) com a saúde pública, com a promoção de uma alimentação saudável e que assinala, igualmente, a capacidade de mobilizar diferentes setores da sociedade para transformar os ambientes alimentares - protegendo, sobretudo, as crianças e apoiando toda a população na adoção de escolhas alimentares mais saudáveis".

O prémio foi entregue à secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, na quinta-feira em Nova Iorque, num evento à margem da 80.ª Assembleia Geral das Nações Unidas.

OMD

A secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, anunciou na audição parlamentar de 23 de setembro, terça-feira, a criação de uma rede nacional de saúde oral nos cuidados primários.

Esta rede, que contará também com os setores privado e social, estará integrada no programa de saúde oral, que será apresentado em novembro e vigorará durante quatro anos.

Miguel Pavão considera que esta articulação intersetorial é “importantíssima”, mas tem dúvidas quanto à forma como vai funcionar.

De acordo com Ana Povo, o objetivo passa por estabelecer esta rede nos 222 gabinetes de saúde oral já existentes no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e que contam com 139 médicos dentistas. No entanto, alerta o bastonário, parte desses gabinetes (83) não estão a funcionar. Razão pela qual, esclarece, a criação da carreira de médico dentista é “um alicerce fundamental para os profissionais” e para a sua fixação no setor público.

No que diz respeito ao cheque-dentista, a secretária de Estado adiantou que a tutela pretende desmaterializar e criar o boletim de saúde oral para os menores de 18 anos. Propostas que, ao jornal Público, Miguel Pavão recorda que não têm nada de “novo”, pois estavam em curso desde 2023, com a publicação da portaria nº 430/2023, e não foram cumpridas.

Outra componente que o governo pretende implementar é o cheque-prótese, uma medida que tem vindo a ser defendida pela OMD, por considerar necessária para o acesso dos mais vulneráveis aos tratamentos de medicina dentária.

Recorde-se que a apresentação do programa de saúde oral, agora anunciado para novembro, estava prevista para final de 2024.

Euronews

Ao vaguear pelos corredores dos supermercados em 2025, é provável que já tenha tropeçado em latas coloridas com promessas ousadas e sedutoras de "calma" e "concentração".

Conhecidas como bebidas funcionais, incluem frequentemente uma série de ingredientes que parecem estranhos: Ashwagandha (uma erva medicinal), Lion's Mane (um tipo de cogumelo) e vários outros compostos vegetais, vitaminas e minerais que alegam melhorar naturalmente o bem-estar mental.

Embora as bebidas com um sabor agradável e que nos fazem sentir melhor pareçam de facto sedutoras, serão demasiado boas para serem verdade? Falámos com especialistas para saber até que ponto são realmente eficazes.

Nesta notícia poderá ainda ler sobre:

• O que são bebidas funcionais e se funcionam de facto?

• Cuidado com os chavões

• Não é uma solução rápida

Notícias S+

Investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa chegaram a “conclusões promissoras” sobre o comportamento e evolução das células cancerosas, que podem permitir melhorar os tratamentos oncológicos.

“As conclusões são animadoras para o futuro dos tratamentos oncológicos, dado que podem, em teoria, permitir personalizar e direcionar cada vez melhor os tratamentos em variadíssimos tipos de cancro”, anunciou hoje a Faculdade de Ciências, que realizou o estudo juntamente com médicos do Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

Publicada na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, a investigação analisou células cancerígenas, tendo como base o Cancer Genome Atlas Program, lançado em 2005 nos Estados Unidos, e que agrega bases moleculares de mais de 30 tipos de cancro, contando com os dados de mais de 11 mil casos de doença oncológica.

Na prática, os investigadores do Instituto de Biossistemas e Ciências Integrativas (BioISI) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa descobriram que a célula cancerosa é como uma “turma malcomportada, ou seja, que depende do comportamento indisciplinado de várias proteínas - e da interação entre elas - para a evolução da doença”, adiantou o comunicado da instituição.

Este estudo serviu para concluir que a “complexidade destas interações e a influência das proteínas vizinhas pode ser crucial: têm o poder de influenciar a proteína `driver´ mutada de forma positiva (inibindo a doença) e de forma negativa (fazendo-a evoluir). Isto significa que estas proteínas vizinhas são alvos promissores para tratamentos com fármacos”, explicou.

Apesar das conclusões animadoras para futuras terapias, o investigador do BioISI Francisco Pinto salientou que é necessário ver estes desenvolvimentos científicos com otimismo moderado.

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