Notícias da Saúde em Portugal 686

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Colestiramina - Autorização de utilização de lotes rotulados em língua estrangeira

INFARMED, I.P

Atendendo a que o medicamento Quantalan, colestiramina, 4000 mg, pó para suspensão oral (20 unidade(s)), está em rutura de stock, o INFARMED, I.P autorizou, a título excecional, a utilização do seguinte medicamento com rotulagem em língua estrangeira:

Estas embalagens serão acompanhadas de folheto informativo em português.

Para facilitar a acessibilidade, o medicamento Questran (número de registo 5915129) poderá ser dispensado com comparticipação nas prescrições médicas onde conste o medicamento Quantalan (número de registo 8314617) que ainda permaneçam válidas.

Portugal é atualmente um dos países mais envelhecidos da Europa e do mundo

OE

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), no final de 2024 viviam em Portugal 2,6 milhões de pessoas com mais de 65 anos, entre as quais quase 339 mil com idade igual ou superior a 85 anos.

De acordo com a Pordata (2024), desde 2019 a população idosa tem crescido mais de 2% ao ano.

Projeções do INE mostram que, entre 2024 e 2100:

  • o número de idosos passará de 2,6 para 3,1 milhões;

  • o índice de envelhecimento continuará a agravar-se até cerca de 2060, ano em que tenderá a estabilizar.

Portugal é, a par de Itália, o país da União Europeia com maior percentagem de população idosa, ocupando o 2.º lugar na UE em índice de envelhecimento e o 4.º no mundo.

Este envelhecimento traduz-se em novas necessidades de saúde, muitas vezes associadas a doenças crónicas, situações de fragilidade e dependência funcional.

Porque é que as mulheres vivem mais tempo do que os homens? Cientistas dizem que a evolução pode dar pistas

Euronews

As mulheres em todo o mundo têm uma esperança de vida superior à dos homens, uma diferença de longevidade que tem sido atribuída ao facto de as mulheres terem frequentemente dietas e estilos de vida mais saudáveis e prestarem mais atenção à sua saúde.

Um novo estudo oferece outra explicação: a evolução.

Os resultados sugerem que as mulheres poderão continuar a viver mais do que os homens, independentemente dos avanços nos cuidados médicos e nas condições de vida. O estudo acompanhou 1.176 espécies, incluindo chimpanzés, roedores, alces e muitos tipos de aves, tanto em estado selvagem como em jardins zoológicos, no que os investigadores afirmaram ser a análise mais abrangente até à data.

Em 72% das espécies de mamíferos, as fêmeas viveram em média 12% mais tempo do que os machos, segundo o estudo. Entretanto, os machos viveram mais tempo em 68% das espécies de aves, numa média de cinco por cento.

Segundo os investigadores, as diferenças nos cromossomas sexuais podem ajudar a explicar a diferença de esperança de vida. Nos mamíferos, as fêmeas têm dois cromossomas X e os machos têm um cromossoma X e um Y, o que pode dar às fêmeas uma vantagem, protegendo-as de mutações genéticas "prejudiciais".

De um modo geral, a diferença de longevidade era menor nas espécies monogâmicas, enquanto os machos tendiam a morrer muito mais cedo nas espécies em que tendem a ter vários parceiros ao mesmo tempo e têm diferenças de tamanho mais pronunciadas, segundo o estudo.

A vantagem feminina é mais comum nos chimpanzés e gorilas do que nos humanos, o que sugere que está "enraizada em processos evolutivos", afirmaram os investigadores

"Pelo menos em termos de diferenças sexuais na sobrevivência, a nossa espécie não é única", acrescentaram.

Vistos pela primeira vez grupos de proteínas que causam a Doença de Parkinson

SIC Notícias

Uma equipa de cientistas visualizou e quantificou pela primeira vez os grupos de proteínas desencadeadores da Doença de Parkinson, segundo o estudo publicado na quarta-feira na revista científica Nature Biomedical Engineering.

"Desenhámos a Deteção Avançada de Agregados - Doença de Parkinson (ASA-PD), uma tecnologia de plataforma (`software´) que gera imagens em larga escala de agregados proteicos (grupos de proteínas) no tecido cerebral", refere o estudo, destacando que a tecnologia descreve a distribuição, a prevalência e a localização dos grupos de proteínas desencadeadores da doença.

As novas descobertas podem ajudar a desvendar os mecanismos que fazem a perturbação neurodegenerativa, a Doença de Parkinson, espalhar-se pelo cérebro, segundo a equipa de investigadores da Universidade de Cambridge, da University College London e do Instituto Francis Crick, sendo que todas são no Reino Unido.

De acordo com a investigação, os grupos de proteínas (chamados "oligomeros de alfa-sinucleína") são tão pequenos que até agora não eram visíveis, ou seja, situam-se na mesma escala que moléculas biológicas mais complexas, como por exemplo a hemoglobina, a proteína que transporta oxigénio no sangue.

A principal diferença entre os cérebros com e sem a doença era o tamanho dos "oligomeros", que eram maiores, mais brilhantes e mais numerosos nas amostras com a doença, sugerindo uma relação direta com a progressão da Doença de Parkinson.

Investigadores descobrem que movimentos faciais de ratinhos refletem os seus pensamentos

Canal S+

Investigadores da Fundação Champalimaud concluíram que os movimentos faciais dos ratinhos são um reflexo dos seus pensamentos, uma descoberta que abre caminho para o estudo do cérebro de forma não invasiva, anunciou hoje a instituição.

Segundo os autores do estudo, publicado na revista científica Nature Neuroscience, esta descoberta constitui uma prova de conceito de que é possível ler a mente através de gravações de vídeo, potencialmente abrindo caminho para novas ferramentas de investigação e diagnóstico.

“O nosso estudo mostra que os vídeos são mais do que a gravação de comportamentos - podem ser uma janela aberta para a atividade cerebral. E embora isto possa ser muito entusiasmante do ponto de vista científico, também levanta muitas questões sobre a necessidade de salvaguardar a nossa privacidade”, salientou Alfonso Renart, um dos autores do estudo e investigador principal da FC.

“Para nossa surpresa, descobrimos que conseguimos obter tanta informação sobre o que o ratinho estava a pensar como a que conseguimos ao registar a atividade de dezenas de neurónios”, avançou o investigador Zachary Mainen.

As conclusões indicam ainda que padrões faciais semelhantes representaram as mesmas estratégias em diferentes ratinhos, o que sugere que o reflexo de determinados padrões de pensamento ao nível dos movimentos faciais pode ser estereotipado, à semelhança do que acontece com as emoções.

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