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Taxa de depressão de médicos e enfermeiros em Portugal é a terceira mais alta da Europa

SIC Notícias

Portugal é o terceiro país europeu com as mais altas taxas de depressão e ansiedade dos médicos e enfermeiros e está também acima da média na proporção de profissionais de saúde expostos a violência no trabalho.

Os dados constam de um inquérito da Organização Mundial da Saúde (OMS) esta sexta-feira divulgado e que, a nível europeu, concluiu que um em cada três médicos e enfermeiros reportaram depressão e um em cada 10 pensamentos suicidas passivos.

Segundo este estudo, o maior estudo realizado pela OMS sobre a saúde mental dos médicos e enfermeiros, Portugal apresenta uma prevalência de depressão dos profissionais de saúde de 44%, só superada pela Letónia e pela Polónia (ambos com 50%), e muito afastado do país com a percentagem mais baixa, a Dinamarca, com 15%.

Em relação à ansiedade dos médicos e enfermeiros, o inquérito concluiu que Portugal está também no terceiro pior lugar, com uma prevalência de 39%, abaixo da Letónia (61%) e de França (41%).

O relatório aponta para ações urgentes que os países devem adotar para melhorar as condições de trabalho e alterar as culturas organizacionais, realçando que todas podem ser alcançadas através da reorientação dos já recursos existentes e defende a tolerância zero à violência de qualquer tipo, uma melhor previsibilidade e flexibilidade dos turnos, uma gestão das horas extraordinárias de forma justa, uma análise à carga de trabalho excessiva, o reforço do acesso à saúde mental e monitorização regular do bem-estar dos profissionais de saúde.

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Por que é que as chupetas estão a tornar-se tendência crescente (e viral) entre os adultos?

Euronews

A última moda que se está a espalhar pela Internet é a das chupetas para adultos - e antes que se grite legitimamente que estamos a retroceder como espécie ou que estamos aparentemente empenhados em refutar o darwinismo, a tendência tem raízes em algo mais sério do que apenas a última moda ou a peculiaridade que procura atenção.

Tudo começou com adultos stressados na China, que começaram a publicar na internet que estavam a recorrer a chupetas para adultos para aliviar o seu stress e ansiedade.

No início de agosto, o South China Morning Post noticiou que os adultos na China gastavam mais de 60 euros em chupetas para adultos - que são maiores do que a chupeta normal de criança - e alguns retalhistas afirmavam mesmo que vendiam mais de duas mil por mês.

Tal como o Labubus, a tendência aparentemente inofensiva tem-se espalhado como um incêndio, atravessando fronteiras para a Europa e os Estados Unidos (EUA), com os fãs online das chupetas para adultos a descrevê-las como "calmantes" e "seguras". Alguns até começaram a afirmar que as chupetas para adultos os estavam a ajudar a lidar com a apneia do sono.

Os TikTokers chupam as suas chupetas durante períodos de stress, antes de reuniões profissionais, durante o trânsito da hora de ponta, quando confrontados com o pavor existencial decorrente de notícias preocupantes e sempre que confrontados com o sorriso angustiante de um Labubu.

Ainda assim, tendo em conta o preço da terapia ou o aumento do preço dos cigarros nos dias que correm, será que se pode culpar quem abraça a chupeta?

Tang Caomin, médico dentista em Chengdu, na província de Sichuan, no sudoeste da China, avisou disse ao South China Morning Post que "dormir com uma chupeta na boca, pode interferir com a respiração e, no pior dos casos, existe o risco de asfixia".

O médico advertiu ainda que o uso prolongado pode perturbar o sono, bem como provocar problemas orais, incluindo tensão nos maxilares, desalinhamento dos dentes e infeções.

Várias organizações de saúde aconselharam os utilizadores das redes sociais que sucumbiram a esta tendência a procurar outras soluções através de consultas com profissionais médicos. Além disso, os psicólogos manifestaram a sua preocupação com a tendência, argumentando que, ao confiarem nas chupetas, os adultos podem estar a evitar as causas subjacentes à sua ansiedade.

Mas, como era de esperar, a maioria dos utilizadores não está preocupada com o drama dentário e continua a defender as chupetas para adultos.

MedSUPPORT | Testemunho da semana

"Sem dúvida alguma, um serviço completamente necessário e imprescindível para o negócio de clínicas médicas. Nunca poderíamos estar tão legais caso não trabalhássemos com MedSUPPORT. Deito a cabeça na almofada tranquila. Temos de ser responsáveis em cuidar dos nossos pacientes com a maior honestidade possível. E só cumprindo nos mantemos todos seguros. Temos de honrar a escolha que os pacientes fazem, em nos escolher por confiança total. Mostrar respeito e dignidade no serviço médico."

Dra. Manuela Rodrigues - Worldetails, Lda. - Albufeira

Saunas por prescrição médica: Suécia lança campanha para promover o país como destino de saúde

Expresso

A Suécia lançou uma iniciativa pioneira, incentivando os médicos a prescrever viagens ao país como parte de tratamentos de bem-estar. A oferta ‘Visit Sweden’ permite que qualquer turista possa usufruir de um acompanhamento médico durante a sua deslocação, explica o "The European".

A campanha é sustentada por um estudo da YouGov que revelou que a maioria das pessoas nunca tinha ouvido falar de “prescrições naturais”, “prescrições sociais” ou “prescrições culturais”. Ainda assim, quase dois terços dos inquiridos afirmaram que seguiriam este tipo de recomendação se aconselhada por um médico.

O país quer levar o conceito ainda mais longe. O 'Visit Sweden' inclui uma lista de atividades a nível nacional consideradas culturalmente autênticas e com provas cientificas que atestam os seus benefícios para a saúde. As sugestões vão desde caminhadas na floresta e mergulhos em águas abertas até tradições de spa nórdicas, eventos culturais comunitários , incluindo o célebre ritual de fazer uma pausa para beber um café com amigos e colegas, conhecido como fika.

Em Portugal, o Governo passou também a apoiar os tratamentos realizados em termas, com o estado a comparticipar em 35% o conjunto de tratamentos termais prescritos no SNS. A medida define um limite de 110 euros anuais por utente, e requere prescrição do médico de família, que tem a validade de um ano.

A comparticipação abrange o conjunto de atos e técnicas que compõem cada tratamento, nos termos do plano de terapêutico definido pelo médico hidrologista em estabelecimento termal.

As comparticipações abrangem várias doenças, entre as quais artrite reumatoide, rinite, asma, urticárias, psoríase, diabetes, obesidade, insuficiência venosa, anemia e doenças neurológicas e psiquiátricas.

Bactéria do intestino materno ajuda bebé a crescer e reduz risco de morte do feto

CNN

Uma bactéria do intestino materno ajuda o bebé a crescer e diminui o risco de morte do feto durante a gravidez, segundo um estudo liderado por uma universidade espanhola, noticiado na quinta-feira pela agência EFE.

"Estas descobertas, para além de representarem uma potencial estratégia microbiana adaptativa para otimizar o crescimento fetal, oferecem importantes dados sobre a regulação do crescimento fetal", refere o estudo publicado na revista científica Journal of Translational Medicine.

De acordo com a investigação, a distribuição da bactéria Bifidobacterium Breve pelo intestino traz benefícios para o feto, como um melhor crescimento, o aumento da glicemia (concentração de açúcar no sangue, uma das principais fontes de energia do corpo) e um menor risco de morte do bebé.

A investigação, liderada pela Universidade Autónoma de Madrid (UAM) revelou que a bactéria intestinal regula a função endócrina da placenta, ou seja, a capacidade da placenta produzir hormonas que sustentam a gravidez.

A bactéria contribuí também para o transporte de nutrientes e para a produção de hormonas importantes na gravidez, como prolactina (fundamental para a produção de leite) e glicoproteínas (essencial para a comunicação entre células e resposta imunológica) específicas.

As mulheres expostas a estas bactérias durante a gravidez apresentaram uma menor taxa de mortalidade embrionária, ou seja, o feto sobreviveu.

"Se conseguirmos compreender como as bactérias intestinais atuam para auxiliar a gravidez, as doenças em ascensão, como a diabetes gestacional, a pré-eclâmpsia (pressão arterial e eliminação de proteínas na urina) ou as perturbações do crescimento fetal, poderão ser tratadas de forma eficaz e segura, tanto para a mãe como para o feto"

Jorge López-Tello, autor principal do estudo

Na Europa, 14% das grávidas consomem probióticos (microrganismos que trazem benefícios para a saúde), de acordo com o estudo.

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