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Notícias da Saúde em Portugal 695
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Teranóstico: a mais recente aposta da medicina no diagnóstico e tratamento do cancro
SIC Notícias
Permite aos médicos saberem onde estão as células tumorais e levar até elas um tratamento de radiação para as matar. O IPO do Porto foi o centro médico do país que investiu nesta tecnologia, com resultados animadores para os doentes.
É apenas uma sensação, mas exatamente aquela que se procura após anos de tratamentos oncológicos. "Acho que com este tratamento a minha doença praticamente desapareceu", conta Albano Soares à SIC.
"Estou muito melhor. Não comia, não dormia, não andava - passei por essas fases todas - e agora já como, já durmo, já respiro bem e estou muito melhor. Já consigo me vestir pelos próprios meios e tudo e na altura nem isso conseguia."

É um caso de sucesso no cancro da próstata que resulta de uma abordagem terapêutica e de diagnóstico da medicina nuclear: o teranóstico. Esta é uma abordagem altamente personalizada ao doente e ao tumor. Só é possível com profissionais altamente qualificados e tecnologia de última geração como esta Gama Câmara Digital. Está no IPO do Porto desde julho e é um de duas em todo o país.
Mas nem todos os doentes oncológicos estão aptos a esta abordagem. Para já, os radiofármacos preparados aqui, no IPO do Porto, são usados como segunda linha de tratamento em tumores neuroendócrinos e na última linha de tumores da próstata.
O investimento do IPO do Porto na área do teranóstico já supera os cinco milhões de euros. Foi a unidade portuguesa que mais apostou nesta área. No ano passado, o serviço de medicina nuclear do Porto realizou cerca de 16 mil procedimentos, 300 dos quais terapêuticos.
Produtos para a insónia sem validade médica podem agravar o problema, alertam especialistas
SIC Notícias
O Grupo de Estudos sobre Distúrbios do Sono e da Vigília da Sociedade Espanhola de Neurologia (SEN) alertou para o aumento de produtos sem validade médica ineficazes para pessoas com insónia, noticiou ontem a Europa Press.
"Embora o crescente interesse pela importância do sono e pelas medidas destinadas a melhorá-lo seja positivo, é cada vez mais comum encontrar afirmações e propostas categóricas sem validade científica, oferecendo muitas vezes soluções falsas ou clinicamente inválidas"
Os tratamentos sem receita médica causam frustração em pessoas com insónia porque muitas vezes não produzem os resultados esperados, segundo a Europa Press.
Os especialistas da SEN realçaram também a importância das pessoas estarem atentas à publicidade "enganosa" e de não se deixarem "seduzir" por promessas sem base científica.

"A realidade é que nenhum destes produtos se mostrou eficaz no tratamento desta perturbação (insónia). Esta é uma indústria com grande poder de `marketing´ que procura o seu nicho entre aqueles que sofrem deste problema de saúde", acrescentou Célia García Malo.
Os produtos sem receita médica incluem suplementos e comprimidos, 'sprays', chás, almofadas especiais, máscaras para os olhos com tecnologia integrada, aplicações de meditação, dispositivos eletrónicos, entre outros produtos.
Os especialistas da SEN destacam a necessidade de consultar profissionais de saúde para um diagnóstico e tratamento corretos da insónia, como a terapia cognitivo-comportamental, um tratamento que ajuda os pacientes a voltarem a dormir normalmente.
Em 2022, os portugueses gastaram cerca de 20 milhões de euros em medicamentos não sujeitos a receita médica, noticiou o Jornal de Noticias, em 2023.
Inibição de pequenas moléculas acelera cicatrização em pessoas com diabetes
Observador
Um estudo liderado pela Universidade de Coimbra (UC) e pela Universidade de Roskilde (Dinamarca) demonstrou que a inibição de pequenas moléculas acelera a cicatrização das feridas de pessoas com diabetes.
A investigação aponta uma cicatrização quase total destas feridas ao fim de dez dias, através de uma abordagem molecular que inibe, em simultâneo, dois microARN, revelou esta terça-feira a UC, num comunicado enviado à agência Lusa.
A descoberta “pode abrir caminho ao desenvolvimento de novas terapias para melhorar o tratamento de feridas em pessoas diagnosticadas com diabetes”, cuja cicatrização “é lenta e complexa, o que favorece o aparecimento de úlceras difíceis de curar”.

“Estes futuros alvos de terapia molecular podem ter o potencial de melhorar significativamente as feridas e a recuperação de doentes, podendo reduzir o tempo de internamento hospitalar, diminuir o risco de amputações e, assim, aliviar o peso económico e social associado”, disseram os investigadores do grupo Obesidade, Diabetes e Complicações do Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC e do Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia.
O estudo “tem grande relevância social, especialmente num contexto global em que a diabetes é uma doença que afeta milhões de pessoas — causando dor, infeções recorrentes, hospitalizações frequentes e até amputações — e apresenta uma tendência de crescimento contínuo”, destacaram Ermelindo Leal e Eugénia Carvalho.
Lançada parceria europeia para combater resistência aos antimicrobianos
Tecnohospital
Ao abrigo do Horizonte Europa, foi lançada a Parceria Europeia One Health para a Resistência aos Antimicrobianos (OHAMR), um programa a 10 anos para combater esta grave ameaça á saúde pública
Segundo dados de 2019, a resistência aos antimicrobianos é responsável por 35 mil mortes anuais na União Europeia e 1,27 milhões em todo o mundo, mas pode chegar a 10 milhões por ano em 2050, segundo a União Europeia.

O programa agora lançado junta, sob a coordenação do Swedish Research Council, 53 organizações de 30 países, e recorre à abordagem europeia Uma Só Saúde para ligar setores e acelerar soluções que permitam reduzir o uso e a resistência aos antimicrobianos.
As atividades planeadas incluem avisos transnacionais para investigação colaborativa e projetos de inovação, fortalecimento da capacidade de investigação dos países participantes, promoção da aplicação do conhecimento em prática e políticas, apoio ao acesso e uso melhorado dos dados sobre resistência aos antimicrobianos e aumento do impacto através da coordenação e alinhamento dos esforços nacionais e europeus.
Em Portugal, a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e a Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica (AICIB) são parceiras do projeto.

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