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Teranóstico: a mais recente aposta da medicina no diagnóstico e tratamento do cancro

SIC Notícias

Permite aos médicos saberem onde estão as células tumorais e levar até elas um tratamento de radiação para as matar. O IPO do Porto foi o centro médico do país que investiu nesta tecnologia, com resultados animadores para os doentes.

É apenas uma sensação, mas exatamente aquela que se procura após anos de tratamentos oncológicos. "Acho que com este tratamento a minha doença praticamente desapareceu", conta Albano Soares à SIC.

"Estou muito melhor. Não comia, não dormia, não andava - passei por essas fases todas - e agora já como, já durmo, já respiro bem e estou muito melhor. Já consigo me vestir pelos próprios meios e tudo e na altura nem isso conseguia."

É um caso de sucesso no cancro da próstata que resulta de uma abordagem terapêutica e de diagnóstico da medicina nuclear: o teranóstico. Esta é uma abordagem altamente personalizada ao doente e ao tumor. Só é possível com profissionais altamente qualificados e tecnologia de última geração como esta Gama Câmara Digital. Está no IPO do Porto desde julho e é um de duas em todo o país.

Mas nem todos os doentes oncológicos estão aptos a esta abordagem. Para já, os radiofármacos preparados aqui, no IPO do Porto, são usados como segunda linha de tratamento em tumores neuroendócrinos e na última linha de tumores da próstata.

O investimento do IPO do Porto na área do teranóstico já supera os cinco milhões de euros. Foi a unidade portuguesa que mais apostou nesta área. No ano passado, o serviço de medicina nuclear do Porto realizou cerca de 16 mil procedimentos, 300 dos quais terapêuticos.

Produtos para a insónia sem validade médica podem agravar o problema, alertam especialistas

SIC Notícias

O Grupo de Estudos sobre Distúrbios do Sono e da Vigília da Sociedade Espanhola de Neurologia (SEN) alertou para o aumento de produtos sem validade médica ineficazes para pessoas com insónia, noticiou ontem a Europa Press.

"Embora o crescente interesse pela importância do sono e pelas medidas destinadas a melhorá-lo seja positivo, é cada vez mais comum encontrar afirmações e propostas categóricas sem validade científica, oferecendo muitas vezes soluções falsas ou clinicamente inválidas"

Célia García Malo, coordenadora do grupo, neurologista e especialista em medicina do sono

Os tratamentos sem receita médica causam frustração em pessoas com insónia porque muitas vezes não produzem os resultados esperados, segundo a Europa Press.

Os especialistas da SEN realçaram também a importância das pessoas estarem atentas à publicidade "enganosa" e de não se deixarem "seduzir" por promessas sem base científica.

"A realidade é que nenhum destes produtos se mostrou eficaz no tratamento desta perturbação (insónia). Esta é uma indústria com grande poder de `marketing´ que procura o seu nicho entre aqueles que sofrem deste problema de saúde", acrescentou Célia García Malo.

Os produtos sem receita médica incluem suplementos e comprimidos, 'sprays', chás, almofadas especiais, máscaras para os olhos com tecnologia integrada, aplicações de meditação, dispositivos eletrónicos, entre outros produtos.

Os especialistas da SEN destacam a necessidade de consultar profissionais de saúde para um diagnóstico e tratamento corretos da insónia, como a terapia cognitivo-comportamental, um tratamento que ajuda os pacientes a voltarem a dormir normalmente.

Em 2022, os portugueses gastaram cerca de 20 milhões de euros em medicamentos não sujeitos a receita médica, noticiou o Jornal de Noticias, em 2023.

Inibição de pequenas moléculas acelera cicatrização em pessoas com diabetes

Observador

Um estudo liderado pela Universidade de Coimbra (UC) e pela Universidade de Roskilde (Dinamarca) demonstrou que a inibição de pequenas moléculas acelera a cicatrização das feridas de pessoas com diabetes.

A investigação aponta uma cicatrização quase total destas feridas ao fim de dez dias, através de uma abordagem molecular que inibe, em simultâneo, dois microARN, revelou esta terça-feira a UC, num comunicado enviado à agência Lusa.

A descoberta “pode abrir caminho ao desenvolvimento de novas terapias para melhorar o tratamento de feridas em pessoas diagnosticadas com diabetes”, cuja cicatrização “é lenta e complexa, o que favorece o aparecimento de úlceras difíceis de curar”.

“Estes futuros alvos de terapia molecular podem ter o potencial de melhorar significativamente as feridas e a recuperação de doentes, podendo reduzir o tempo de internamento hospitalar, diminuir o risco de amputações e, assim, aliviar o peso económico e social associado”, disseram os investigadores do grupo Obesidade, Diabetes e Complicações do Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC e do Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia.

O estudo “tem grande relevância social, especialmente num contexto global em que a diabetes é uma doença que afeta milhões de pessoas — causando dor, infeções recorrentes, hospitalizações frequentes e até amputações — e apresenta uma tendência de crescimento contínuo”, destacaram Ermelindo Leal e Eugénia Carvalho.

Lançada parceria europeia para combater resistência aos antimicrobianos

Tecnohospital

Ao abrigo do Horizonte Europa, foi lançada a Parceria Europeia One Health para a Resistência aos Antimicrobianos (OHAMR), um programa a 10 anos para combater esta grave ameaça á saúde pública

Segundo dados de 2019, a resistência aos antimicrobianos é responsável por 35 mil mortes anuais na União Europeia e 1,27 milhões em todo o mundo, mas pode chegar a 10 milhões por ano em 2050, segundo a União Europeia.

O programa agora lançado junta, sob a coordenação do Swedish Research Council, 53 organizações de 30 países, e recorre à abordagem europeia Uma Só Saúde para ligar setores e acelerar soluções que permitam reduzir o uso e a resistência aos antimicrobianos.

As atividades planeadas incluem avisos transnacionais para investigação colaborativa e projetos de inovação, fortalecimento da capacidade de investigação dos países participantes, promoção da aplicação do conhecimento em prática e políticas, apoio ao acesso e uso melhorado dos dados sobre resistência aos antimicrobianos e aumento do impacto através da coordenação e alinhamento dos esforços nacionais e europeus.

Em Portugal, a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e a Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica (AICIB) são parceiras do projeto.

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