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Nascimentos aumentam nos primeiros nove meses do ano, mantendo tendência de crescimento, diz Insa

Observador

Mais de 65.400 bebés nasceram nos primeiros nove meses do ano, mais 2.173 comparativamente ao período homólogo de 2024, mantendo a tendência de crescimento dos trimestres anteriores, segundo dados do “teste do pezinho”, que cobre quase a totalidade dos nascimentos.

Os dados indicam que julho foi o mês que registou o maior número de bebés rastreados (8.118), seguido de setembro (7.886) e de janeiro (7.670).

Lisboa foi o distrito com mais “teste do pezinho” (19.891), seguido do Porto (11.650), Setúbal (5.229), Braga (4.880), Faro (3.310) e Aveiro (3.058).

O menor número de exames foi observado no distrito de Bragança (420), Portalegre (440), Guarda (489) e Vila Real (765) e Castelo Branco (805), segundo os dados do programa coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (Insa), através da sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, do Departamento de Genética Humana.

O Programa Nacional de Rastreio Neonatal realiza, desde 1979, testes de rastreio em todos os recém-nascidos de algumas doenças graves, o chamado “teste do pezinho”.

Estes testes permitem identificar as crianças que sofrem de doenças, quase sempre genéticas, como a fenilcetonúria ou o hipotiroidismo congénito, que podem beneficiar de tratamento precoce.

Felicidade, ingrediente essencial para reduzir risco de mortalidade por doenças crónicas

Notícias Saúde

Doenças cardíacas, cancro, asma e diabetes: todas são doenças crónicas ou não transmissíveis, responsáveis ​​por cerca de 75% das mortes não relacionadas com a pandemia em 2021.

Podem resultar de fatores genéticos, ambientais e comportamentais, ou de uma combinação dos mesmos. Mas será que outros fatores também podem influenciar o risco de doença?

Agora, um novo estudo da revista Frontiers in Medicine investigou a relação entre felicidade e saúde para descobrir se ser mais feliz significa ser mais saudável e para determinar se a felicidade e os benefícios concomitantes para a saúde são lineares ou seguem um padrão específico.

Uma pontuação de 2,7 pode ser encontrada na extremidade inferior da escada, e as pessoas ou países que se encontram nesta posição são geralmente considerados infelizes ou com dificuldades.

Quando a felicidade coletiva de um país se eleva acima do mesmo, o estudo constata que cada aumento de 1% no bem-estar subjetivo está associado a uma redução estimada de 0,43% na taxa de mortalidade por doenças não transmissíveis entre indivíduos com idades compreendidas entre os 30 e os 70 anos.

Abaixo do limiar de 2,7 pontos, pequenas melhorias na felicidade (por exemplo, de uma pontuação de 2 para 2,2) não se traduzem numa redução mensurável das mortes por doenças não transmissíveis, indicaram os dados. Mostram, em vez disso, que antes que as mudanças mensuráveis ​​​​possam ser desbloqueadas, o bem-estar muito baixo precisa de ser remediado.

Existem várias formas através das quais os governos podem elevar a pontuação dos países acima de 2,7, por exemplo: promovendo uma vida saudável, expandindo a prevenção da obesidade e restringindo a disponibilidade de álcool; melhorando o ambiente através de padrões mais rigorosos de qualidade do ar; e aumentando os seus gastos per capita em saúde.

Os autores afirmaram que as suas perceções podem ajudar a orientar as políticas sociais e de saúde e podem auxiliar na integração do bem-estar nas agendas das nações.

O Custo Silencioso da Improvisação: Licenciamento nas Clínicas Dentárias

Jornal Dentistry

Na correria do dia a dia, é fácil relegar a conformidade regulatória para segundo plano nas clínicas dentárias. Sob a pressão de consultas, prazos e gestão, muitos profissionais recorrem a soluções improvisadas para lidar com o licenciamento e a documentação. Seja por desconhecimento, falta de tempo ou confiança na experiência, estas escolhas podem transformar pequenos descuidos em riscos significativos. Este artigo da MedSUPPORT, explora os perigos de práticas informais e reforça a importância de uma abordagem profissional ao licenciamento para funcionamento.

A confiança na rotina é comum: se nunca houve problemas, porquê mudar?

No entanto, as exigências da regulação não são meros detalhes administrativos. Ignorar normas ou adiar atualizações pode resultar em multas, suspensões ou, mais grave, comprometer a segurança dos utentes. Um licenciamento desatualizado ou incompleto é como uma falha invisível: pode passar despercebida, mas as consequências surgem quando menos se espera. Há um conforto enganador na rotina. A clínica abre todos os dias, os pacientes entram, os tratamentos decorrem. Nada indica que algo está fora do lugar. Mas conformidade regulatória não se mede pelo silêncio do fiscalizador — mede-se pela adequação rigorosa a normas em constante atualização.

Sem intenção de falhar, muitos profissionais caem na tentação de improvisar. Seja por excesso de confiança, desconhecimento ou simples cansaço, criam-se sistemas informais baseados em modelos “emprestados”, conselhos de colegas ou fóruns online. E se nunca houve problemas, tudo parece estar bem.

Recorrer a conselhos de colegas ou informações de fóruns online é uma prática tentadora pela rapidez. Porém, estas fontes raramente oferecem a precisão necessária para cumprir as normas específicas de uma clínica dentária. Documentos partilhados ou “soluções” genéricas podem parecer suficientes, mas muitas vezes estão desatualizados ou fora de contexto.

Conselhos bem-intencionados não substituem orientação técnica.

Um modelo em PDF partilhado num grupo pode parecer “profissional”, mas a aparência gráfica não valida conteúdo jurídico. Um manual copiado de outra clínica pode estar desfasado ou não responder à realidade específica da sua. A conformidade exige conhecimento técnico e atenção aos detalhes.

Adotar documentos que “parecem certos” ou confiar em modelos informais cria uma ilusão de conformidade. Estes atalhos, além de potencialmente violarem direitos legais, expõem a clínica a riscos operacionais. Um manual copiado ou um registo incompleto não resiste a uma fiscalização rigorosa. A verdadeira segurança está na sistematização: manter registos atualizados, equipamentos certificados e processos alinhados com as normas vigentes.

A ausência de problemas no passado não garante conformidade no presente. Com regulamentações cada vez mais exigentes, a improvisação já não é sustentável. O profissionalismo está na antecipação: verificar documentos, atualizar registos e assegurar que tudo está em ordem antes que as autoridades o exijam. A gestão documental e o licenciamento são a base para uma prática clínica segura, ética e confiável.

Para navegar este processo com tranquilidade, contar com apoio especializado é essencial. A MedSUPPORT, com a sua experiência em licenciamento e engenharia clínica, oferece orientação personalizada para que as clínicas dentárias cumpram as normas com confiança.

A fé move montanhas. Mas não tem plano de ação. A MedSUPPORT sim.

Alguns antidepressivos têm efeitos secundários físicos mais graves do que outros

Euronews

Qualquer pessoa a quem tenha sido receitada medicação para tratar a depressão está familiarizada com a longa lista de potenciais efeitos secundários: sonolência, perda de apetite, dores de cabeça, etc.

Mas, na realidade, os efeitos secundários físicos diferem significativamente de fármaco para fármaco, de acordo com um novo estudo que concluiu que alguns antidepressivos podem causar alterações rápidas no peso, no ritmo cardíaco e na tensão arterial - enquanto outros são "relativamente benignos".

"Nem todos os antidepressivos são iguais no que diz respeito aos seus efeitos secundários físicos", afirmou Toby Pillinger, um dos autores do estudo e professor de clínica académica no King's College de Londres, durante uma reunião com jornalistas.

Os investigadores afirmaram que a sua análise, publicada na revista médica The Lancet, é a primeira a associar efeitos secundários físicos específicos a medicamentos antidepressivos individuais.

Os resultados poderão alterar a forma como os médicos prescrevem estes medicamentos, que são tomados por cerca de 17% dos adultos na Europa e na América do Norte, segundo o estudo.

"Seria bom saber quais os antidepressivos que são melhores ou piores do que outros para estes diferentes efeitos secundários físicos, de modo a orientar a prescrição personalizada. O problema é que, até agora, não dispúnhamos de dados comparativos para orientar essas decisões"

Toby Pillinger, professor de clínica académica no King's College de Londres

A equipa de Pillinger compilou dados de 151 estudos e 17 relatórios da Food and Drug Administration (FDA) dos EUA. A análise abrangeu cerca de 59 000 pessoas que tomaram antidepressivos ou um placebo - um tratamento simulado - durante uma média de oito semanas.

Encontrou "diferenças clinicamente significativas" nos efeitos secundários físicos destes medicamentos, incluindo uma diferença de quatro quilos na alteração de peso entre a agomelatina e a maprotilina e uma diferença de mais de 21 batimentos por minuto na alteração da frequência cardíaca entre a fluvoxamina e a nortriptilina.

Os investigadores estimaram que alguns antidepressivos, como a maprotilina e a amitriptilina, causaram um aumento de peso "clinicamente importante" em quase metade das pessoas a quem foram receitados.

Estes tipos de efeitos secundários físicos podem levar algumas pessoas a deixar de tomar os antidepressivos que lhes foram receitados, o que pode piorar a sua saúde mental, afirmaram os investigadores.

Especialistas independentes afirmaram que os resultados devem ser utilizados para desenvolver opções de tratamento mais personalizadas para os pacientes, especialmente aqueles com doenças cardiometabólicas existentes, como doenças cardíacas ou diabetes.

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