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INFARMED, I.P. analisa águas micelares: relatório disponível

INFARMED, I.P.

Com o objetivo de avaliar a conformidade de águas micelares foi realizada pelo INFARMED, I.P., uma ação de fiscalização do mercado em 76 produtos, que incluiu a análise de rotulagem e a análise laboratorial.

Da análise da rotulagem dos produtos, surgiram dúvidas na fundamentação das alegações apresentadas num dos produtos com distribuidor sediado em território nacional e Pessoa Responsável sediada noutro Estado-Membro. Estas entidades foram contactadas no sentido de solicitar evidência documental que fundamentasse as referidas alegações. Foi também realizado um inquérito europeu para aferir de forma harmonizada a interpretação do Regulamento da Comissão (UE) nº 655/2013, de 10 de julho, no contexto das alegações em causa, a que se seguiu a publicação da circular informativa Nº 085/CD/100.20.200 em 14/07/2025, sobre alegações em produtos cosméticos.

Nessa circular clarifica-se que as alegações “0% parabenos, fenoxietanol, PEG, silicones, laurel sulfato de sódio” violam os critérios da imparcialidade e da tomada de decisão informada por parte do consumidor, uma vez que denigrem ingredientes que são seguros e permitidos para uso uso em produtos cosméticos; este tipo de alegação não é permitido, pois cria uma desconfiança entre os consumidores em relação a ingredientes autorizados, não lhes permitindo realizar uma escolha devidamente informada aquando da aquisição. O cumprimento destas orientações será objeto de futuras ações de fiscalização do mercado.

Relativamente aos demais produtos, as ações de análise de rotulagem foram concluídas e as empresas foram notificadas deste facto.

No que se refere à qualidade microbiológica, foi realizado um total de 456 ensaios no Laboratório do INFARMED, I.P., sendo que todos os produtos cosméticos analisados cumpriram os limites estabelecidos, encontrando-se os 76 lotes em conformidade nos ensaios realizados.

Cientistas portugueses criam tratamento estético que regenera a pele de forma indolor e sem cirurgias

SIC Notícias

Cientistas da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) testaram novos protocolos estéticos, que regeneram e reafirmam a pele do rosto, de forma indolor e sem cirurgias, e que serão lançados já este mês.

A tecnologia eleva o efeito dos ultrassons na pele "muito além do 'lifting' tradicional, sem a realização de um tratamento invasivo, visto que estimulam a produção intensa de colagénio e elastina, causando reações positivas ao nível da densidade, luminosidade e vitalidade da pele", explicou o investigador do Centro de Química de Coimbra (CQC), Gonçalo de Sá.

Os resultados do procedimento são visíveis já nas primeiras sessões e evoluem a cada semana, "o que vai ao encontro da preferência da maioria das pessoas por cuidados de beleza de manutenção e progressão contínua", consideraram os especialistas, inventores da tecnologia.

De acordo com a instituição de ensino superior, a incorporação cutânea de moléculas cosméticas não é eficaz, o que impede a redução de rugas finas e rídulas, bem como a diminuta ação contra a perda de hidratação, elasticidade e flacidez (ligeira e moderada) da pele.

Assim, "a combinação destes ultrassons desenvolvidos na FCTUC com fatores de crescimento irá permitir a entrada efetiva destas moléculas na epiderme, cuja ação remove sinais efetivos de desvitalização da pele, após a exposição prolongada ao sol, típica do verão, promove a renovação da proteção da pele", afirmaram.

Este mecanismo, testado pela equipa de investigadores da FCTUC, em colaboração com a LaserLeap Technologies e a Be.U_TheSkinCareClinic, foi desenhado especificamente para tratamentos não-invasivos, indolores e sem marcas.

OMD reportou às autoridades competentes campanha das clínicas Hey Doc e Pingo Doce

OMD

A Ordem dos Médicos Dentistas reportou à Autoridade da Concorrência (AdC), Direção-Geral do Consumidor (DGC), Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) uma campanha promocional das clínicas de medicina dentária Hey Doc juntamente com o retalhista Pingo Doce.

Esta participação formal tem como objetivo avaliar o enquadramento legal da campanha, no âmbito dos cuidados de saúde oral.

As diligências junto das entidades ocorreram em momentos distintos: a comunicação à AdC, ERS e DGC foi efetuada a 17 de julho; o envio do processo para a ASAE foi realizado, posteriormente, a 3 de outubro.

Até à data, a Ordem obteve resposta da AdC e da DGC. Ambas as entidades concluíram pela inexistência de irregularidades. A OMD aguarda, agora, os pareceres da ERS e da ASAE.

Considerando os contactos recebidos por parte de diversos associados, a Ordem dos Médicos Dentistas informa que continuará a acompanhar o processo.

Doenças das gengivas e cáries associadas ao aumento do risco de AVC

Notícias Saúde

Quem sofre com cáries e doenças das gengivas pode apresentar um maior risco de acidente vascular cerebral isquémico, revela um estudo publicado na revista científica Neurology® Open Access, a publicação oficial da Academia Americana de Neurologia.

O estudo não comprova que a má saúde oral provoca acidentes vasculares cerebrais, mas mostra uma associação.

“Descobrimos que as pessoas com cáries e doenças das gengivas tinham quase o dobro do risco de acidente vascular cerebral em comparação com as pessoas com boa saúde oral, mesmo após o controlo dos fatores de risco cardiovascular”, refere autor do estudo, Souvik Sen, da Universidade da Carolina do Sul, em Columbia.

Os investigadores analisaram dados de 5.986 adultos com uma idade média de 63 anos, sem história prévia de AVC no início do estudo. Todos os participantes realizaram exames dentários que avaliaram se apresentavam doença gengival, cáries ou ambos e foram então divididos em três grupos: boca saudável, apenas doença gengival ou doença gengival com cáries.

Os investigadores acompanharam-nos durante duas décadas, utilizando consultas telefónicas e registos médicos para determinar quais as pessoas que tinham tido um AVC. E, de 1.640 pessoas com a boca saudável, 4% sofreram um AVC; de 3.151 pessoas apenas com doença gengival, 7% tiveram um AVC, e de 1.195 pessoas com doença gengival e cáries, 10% tiveram um AVC.

“Este estudo reforça a ideia de que cuidar dos dentes e das gengivas não se resume ao sorriso; pode ajudar a proteger o cérebro. As pessoas com sinais de doença gengival ou cáries devem procurar tratamento não só para preservar os dentes, mas também para reduzir o risco de AVC.”

Souvik Sen, autor do estudo

Após o ajuste para fatores como a idade, o índice de massa corporal e o tabagismo, os investigadores descobriram que, em comparação com as pessoas com uma boca saudável, aquelas com doença das gengivas e cáries apresentavam um risco 86% maior de AVC e aqueles com doença gengival isolada apresentaram um risco 44% superior.

O estudo também constatou que as pessoas com doença gengival e cáries apresentavam um risco 36% maior de sofrer um evento cardiovascular grave, como um ataque cardíaco, uma doença cardíaca fatal ou um acidente vascular cerebral, em comparação com as pessoas com bocas saudáveis.

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