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Notícias da Saúde em Portugal 704
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Medo do dentista? A causa pode ser diferente do que imagina
Notícias Saúde
A investigação da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia (NTNU) mostra que o medo do dentista ocorre com maior frequência em pessoas que foram expostas a experiências stressantes na infância. Por outras palavras, as experiências dolorosas na vida podem afetar a forma como se sente na cadeira deste especialista.
O estudo, com respostas de mais de 5.800 adolescentes dos 13 aos 17 anos, mostra que os adolescentes que vivenciaram experiências stressantes na infância, como violência, divórcio, abuso ou bullying, têm uma probabilidade significativamente maior de ter medo do dentista do que os adolescentes que não passaram por essas experiências.

Quanto mais experiências stressantes os jovens tiveram, maior a probabilidade de desenvolverem medo do dentista, uma associação que, segundo o estudo, é mais forte nas raparigas do que nos rapazes.
“Para muitas pessoas que experienciaram muita insegurança na infância, o tratamento dentário pode ser desafiante. Os pacientes deitam-se de costas numa posição vulnerável enquanto uma figura de autoridade trabalha dentro da boca. Não é de admirar que o tratamento dentário possa ser difícil. Tenho pacientes que não vão ao dentista há 40 anos”
“Sabemos que o medo do dentista é mais comum entre as raparigas e que mais raparigas do que rapazes sofreram abusos sexuais. Também há mais raparigas do que rapazes que desenvolvem ansiedade e depressão na adolescência, mas o facto de termos encontrado uma diferença tão clara no nosso material não deixou de ser surpreendente.”
“É importante falar com o seu dentista ou higienista dentário sobre como se sente. Basta dizer ao seu dentista que tem medo pode ajudar muito. Mesmo uma frase curta sobre os seus medos levará muitos dentistas a serem mais sensíveis. O dentista é um bom amigo que deve ajudar, e não precisa de pedir de nenhuma forma específica, basta dizer que tem medo”, reforça Myran.
"Frankenstein": quão perigosa é e quais os sintomas da nova variante da Covid-19?
Euronews
Como acontece todos os anos, estão a circular novas variantes do SARS-CoV-2 que causam infeções respiratórias.
A variante XFG, atualmente predominante, é muitas vezes referida nos meios de comunicação social como a "variante Frankenstein", que tem como sintoma típico a chamada "garganta de lâmina de barbear". Os médicos relatam que os doentes se queixam de dores de garganta extremamente fortes - tão fortes que parecem estar a engolir lâminas de barbear.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou oficialmente a variante atual como uma "Variante sob Monitorização" (VUM) em 23 de maio de 2025. Espalhou-se rapidamente na China e, em poucas semanas, representava 10% ou mais dos casos registados em todo o mundo.
De acordo com o Instituto Robert Koch (RKI), 71% das 49 amostras de coronavírus analisadas entre 22 e 28 de setembro de 2025 (semana de calendário 39) eram da linhagem XFG. Qualquer pessoa que esteja atualmente infetada com a Covid, tem, portanto, maior probabilidade de estar infetada com a XFG ou "variante Frankenstein".

Porquê "variante Frankenstein"?
O XFG é uma recombinação - ou seja, uma mistura das duas linhagens de vírus anteriores LF.7 e LP.8.1.2. À semelhança do monstro de Frankenstein, que foi montado a partir de diferentes partes do corpo, o XFG combina partes de diferentes linhas de vírus.
No entanto, a recombinação é, de facto, completamente normal nos vírus.
XFG é de risco baixo, segundo OMS e Instituto Robert Koch.
Sintomas como dores de garganta fortes e rouquidão não são específicos das variantes da COVID-19 - também podem ocorrer com outras infeções respiratórias. É quase impossível distinguir de forma fiável entre a Covid-19 e, por exemplo, a gripe com base apenas nos sintomas.
Especialidade de urgência vai permitir que médicos portugueses atuem no espaço Schengen
Jornal de Notícias
A nova especialidade de Medicina de Urgência e Emergência permitirá que médicos portugueses atuem em serviços de urgência em qualquer país do espaço Schengen, disse ontem à Lusa Nuno Catorze, da comissão instaladora da Ordem dos Médicos (OM).
"Isto vai permitir uma coisa fantástica. Quem trabalha em urgência e emergência em Portugal vai poder fazê-lo no espaço Schengen, sem qualquer problema, porque os programas são reconhecidos, as especialidades são reconhecidas", afirmou Nuno Catorze.
A criação da especialidade de Medicina de Urgência e Emergência, aprovada pela Assembleia de Representantes da OM em setembro do ano passado, é uma medida prioritária do Plano de Emergência e Transformação da Saúde e entra em vigor na terça-feira.

De acordo com Nuno Catorze, a nova especialidade de Medicina de Urgência e Emergência permitirá o reconhecimento mútuo de competências entre países europeus, facilitando a mobilidade de profissionais e o aproveitamento de saber técnico internacional.
"Ao contrário do que hoje acontece, temos especialistas da Bélgica ou dos Países Baixos cuja especialidade não é reconhecida em Portugal", afirmou o médico da comissão instaladora.
Com a nova especialidade, Portugal "poderá absorver" também médicos experientes em contexto pré-hospitalar e hospitalar, até agora excluídos por falta de reconhecimento formal.
O plano formativo aprovado abrange 22 áreas clínicas, como paragem cardiorrespiratória, trauma, infeções graves, intoxicações, psiquiatria, obstetrícia e exposição a fatores externos.
Pessoas que fumam ou ex-fumadores têm um risco 25% maior de ter diabetes tipo 2
CNN
As pessoas que fumam ou já fumaram têm um risco 25% maior de desenvolver diabetes tipo 2, em comparação com quem nunca fumou, segundo um estudo internacional noticiado pela EFE na segunda-feira.
"Os resultados mostram que as pessoas que fumam ou já fumaram têm um risco 25% maior de desenvolver diabetes tipo 2 do que aquelas que nunca fumaram", noticiou a EFE com base no estudo da Unidade de Nutrição Humana da Universidade Rovira i Virgili (URV), em Espanha, em colaboração com a Universidade Sorbonne Paris-Nord, em França.

O risco é mais elevado nas pessoas que fumam 20 ou mais cigarros por dia, destacando que têm o dobro da probabilidade de desenvolver a doença, em comparação com os fumadores moderados ou ligeiros, segundo o estudo.
A investigação analisou em conjunto os efeitos do tabaco e do álcool no desenvolvimento da diabetes tipo 2.
Os resultados da pesquisa mostraram que o consumo de álcool, em níveis baixos ou moderados, não está associado a qualquer efeito protetor contra a doença.
"Sabemos que o tabaco é um fator de risco muito claro, mas ficámos surpreendidos ao descobrir que o álcool por si só não modificou o risco de diabetes", disse a investigadora da URV, Indira Paz-Graniel.
O consumo de álcool não mostrou ser uma forma de prevenir a doença, apesar de estudos anteriores indicarem que beber um copo de vinho por dia pode reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2, segundo a EFE.

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