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Manual de Boas Práticas de Publicidade em Saúde

ERS

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) lançou o Manual de Boas Práticas de Publicidade em Saúde!

Este manual serve de guia para prestadores de cuidados de saúde e demais intervenientes nas práticas publicitárias em saúde

  • Mais clareza

  • Mais transparência

  • Mais confiança

Estabelecimentos convencionados arriscam multa se derem preferência a utentes com seguro

CNN

Os estabelecimentos de saúde convencionados com o SNS arriscam a ter multas até 44 mil euros se derem preferência a utentes com seguro, discriminando os utentes com SNS, alertou esta quarta-feira o regulador da saúde.

Num alerta de supervisão publicado, a Entidade Reguladora para a Saúde (ERS) afirma ter tomado conhecimento de múltiplas situações de discriminação de utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) por parte de estabelecimentos convencionados.

A discriminação acontece através da definição de regras distintas de agendamento e de acesso a cuidados de saúde, consoante a qualidade dos respetivos utentes (beneficiário do SNS, de subsistema de saúde, de seguro ou plano de saúde, a título particular), preterindo ou protelando o acesso a cuidados de saúde de utentes do SNS.

A lei portuguesa protege o direito do utente a ser atendido sem discriminação, avisa o regulador, e tal atuação discriminatória consubstancia a prática da contraordenação, punível com coima de mil euros a 3.740 euros ou de 1.500 euros a 44.891 euros, consoante o infrator seja pessoa singular ou coletiva.

Embora os estabelecimentos privados possam ter acordos com seguros ou o SNS, não podem criar barreiras de acesso ou dar preferência a utentes com seguro, devendo prestar os cuidados necessários independentemente da fonte de financiamento, alerta a ERS.

Como um jogo entre avós e netos pode ajudar a prevenir quedas

SIC Notícias

O município de Albergaria-a-Velha lançou uma campanha de prevenção de quedas, juntando as crianças e os idosos no jogo tradicional do "Quantos Queres", revelou esta terça-feira fonte municipal.

Numa iniciativa intergeracional, estão a ser distribuídas nas salas de educação pré-escolar da rede pública e solidária de Albergaria-a-Velha os jogos "Quantos Queres", onde estão definidos exercícios para pessoas de maior idade.

Ao utilizarem o jogo, "os netos ajudam os avós" a realizarem uma série de exercícios simples.

Os desafios propostos no "Quantos Queres" trabalham a flexibilidade, o equilíbrio e a coordenação dos avós, impulsionados pelos netos, contando que as crianças possam ser "agentes de mudança de comportamentos".

Estima-se que cerca de 35% das pessoas com mais de 65 anos sofram uma queda anualmente, sendo as quedas o principal acidente doméstico nos idosos.

"É mais do que um jogo, é um presente de saúde e de tempo de qualidade, e queremos que os nossos idosos se sintam ativos e capazes, esperando que o carinho dos netos seja o melhor estímulo para a prática regular destes exercícios", explica o texto.

O jogo do "Quantos Queres", em papel, é um "clássico do origami infantil", apostando o município de Albergaria-a-Velha também na recuperação de tradições lúdicas, "muitas vezes esquecidas na era digital".

Melhorar estado de saúde das pessoas com cancro com recurso à Inteligência Artificial

Notícias Saúde

Um software baseado em inteligência artificial (IA) para apoiar a decisão clínica ao nível da avaliação e gestão remota do estado de saúde dos doentes oncológicos que fazem tratamento em regime ambulatório começou a ser desenvolvido por uma equipa multidisciplinar liderada pela Escola Superior de Enfermagem da Universidade de Coimbra (ESEUC).

O objetivo é melhorar o acompanhamento das pessoas com cancro que se deslocam ao hospital apenas durante algumas horas do dia para realizarem tratamentos, regressando depois ao domicílio, onde normalmente sentem os efeitos adversos da terapêutica, mas já não contam com a presença dos profissionais de saúde.

O futuro sistema de apoio à decisão clínica à distância valorizará “não apenas os dados clínicos, como exames ou medições, mas também o modo como a pessoa experiencia o tratamento e descreve o seu próprio bem-estar: a forma como se sente cansada, com dores, alterações de sono ou de apetite, que são aspetos que ajudam os profissionais de saúde a compreender melhor a sua situação e a adaptar os cuidados”, revela Filipa Ventura, que lidera o consórcio.

É nesse sentido que “a inteligência artificial vem permitir identificar padrões em conjuntos de informação muito variados, ajudando a detetar alterações precoces no bem-estar da pessoa que seriam difíceis de reconhecer apenas pela observação humana”, prossegue Filipa Ventura.

Paralelamente, este sistema de apoio à decisão clínica em telessaúde integrará recomendações multidisciplinares, elaboradas em articulação entre diferentes profissionais de saúde (como médicos, enfermeiros, farmacêuticos, psicólogos e nutricionistas), para lidar com sintomas comuns, a título de exemplo: náuseas e vómitos causados pela terapêutica (medidas de alívio, hidratação adequada e acompanhamento farmacêutico e nutricional), ou fadiga oncológica (estratégias combinadas de atividade física adaptada, alimentação equilibrada e apoio psicológico).

Assente numa “abordagem ética e centrada na pessoa”, o projeto “Digital Person” assegura que “representantes de pessoas em tratamento oncológico serão envolvidos como parceiros no desenho e na validação do sistema, garantindo que este reflete as suas necessidades, preferências e valores”, sendo a “tomada de decisão partilhada: a inteligência artificial funcionará como apoio ao profissional de saúde e à pessoa, não como substituto, respeitando sempre a autonomia individual”, sublinha a professora da ESEUC, Filipa Ventura.

Por outro lado, “ao permitir o acompanhamento remoto, o ‘Digital Personajuda a reduzir desigualdades e a garantir que todos possam beneficiar de cuidados de qualidade (melhoria do acesso), independentemente do local onde vivem”, mais ou menos distanciado dos hospitais, e das inerentes dificuldades de mobilidade.

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