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Webinar Melhor Tipificar o tema Cuidados de saúde e segurança do doente

ERS

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) realizará no dia 26 de novembro (quarta-feira), a sessão de esclarecimentos “Melhor Tipificar o tema Cuidados de saúde e segurança do doente”, em formato webinar.

Este evento é dirigido principalmente aos profissionais com intervenção direta e indireta no processo de tratamento de reclamações de todos os estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde.

O webinar destaca o papel e importância da correta tipificação dos processos de reclamação para a eficiência e melhoria contínua, e tem como objetivos:

  • garantir a correta submissão e tramitação das reclamações por parte dos prestadores;

  • garantir a atuação uniforme dos prestadores no ato de tipificar;

  • contribuir para uma melhor qualidade na análise das reclamações, elogios e sugestões por parte dos prestadores;

  • promover um diálogo construtivo entre participantes.

O webinar “Melhor Tipificar o tema Cuidados de saúde e segurança do doente”, será transmitido através da plataforma eletrónica StreamYard e em canal aberto através das plataformas de YouTube e LinkedIn da ERS. A sessão será objeto de gravação e de posterior divulgação no sítio da ERS na Internet e nas restantes plataformas.

A participação na sessão é gratuita.

Cancro da Mama Triplo Negativo: "É muito importante valorizar os sintomas mesmo em mulheres jovens"

SIC Notícias

Hoje, assinala-se o Dia Nacional da Luta contra o Cancro da Mama. Em Portugal, são diagnosticados por ano cerca de nove mil casos. Desses, 15 a 20% correspondem a Cancro da Mama Triplo Negativo, um dos subtipos mais agressivos.

O cancro da Mama Triplo Negativo é considerado um dos mais agressivos. Normalmente, está associado a características mais proliferativas - tumores que se multiplicam mais rapidamente - ou mais indiferenciados (grau histológico 3).

Em entrevista à SIC Notícias, Gabriela Sousa, presidente da Sociedade Portuguesa de Senologia, explica que estas características, "associadas ao facto de estes tumores serem independentes do ponto de vista hormonal, tornam o seu crescimento mais acelerado no tempo".

As manifestações clínicas são semelhantes a outros subtipos de cancro de mama. O sintoma mais comum é o "aparecimento de um nódulo que cresce progressivamente". Pode, também, surgir "com uma deformidade do contorno da mama (depressão ou nodulação) ou mesmo com sinais inflamatórios da mama (semelhante a uma mastite)".

Afeta, essencialmente, mulheres com 30 a 40 anos e, por isso, Gabriela Sousa deixa o alerta: "É muito importante valorizar estes sintomas mesmo em mulheres jovens".

"Este tipo de cancro é mais frequente nas mulheres jovens e por vezes surge associado à gravidez e ao processo de amamentação. Sempre que surgirem sintomas de desconforto na mama, deformidades, nódulos ou dor, alterações do mamilo, escorrências mamilares, deverá ser investigada a sua causa."

Gabriela Sousa, presidente da Sociedade Portuguesa de Senologia

Os principais fatores de risco são: obesidade, a exposição hormonal (primeira menstruação precoce e menopausa tardia), não ter tido filhos ou não os ter amamentado, padrão de densidade mamária (mamas densas têm maior risco de cancro da mama), a identificação prévia de lesões proliferativas (se já foi feita alguma biópsia com identificação de lesões como hiperplasia atípica, por exemplo).

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  • Plataforma da Evita já identificou risco elevado de cancro em mais de 2.300 pessoas

  • Introdução da imunoterapia

  • Cancro da mama: “O primeiro sinal de alerta é haver casos na família”

  • Homens também podem ser afetados

Vírus da gripe das aves tem "tudo o que é preciso para desencadear uma pandemia"

Euronews

Cada vez mais explorações avícolas na Alemanha estão a ser afetadas pela gripe das aves. Desde o início de setembro, o Instituto Friedrich Loeffler registou cerca de 31 surtos do vírus em explorações pecuárias e 131 casos de gripe aviária em aves selvagens.

Segundo o instituto, a gripe aviária é uma doença infeciosa altamente contagiosa e rapidamente fatal em muitas espécies de aves e galináceos. Num futuro próximo, é de esperar uma propagação em grande escala devido à atividade migratória, afirmou o instituto num comunicado de imprensa. O risco foi classificado como "elevado".

"Em princípio, o vírus H5N1 tem tudo o que é necessário para desencadear uma pandemia", afirmou o virologista Klaus Stöhr à agência noticiosa alemã. O chefe de longa data do programa de gripe da Organização Mundial de Saúde alerta para a possibilidade de uma nova pandemia.

O virologista Stöhr sublinhou que o risco de infeção para os seres humanos tem sido, até agora, extremamente baixo. "Qualquer pessoa que se depare com animais mortos, por exemplo, durante um passeio, não deve tocar-lhes, manter a distância, afastar o cão e informar o serviço veterinário competente", aconselha Stöhr.

Ao mesmo tempo, podem ser tomadas precauções para evitar esse surto. As precauções podem ser tomadas através da monitorização do gado, do desenvolvimento de novas vacinas e de planos pandémicos globais.

"Sempre houve pandemias e um bom planeamento pandémico é a melhor preparação"

Klaus Stöhr, virologista

Além disso, o Comité Permanente de Vacinação (Stiko) e as associações de farmacêuticos aconselham as pessoas em risco a vacinarem-se contra a gripe. Qualquer pessoa que trabalhe com determinados animais ou que tenha contacto privado com eles deve evitar uma dupla infeção com a gripe sazonal e a gripe das aves.

Devido ao risco de gripe das aves, a Stiko já tinha alargado a sua recomendação de vacinação no início do ano, disse Thomas Preis, Presidente da Associação Federal das Associações de Farmacêuticos Alemães, ao Rheinische Post.

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Incidência do cancro do pâncreas cresce mas investigação já permite curas iniciais

Canal S+

O oncologista da Fundação Champalimaud Carlos Carvalho alertou hoje que a incidência do cancro do pâncreas cresce nos países industrializados, com um aumento entre adultos, referindo que os avanços na investigação já permitem curas em casos iniciais.

Em declarações à Lusa, o diretor da Unidade de Cancro Digestivo na Fundação Champalimaud explicou que o cancro do pâncreas tem aumentado cerca de 1% ao ano na população geral, mas entre adultos dos 40 aos 55 anos, o crescimento anual varia entre 4% e 7%.

“Parece um número baixo, mas é um número significativo. Pode vir a tornar-se, segundo algumas previsões, na segunda causa de morte por cancro nos países industrializados dentro de cerca de 10 anos”, disse, no âmbito da 2.ª Conferência Internacional sobre o Cancro do Pâncreas que se realiza na Fundação Champalimaud, em Lisboa, até sábado.

Embora fatores como tabaco, álcool e diabetes sejam conhecidos, o médico destacou a obesidade como variável mais marcante.

“Aquilo que varia de todos estes fatores de uma forma mais clara é claramente a obesidade. Não podemos dizer qual é a razão, porque os estudos que permitem saber exatamente quais são os mecanismos para este aumento de risco são estudos difíceis, implicam muitos anos, mas (…) aquilo que mudou foi a obesidade. Se é o fator determinante ou não, não podemos ter a certeza, mas é preciso ter em atenção”, realçou.

De acordo com Carlos Carvalho, apesar da elevada mortalidade, os avanços na investigação e tratamento do cancro do pâncreas já permitem curas em casos iniciais, ressalvando que a Fundação Champalimaud tem reforçado esforços para combater um dos tumores mais resistentes e agressivos.

Mesmo nos casos iniciais, a evolução rápida e a resistência aos tratamentos convencionais tornam o prognóstico desafiante.

“Ainda não temos resultados como gostaríamos, mas por todo o mundo começam a surgir alguns medicamentos que são potencialmente muito úteis. (…) Os avanços existem e hoje já é possível que um doente que tem um diagnóstico de um tumor do pâncreas numa fase mais inicial e que consegue fazer quimioterapia e cirurgia. Já há uma expectativa de que um terço ou metade destes doentes, possa ficar curado”, sublinhou.

O especialista lamentou ainda a inexistência de rastreios eficazes para o cancro do pâncreas, considerando que os métodos atuais não são rentáveis nem suficientemente precisos para rastrear a população.

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