Notícias da Saúde em Portugal 712

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Gedeon Richter associa-se à European Fertility Week 2025 para reforçar a literacia em fertilidade

Notícias Saúde

A Gedeon Richter Portugal associa-se à European Fertility Week 2025, uma iniciativa promovida pela organização europeia Fertility Europe, que este ano decorre sob o mote “Facts Forward – Education and Information”.

A campanha, que tem lugar entre 3 e 9 de novembro, pretende reforçar a importância da educação e informação sobre fertilidade, de forma a capacitar as pessoas para fazerem escolhas informadas ao longo da vida reprodutiva.

Atualmente, a literacia em fertilidade continua a ser limitada em grande parte da Europa, incluindo Portugal. Apesar da existência de programas de educação sexual, estes continuam a centrar-se sobretudo na prevenção da gravidez e no uso de contraceção, deixando de fora aspetos essenciais como o facto da fertilidade mudar com a idade e fatores que a podem influenciar.

A European Fertility Week 2025 propõe uma reflexão europeia sobre a necessidade urgente de integrar a educação para a fertilidade nos programas escolares e na comunicação pública, promovendo uma abordagem abrangente, inclusiva e livre de estigmas.

Com mais de 120 anos de história e presença consolidada em Portugal, a Gedeon Richter tem sido um parceiro ativo na promoção da saúde feminina, em áreas como a contraceção, a menopausa e a fertilidade. A sua participação nesta iniciativa europeia reflete o compromisso da empresa com a educação em saúde reprodutiva, a redução do estigma associado à infertilidade e o empoderamento das mulheres através da informação.

Seis em cada 10 portugueses com risco cardiovascular alto

Notícias Saúde

Sabendo que as doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte e morbilidade na Europa, um estudo recente procurou traçar o perfil de risco cardiovascular em quatro países, um dos quais Portugal, e revela que cinco a seis em cada dez portugueses avaliados apresentam um risco cardiovascular “elevado” ou “muito elevado”.

Além do nível de risco, o estudo permitiu ainda identificar disparidades significativas entre regiões do País: Portalegre registou o maior risco cardiovascular, enquanto Viana do Castelo apresentou os valores mais baixos, dados que reforçam a necessidade de abordagens regionais específicas.

“A doença cardiovascular em Portugal tem múltiplos fatores de risco, mas seguramente o colesterol e a hipertensão são dois dos fatores principais. Uma consulta médica vai permitir avaliar o risco, permitir saber se há mudanças de estilo de vida que possam trazer benefício, se há medicação que precisa de ser introduzida do ponto de vista preventivo. Tudo isto pode diminuir de uma forma muito significativa a probabilidade de uma pessoa vir a ter um evento cardiovascular”

Francisco Araújo, presidente da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose e um dos autores desta investigação

Além dos ganhos em saúde, há também benefícios económicos nesta deteção precoce do risco. “Se nós estivermos a pensar que uma parte desta população, que tem alguma idade, tem um risco muito elevado de ter um evento, o custo pode ser imenso, decorrente da recuperação ou das sequelas, no caso, por exemplo, dos doentes com AVC. Ou seja, a prevenção tem ganhos significativos e nós temos que apostar todos nesse tipo de prevenção.”

Conduzido pela Tonic Easy Medical, com a orientação científica de Cristina Gavina e Francisco Araújo, este estudo, financiado pela Servier Portugal e publicado na revista Frontiers in Cardiovascular Medicine, procurou traçar o perfil de risco cardiovascular em quatro países de risco baixo (França e Espanha) e moderado (Itália e Portugal) com recurso a uma aplicação digital que se destina a avaliar o risco cardiovascular em pessoas aparentemente saudáveis com base em vários parâmetros.

Uma ferramenta que, segundo o especialista, ajuda a combater uma tendência comum: a subestimação do risco. “Somos péssimos a fazer cálculos do risco. Já realizámos estudos em Portugal onde pedimos às pessoas para se autoavaliarem, e há uma clara tendência para minimizar o perigo”, alerta Francisco Araújo.

Os especialistas envolvidos neste trabalho recomendam, por isso, que se intensifique o rastreio e se desenvolvam estratégias de prevenção personalizadas, sendo o papel dos médicos de clínica geral considerado essencial, uma vez que são estes os profissionais mais envolvidos na gestão do risco cardiovascular dentro dos sistemas nacionais de saúde.

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Dra. Ângela Marques - Vastiversus, Lda. - Lisboa

Relatório da OMS alerta para níveis alarmantes de obesidade infantil na Europa

Euronews

Uma em cada quatro crianças tem excesso de peso, incluindo uma em cada dez com obesidade, segundo o inquérito realizado em toda a Europa e publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

No sul da Europa, os valores são muito mais elevados: quase uma em cada cinco crianças vive com obesidade.

A obesidade infantil aumenta o risco de diabetes, cancro, doenças cardíacas, AVC e outras doenças crónicas na idade adulta.

O inquérito, realizado entre 2022 e 2024, incluiu dados de cerca de 470 mil crianças entre os 6 e os 9 anos, em 37 países. Os investigadores recolheram ainda detalhes adicionais sobre comportamentos familiares e de saúde de mais de 150 mil crianças.

No geral, os rapazes têm maior probabilidade de serem obesos do que as raparigas: 13% contra 9%, concluiu o estudo.

"O excesso de peso e a obesidade infantis continuam alarmantemente elevados e a ameaçar a saúde das gerações atuais e futuras", disse Kremlin Wickramasinghe, que trabalha nas áreas de nutrição, atividade física e obesidade no escritório europeu da OMS.

O relatório apurou também que os pais de crianças com excesso de peso ou obesidade tendem a subestimar o seu peso. No total, 66% das crianças com excesso de peso tinham pais que as consideravam abaixo do peso ou com peso normal.

A alimentação das crianças era, em geral, deficiente em toda a Europa. No conjunto, só 32% comiam legumes todos os dias, por exemplo.

Já os alimentos pouco saudáveis eram muito presentes: 41% das crianças comem doces, 29% bebem refrigerantes e 16% consomem snacks salgados mais de três vezes por semana.

Importa notar que quase todos os pais disseram que os filhos são ativos pelo menos uma hora por dia e que 89% dormem pelo menos nove horas por noite, ambos são fatores importantes para a saúde infantil.

Ainda assim, muitas crianças passam muito tempo em dispositivos móveis, televisão e outros ecrãs, constatou o relatório. No total, 42% passam pelo menos duas horas por dia em ecrãs durante a semana e 78% têm esse tempo de ecrã ao fim de semana.

A OMS recomendou que os países adotem medidas para criar ambientes mais saudáveis para as crianças, incluindo impostos sobre bebidas açucaradas e alimentos pouco saudáveis, padrões nutricionais mais exigentes para as refeições escolares e políticas de promoção da atividade física.

Cancro da mama avançado: sobrevivência aumenta mas acesso a tratamentos mantém-se desigual

Notícias Saúde

A Aliança Global ABC apresenta o Relatório Global da Década sobre Cancro da Mama Avançado (ABC) 2015–2025, uma avaliação global que expõem desigualdades profundas e persistentes que deixam muitas doentes para trás.

O tema central do relatório, “Conhecimento em Movimento”, enfatiza a necessidade urgente de traduzir uma década de evidência e inovação em ações transformadoras para todas as pessoas que vivem com cancro da mama avançado.

Estas descobertas impulsionaram a criação da Carta Global ABC 2025–2035, também lançada pela Aliança Global ABC na Oitava Conferência Internacional de Consenso sobre Cancro da Mama Avançado (ABC8), que define um novo roteiro de dez anos para impulsionar o progresso equitativo e transformar o tratamento para todas as pessoas com cancro da mama avançado, independentemente do local onde vivem, do subtipo de cancro ou da sua condição socioeconómica.

O relatório confirma que a ação coletiva ao longo da última década gerou avanços significativos no tratamento do cancro da mama avançado, comprovando que o progresso é possível.

A suposição de que o cancro da mama avançado é uma sentença de morte rápida e que o dinheiro gasto no seu tratamento é desperdiçado revelou-se errónea. A taxa mediana de sobrevivência global a cinco anos para as mulheres com este tipo de tumor subiu para 33%, face aos 26% de há uma década, com os dados do mundo real a mostrarem uma sobrevivência mediana para a doença HER2+ superior a 50 meses em algumas regiões.

As discussões sobre a qualidade de vida, o estigma, os direitos no local de trabalho e o apoio psicológico passaram a ocupar um lugar central nas políticas globais e nacionais de combate ao cancro.

No entanto, a distribuição desigual do progresso apenas veio alargar o fosso entre o que é possível e o que continua a ser a realidade para a maioria das doentes, revelam os especialistas. A mediana da sobrevivência global para o cancro da mama triplo-negativo aumentou menos de três meses na última década, mantendo-se apenas nos 13 meses.

As disparidades no acesso a terapêuticas biológicas ou dirigidas persistem a nível global, com medicamentos como o trastuzumab — que nas últimas duas décadas tem sido o principal tratamento para o cancro da mama HER2+ — a estarem disponíveis em apenas 51% dos países de baixo e médio rendimento, em comparação com 93% dos países de alto rendimento.

Embora existam algumas leis e proteções no local de trabalho, nenhum país implementou eficazmente um quadro jurídico abrangente para proteger integralmente os direitos laborais das pessoas com cancro da mama e dos seus prestadores de cuidados informais.

O relatório baseia-se em dois inquéritos globais realizados em 2024, incluindo respostas de 1.254 pessoas com cancro da mama avançado em 59 países e 461 profissionais de saúde em 78 países, ambos revelando o profundo impacto da doença.

Para enfrentar estes desafios urgentes, a nova Carta Global da ABC estabelece dez metas ambiciosas e mensuráveis ​​para a próxima década, desde garantir a recolha de dados de alta qualidade e padrões de registo, até melhorar os direitos legais e laborais dos doentes e dos seus prestadores de cuidados informais.

Nesta notícia poderá ainda ler sobre:

  • O acesso a tratamentos inovadores é limitado

  • O estigma e o isolamento permanecem generalizados

  • Os direitos laborais permanecem desprotegidos em muitos países

  • A qualidade de vida e as necessidades psicossociais continuam por satisfazer

  • Carta Global da ABC 2025–2035

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