Notícias da Saúde em Portugal 715

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Governo anuncia a criação de uma rede nacional de saúde oral

OMD

A secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, anunciou a criação de uma rede nacional de saúde oral durante a cerimónia de abertura do 34º Congresso da Ordem dos Médicos Dentistas, que decorreu na Exponor, de 6 a 8 de novembro.

A governante, que representou a Ministra da Saúde no evento, confirmou o empenho do Executivo em reforçar o investimento nesta área, lançando um novo ciclo de políticas públicas com horizonte até 2030.

“Estamos a desenvolver um novo ciclo de políticas públicas para a saúde oral. Um programa com compromissos claros, para 4 anos, que começa já em 2026. Em breve, iremos apresentar o Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral”, afirmou Ana Povo, explicando que o programa visa, por um lado, chegar a mais pessoas e, por outro, garantir que ” todos tenham acesso a cuidados básicos de saúde oral”.

Ana Povo, secretária de Estado da Saúde

A secretária de Estado da Saúde detalhou que o reforço da rede passará por duas vias. Por um lado, o Governo irá apostar nos gabinetes de saúde oral dos cuidados primários, garantindo o seu funcionamento com a contratação de médicos dentistas. “Vamos fazer aquilo que outros não fizeram, que é garantir que esses gabinetes vão ter profissionais de saúde, nomeadamente médicos dentistas, a trabalhar lá.”

A outra via é a digitalização e a expansão do cheque-dentista. A grande transformação começará pela implementação do SISO 2.0 (Sistema de Informação de Saúde Oral). O objetivo é “integrar automaticamente os exercícios clínicos dentários num registo eletrónico único, criando o Boletim de Saúde Oral, garantindo continuidade e melhor acompanhamento.”

A governante assegurou que, com o SISO 2.0 em funcionamento, o número de beneficiários do cheque-dentista será “significativamente” ampliado, abrangendo faixas etárias e grupos de risco. O cheque-prótese será uma novidade, anunciou ainda Ana Povo, como resposta ao elevado número de desdentados.

Nesta notícia poderá ainda ler sobre:

  • Revolução na saúde oral

  • Medalha de Ouro OMD

Alerta para sites e mensagens falsas em nome do SNS 24

SPMS

Estão a circular dois tipos de mensagens falsas, ambos com a referência de pagamentos em dívida da urgência: um com a referência bancária e outro com links de sites fraudulentos.

O Ministério da Saúde apela aos cidadãos para que estejam atentos a sites e mensagens (SMS) falsas, que se fazem passar pelo SNS 24 e pedem pagamentos indevidos.

Lembramos que o endereço oficial do site SNS 24 é sns24.gov.pt. Os serviços do SNS 24 são gratuitos para todos os cidadãos. A linha telefónica e o site SNS 24 são serviços públicos gratuitos.

Trata-se de um esquema fraudulento que refere, de forma indevida, entidades credíveis, como o MIN.SAUDE, o SNS e o SNS 24, com o intuito de induzir os destinatários a fornecerem informações pessoais e bancárias, com o objetivo de obtenção de vantagem financeira.

Nunca clique, nem aceda a links suspeitos. Não faça qualquer pagamento e não introduza quaisquer dados pessoais ou bancários.

Em caso de dúvida, contacte o SNS 24 – 808 24 24 24 (assuntos administrativos).

Informamos que estão a ser efetuadas diligências junto das entidades competentes. Esteja atento/a e seja prudente!

A diferença entre constipação e pneumonia: informação e prevenção salvam vidas

SIC Notícias

A constipação é uma infeção ligeira das vias respiratórias superiores, incluindo nariz e garganta, e não afeta o tecido pulmonar.

Já a pneumonia é uma infecção dos pulmões, em que o tecido pulmonar fica inflamado e com muitas secreções. Como o pulmão é essencial para dar oxigénio ao sangue, se a sua função ficar comprometida, o oxigénio no sangue pode baixar ligeiramente. Também por isso, quando falamos em pneumonia, geralmente falamos de uma infeção mais grave e dá sintomas mais intensos.

Em Portugal, a pneumonia continua a ser a doença respiratória que mais mata. Em 2022, a pneumonia foi responsável por mais de 12 mortes por dia.

Embora possa atingir qualquer pessoa, há grupos com risco muito mais elevado, como idosos, crianças pequenas, pessoas com doenças crónicas (como insuficiência cardíaca, respiratória, hepática ou diabetes) e pessoas com o sistema imunitário enfraquecido.

Os sinais e sintomas mais comuns são tosse (com ou sem expetoração), febre alta, arrepios, falta de ar, dor no peito e cansaço intenso. Mas atenção porque em idosos ou pessoas com imunossupressão a pneumonia pode manifestar-se de forma mais subtil e sem febre.

O diagnóstico faz-se pela combinação dos sintomas e pela observação de alterações no raio-X.

O tratamento depende da causa da pneumonia, mas a verdade é que é bem mais fácil e mais barato prevenir do que tratar.

As principais ferramentas para prevenir pneumonias são deixar de fumar, vacinar-se contra a gripe e contra o pneumococo, que aliás é uma das recomendações da DGS para maiores de 65 anos e doentes crónicos, manter a restante vacinação atualizada, lavar frequentemente as mãos e saber quando procurar ajuda médica.

Neste Dia Mundial da Pneumonia, a mensagem é clara: a informação e a prevenção salvam vidas. A pneumonia pode ser grave, mas não precisa de ser inevitável. A ciência, os profissionais de saúde e cada um de nós têm um papel essencial na proteção dos mais vulneráveis, porque a melhor defesa é agir antes da doença.

Mais de um terço dos portugueses tem dupla cobertura de saúde, três vezes mais que a média europeia

Jornal de Notícias

Segundo o Relatório de Avaliação de Desempenho e Impacto do Sistema de Saúde (RADIS), da Convenção Nacional da Saúde (CNS), em 2024, 58% da população tinha algum tipo de seguro, plano ou subsistema, o que coloca Portugal 25 pontos percentuais acima da média europeia.

A proporção de pessoas com dupla cobertura cresceu de cerca de 20% em 2012 para 35,4% em 2023, um aumento de +15,2 p.p. e um valor que na União Europeia é apenas superado pela Irlanda (47%).

O relatório aponta que esta tendência crescente traduz "uma segmentação progressiva do acesso aos cuidados, com maior recurso a seguros privados como complemento ao SNS.”

Como causas para este aumento aponta copagamentos, exclusões do cabaz público, pressão sobre tempos de espera e estratégias comerciais das seguradoras.

Também fatores demográficos e sociais, como o envelhecimento, a multimorbilidade, maior literacia em saúde, valorização da rapidez e conforto reforçam essa procura.

Segundo o documento, "a pandemia funcionou como catalisador, aumentando a perceção de vulnerabilidade e estimulando adesão a seguros".

O documento alerta que o fenómeno reflete "uma resposta adaptativa das famílias às limitações do SNS", mas levanta desafios para a equidade e a sustentabilidade, nomeadamente o risco de aprofundamento de desigualdades, de erosão da confiança e a transferência da procura e profissionais para os privados.

A CNS Defende que a estratégia deve equilibrar o reforço do setor público com regulação e articulação com o privado, "garantindo que a coexistência não comprometa os princípios de universalidade e coloca os interesses e resultados para o doente em primeiro lugar".

Nesta notícia poderá ainda ler sobre:

  • Despesa em saúde abaixo da média

  • Encargos com medicamentos

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