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Notícias da Saúde em Portugal 718
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Dia do Não Fumador: cada tentativa é uma oportunidade
Visão
Todos os anos, a 17 de novembro, assinala-se o Dia do Não Fumador — um momento para refletirmos sobre os riscos do tabaco, mas também sobre a esperança real de uma vida sem fumo.
Existem duas principais modalidades terapêuticas: a substituição de nicotina e a medicação que reduz a vontade de fumar.
A substituição de nicotina — através de pensos aplicados na pele, pastilhas de mascar ou de chupar — é especialmente útil para fumadores intensivos, aqueles que fumam mais de um maço por dia ou que precisam de um cigarro logo ao acordar. A dose de nicotina vai sendo gradualmente reduzida, permitindo ao corpo adaptar-se.
A maior dificuldade não costuma ser parar, mas manter a abstinência. Basta um cigarro “por brincadeira” para que o cérebro volte a ativar os mesmos circuitos de prazer — e o vício regressa rapidamente. Por isso, o acompanhamento médico e o apoio continuado são fundamentais.

Importa também lembrar que as recaídas fazem parte do processo de cessação. Cada tentativa anterior é valiosa e é cuidadosamente analisada na consulta: o que funcionou, o que falhou, quais os gatilhos, quais as estratégias que resultaram melhor.
Esse conhecimento acumulado aumenta significativamente a probabilidade de sucesso na tentativa seguinte. O importante é não desistir — porque cada tentativa aproxima o fumador de uma vida sem dependência.
Importa ainda desfazer um mito: os cigarros eletrónicos e o tabaco aquecido não são alternativas seguras. Estes dispositivos aquecem substâncias químicas a altas temperaturas, alterando-lhes a estrutura molecular. Já foram descritos casos graves de inflamação pulmonar (pneumonite) associados ao seu uso, e os efeitos a longo prazo continuam desconhecidos.
Deixar de fumar é possível — com apoio, acompanhamento e tratamento adequado. Em cada consulta de cessação tabágica, não celebramos apenas o abandono de um vício: celebramos a conquista da liberdade e da saúde.
Cancro do colo do útero: vacina salvou mais de um milhão de pessoas nos países pobres
SIC Notícias
O reforço da vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) nos países de baixo rendimento permitiu evitar mais de um milhão de mortes por cancro do colo do útero em três anos, anunciou hoje a Aliança para as Vacinas (Gavi).
"Mais de um milhão de mortes por cancro do colo do útero foram evitadas e cerca de 86 milhões de raparigas estão agora protegidas contra a principal causa deste cancro, graças a um esforço concertado de três anos liderado pela Gavi (...) e pelos países de baixo rendimento", referiu a organização num comunicado.
O anúncio surge depois de a Gavi ter retomado o programa de vacinação contra o papilomavírus humano em 2023, destinada a proteger milhões de jovens raparigas da principal causa do cancro do colo do útero.
"Graças ao compromisso excecional dos países, dos parceiros, da sociedade civil e das comunidades, conseguimos atingir este objetivo mais cedo do que o previsto"

"Este esforço coletivo contribui para progressos globais significativos na eliminação de uma das doenças mais mortíferas para as mulheres", pois ainda hoje "a cada dois minutos, uma mulher morre de cancro do colo do útero", salientou.
Com mais de 50 países a terem introduzido a vacina, com o apoio da Gavi, até ao final deste ano esta estará disponível em países que representam coletivamente 89% dos casos de cancro do colo do útero no mundo.
A Gavi estima que os seus esforços terão permitido evitar um total de 1,4 milhões de mortes.
Em Portugal, a vacinação do HPV faz parte do Programa Nacional de Vacinação (PNV), com indicações para ser administrada a raparigas com a idade de 10 anos e até à véspera de completarem os 18 anos, de modo a otimizar o grau de proteção, e desde 2020 passou a ser incluída também para rapazes aos 10 anos, nascidos após 1 de janeiro de 2009, para diminuir risco de desenvolver certo tipo de cancros e doenças genitais provocadas por alguns tipos de HPV.
OMS alerta para crise de saúde mental entre crianças e adolescentes na Europa
Euronews
Problemas de saúde mental estão a tornar-se uma crise crescente entre crianças e adolescentes na Europa, revela um novo relatório.
Um em cada sete europeus com menos de 20 anos tem uma perturbação de saúde mental, um aumento de um terço nos últimos 15 anos, segundo a análise da Organização Mundial da Saúde (OMS).
As raparigas são desproporcionalmente afetadas, com uma em cada quatro, entre os 15 e os 19 anos, revela uma perturbação de saúde mental.
As preocupações com a saúde mental dos jovens dispararam nos últimos anos, com um relatório publicado este ano a apontar o isolamento social, a pandemia da Covid-19, conflitos geopolíticos em curso e instabilidade socioeconómica como possíveis causas dos problemas de saúde mental.
Esse relatório concluiu que os adolescentes nas Ilhas Faroé, território dinamarquês, assim como na Islândia e na Dinamarca, apresentavam os níveis mais elevados de bem-estar mental, enquanto os da Ucrânia, Chipre e Polónia figuravam entre os mais baixos.
Em toda a região, o acesso a apoio profissional de saúde mental continua a ser um problema, sublinhou o relatório da OMS. Cerca de um quarto dos países europeus não dispõe de serviços de saúde mental comunitários para jovens, e um em cada cinco não tem políticas específicas de saúde mental em vigor.

"Este relatório é um alerta. Todas as crianças e jovens têm direito a apoio em saúde mental, e a cuidados de elevada qualidade"
É o primeiro relatório a recolher de forma abrangente dados sobre a saúde mental de crianças e jovens na região europeia da OMS, que abrange 53 países na Europa e na Ásia Central.
Sublinha a necessidade urgente de cuidados presenciais adequados, numa altura em que os jovens recorrem cada vez mais a chatbots de inteligência artificial (IA), como o ChatGPT, para apoio emocional, por vezes com resultados trágicos.
A OMS apelou aos países para que adotem medidas para reforçar a saúde mental dos jovens, incluindo investir em serviços de saúde mental e redesenhar programas para responder mais eficazmente às necessidades de crianças e jovens.
"Ao agir agora, os países podem criar sistemas resilientes que ajudem as próximas gerações a prosperar", disse Breda.
OMS anuncia eliminação do sarampo e rubéola em Cabo Verde, Maurícias e Seicheles
SIC Notícias
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou, hoje, a eliminação do sarampo e rubéola em Cabo Verde, Maurícias e Seicheles, primeiros países subsarianos a alcançar este marco.
A certificação foi verificada "por comissões independentes" que se reuniram no final de outubro, explicou Mohamed Janabi, diretor regional da OMS para África, em conferência de imprensa realizada através da Internet.
Ainda assim, há sempre "riscos de importação", pelo que é preciso manter "a vigilância, deteção rápida e capacidade de resposta" em cada país, disse.
Na mesma conferência de imprensa, Jorge Figueiredo, ministro da Saúde de Cabo Verde, classificou a certificação como um "momento histórico".
"Durante décadas, o sarampo e a rubéola ameaçaram a saúde e o futuro das nossas crianças, hoje celebramos o fim desta ameaça", disse.

"Não foram detetados casos autóctones nos últimos anos, graças a um sistema robusto de vigilância e resposta rápida" em que "a cobertura vacinal se manteve acima de 95%, por mais de duas décadas", num programa totalmente financiado por recursos nacionais, assinalou.
No entanto, a eliminação anunciada, "não significa erradicação", porque "o risco de importação permanece: é preciso manter a vigilância e investir de modo que nenhuma criança fique de fora", acrescentou.
Mohamed Janabi destacou a importância de consolidar a vacinação e de contrariar "a desinformação que, por si só, é uma pandemia, porque as pessoas perdem confiança" e isso pode significar retrocesso.

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