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Notícias da Saúde em Portugal 721
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ERS recebeu quase 100 queixas de utentes do SNS por discriminação em centros privados
Jornal de Notícias
O tempo de espera para realizar exames é cada vez maior e os utentes do SNS sentem-se preteridos em relação a quem tem seguros e outros subsistemas, o que levou a um aumento das queixas junto da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), destaca, hoje, o "Diário de Notícias".
Em 2023, a ERS recebeu 78 queixas de discriminação de utentes do SNS em relação ao acesso a exames em centros privados de diagnóstico e terapêutica.
Em 2024, foram 77, mas, este ano, até outubro, já entraram 96 queixas, mais do que no total de cada um dos anos anteriores.
A este ritmo, o número de queixas deverá ultrapassar, pela primeira vez, a centena até ao final de 2025.

A ERS refere que as queixas têm visado, sobretudo, a dificuldade na marcação e realização de exames, como ecografias, mamografias, ressonâncias ou TAC, pois as vagas existentes nos centros privados para o SNS podem levar a uma espera de três a quatro meses.
O mesmo acontece também em relação a tratamentos de reabilitação, como fisioterapia.
Detida médica que terá receitado dezenas de milhares de medicamentos para emagrecer a falsos diabéticos
SIC Notícias
A Polícia Judiciária (PJ) deteve uma médica endocrinologista que terá receitado milhares de medicamentos antidiabéticos, usados para emagrecimento, a pessoas sem diabetes.
No âmbito da operação “Obélix”, decorreram esta ontem buscas no consultório da médica numa clínica do Porto, numa operação liderada pelo DIAP Regional do Porto, confirmou a SIC. Em causa estão suspeita de crimes de burla qualificada e falsidade informática.
Graça Vargas emitiria receitas de medicamentos como Ozempic, Victoza e Trulicity a utentes que queriam emagrecer, fingindo que eram diabéticos, que assim obtinham comparticipação do Estado.

A médica registou prescrições ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) que ultrapassam os 9,7 milhões de euros, correspondendo a de mais de 65 mil embalagens destes medicamentos a 1.914 utentes e a 9,4% no valor total de receitas do SNS na farmácia.
Em comunicado, a Polícia Judiciária, adianta "que foram recolhidos fortes indícios da participação de duas médicas, um advogado e uma clínica médica no referido esquema".
A comparticipação do SNS para este tipo de medicação pode atingir os 95% do seu valor se o doente for, de facto, diabético.
"Os suspeitos provocaram um prejuízo ao Estado Português que poderá ascender cerca de três milhões de euros, por via do pagamento de taxas de comparticipação, obtidas de forma fraudulenta", aponta a PJ.
As buscas visaram a residência dos suspeitos, um escritório de advogados, um estabelecimento de saúde e a sede de duas empresas, em Albufeira e no Funchal, que tudo leva a crer ser de “fachada”, assim como a gabinetes de contabilidade em Santa Maria da Feira e Lousada.
Perturbações alimentares podem aumentar riscos para a saúde até 10 anos após diagnóstico, diz estudo
Euronews
Pessoas com perturbações alimentares têm mais probabilidade de apresentar problemas no fígado, diabetes, osteoporose e depressão no primeiro ano após o diagnóstico, e estes riscos mantêm-se até uma década depois, segundo o estudo, publicado na revista BMJ Medicine.
As conclusões poderão ter implicações para os 16 milhões de pessoas em todo o mundo que sofrem de perturbações alimentares como anorexia nervosa ou bulimia nervosa, condições médicas que envolvem hábitos alimentares anómalos e fixação com a alimentação e a imagem corporal.
A equipa de investigação sediada no Reino Unido analisou dados de cerca de 24.700 pessoas em Inglaterra diagnosticadas com uma perturbação alimentar e comparou-os com cerca de 493 000 pessoas com perfis semelhantes, mas sem perturbações alimentares.
Raparigas e mulheres representaram 89% das pessoas no estudo. Entre as pessoas com perturbações alimentares, cerca de 15% tinham anorexia, 21% bulimia e 5% perturbação de ingestão alimentar compulsiva, com outras perturbações ou não especificadas a perfazerem os restantes 60%.
No primeiro ano após o diagnóstico, as pessoas com perturbações alimentares tinham uma probabilidade significativamente maior de apresentar doença hepática, insuficiência renal, osteoporose, diabetes, insuficiência cardíaca, depressão, de praticar autolesão ou morrer por suicídio, face às que não tinham perturbações alimentares.

Ao fim de cinco e de dez anos, os riscos eram inferiores, mas mantinham-se elevados.
As conclusões sublinham a "importância de uma vigilância contínua dos resultados de saúde física a longo prazo em pessoas com antecedentes de perturbações alimentares", escreveram os investigadores.
O estudo tem algumas limitações, nomeadamente o facto de os investigadores não saberem quão graves eram as perturbações alimentares dos doentes ou como essa gravidade poderá ter afetado os resultados em saúde.
Em comparação com pessoas sem perturbações alimentares, estes doentes também tinham maior probabilidade de já apresentarem problemas de saúde, sobretudo de saúde mental, antes do diagnóstico. Estas condições podem agravar as perturbações alimentares.
Ainda assim, os investigadores disseram que os dados lançam nova luz sobre o impacto a longo prazo das perturbações alimentares.
Apelaram a que os médicos de família façam mais para apoiar as pessoas em recuperação, por exemplo articulando-se mais de perto com especialistas.
Infertilidade masculina está presente em 50% dos casos, mas continua rodeada de estigma
Notícias Saúde
Durante muito tempo encarada como uma responsabilidade feminina, a fertilidade há muito que deixou de ser apenas um problema das mulheres.
Os números são claros: o fator masculino surge isoladamente em 20% dos casos de infertilidade e como cofator em 30 a 40% das situações. Ou seja, metade dos casais inférteis enfrenta um contributo masculino para o problema, refutando a ideia de que o problema é exclusivo do sexo feminino. Uma alteração que traz consigo vários desafios.
“Felizmente, assistimos claramente a uma mudança de paradigma, lenta, mas sólida e que assume a questão da infertilidade como questão do casal, sublinhando a necessidade de envolver ambos os elementos na investigação e tratamento do problema”
“O diagnóstico de infertilidade tem um impacto significativo na saúde mental do homem, independentemente de a causa estar associada a fatores femininos ou masculinos”, refere Leonor Neves, psicóloga clínica da Procriar.
“No caso específico da infertilidade masculina, vários estudos demonstram que os homens com infertilidade apresentam níveis mais elevados de depressão e ansiedade, assim como pior qualidade de vida, quando comparados com homens considerados férteis.” E porque é geralmente a mulher quem é submetida a técnicas de procriação medicamente assistida mais invasivas e desconfortáveis, “o foco está na mulher e é comum que os homens reportem sentimentos de irrelevância ou exclusão do processo”.

Não só isto, mas “fertilidade e masculinidade estão também intimamente relacionadas – as construções sociais associadas à masculinidade tendem a exigir que o homem seja fértil, forte, e emocionalmente contido”.
O que significa que “a infertilidade masculina é percecionada como uma forma de «masculinidade inferior». Assim, um diagnóstico de infertilidade pode dificultar a capacidade de o homem reconhecer e lidar com a própria dor, ou expressar medos e vulnerabilidades, forçando-o a reconstruir a sua identidade masculina”.
A tudo isto junta-se ainda a questão da vergonha, que pode impedir o homem de procurar ajuda “devido ao receio de ser considerado menos masculino”. O que torna essencial “manter uma comunicação aberta e constante.
Nesta notícia poderá ainda ler sobre:
A importância de procurar ajuda

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