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Notícias da Saúde em Portugal 722
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Gripe está a chegar mais cedo, com nova estirpe, e centro europeu apela à vacinação
Jornal de Notícias
Segundo a avaliação de risco publicada no site do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), em comparação com anos anteriores, ao casos estão a surgir três a quatro semanas mais cedo e a circulação está a ser impulsionada por uma nova estirpe de gripe A (H3N2), subtipo K.
Embora ainda haja incertezas quanto ao impacto da próxima temporada de gripe na saúde pública, o ECDC diz que as autoridades se devem preparar para o cenário de "uma temporada de gripe mais severa" na Europa, especialmente se houver baixa adesão à vacinação.

"Estamos a observar um aumento nos casos de gripe muito mais cedo do que o normal este ano e isso significa que o tempo é crucial. Se tem direito à vacinação, por favor, não espere. Vacinar-se agora é uma das maneiras mais eficazes de se proteger e proteger as pessoas ao seu redor de doenças graves neste inverno".
O ECDC insiste que as pessoas com maior risco de desenvolver doença grave se devem vacinar sem demora. Esses grupos incluem pessoas com mais de 65 anos, grávidas, pessoas com doenças preexistentes e crónicas ou imunocomprometidas e pessoas que vivem em ambientes fechados, como instituições de cuidados continuados e lares.
Recomenda igualmente a vacinação aos profissionais de saúde ou trabalhadores de instituições de longa permanência. Aconselha os serviços de saúde e as instituições de longa permanência a fortalecerem seus planos de preparação e medidas de prevenção e controle de infeções, além de incentivarem funcionários e visitantes a usar máscaras durante períodos de maior circulação de vírus respiratórios.
Apela ainda aos países que promovam uma "comunicação clara e personalizada" sobre vacinação, higiene das mãos e etiqueta respiratória para ajudar a reduzir a transmissão na comunidade.
Mais de 6 milhões de euros atribuídos a nove investigações biomédicas portuguesas
Sapo
Mais de seis milhões de euros foram atribuídos a nove projetos de investigações biomédicas portuguesas no concurso de Investigação em Saúde da Fundação "la Caixa" num total de 34, anunciou ontem a organização.
A Descodificação dos mecanismos cerebrais subjacentes à empatia e ao comportamento prosocial (intenção de beneficiar os outros) foi projeto português que ganhou mais dinheiro (999.930 euros).
A investigadora do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, Cristina Márquez, liderou a pesquisa que tem como objetivo descobrir como o cérebro compreende e responde às emoções das outras pessoas.
O segundo projeto com maior financiamento foi a pesquisa sobre uma nova forma de combater os danos cerebrais a partir do interior, destacando que a pesquisa recebeu 999.563,80 euros e foi liderada pela investigadora do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto, Ana Paula Pêgo.
A investigação pretende aumentar a eficiência dos astrócitos (células que fornecem suporte, nutrição e a regulação aos neurónios de forma a definir uma nova estratégia de proteção cerebral).
O Dispositivo implantável para administração de fármacos destinado a melhorar o tratamento do glioblastoma (tumor cerebral) foi o terceiro projeto português mais financiado pela fundação, sendo que recebeu 989.290 euros e foi liderado pelo investigador do I3S Bruno Sarmento.

Dos restantes nove projetos, está a pesquisa, liderada pelo investigador Diogo Castro, também do i3S, que analisou a forma como pequenas alterações no ADN moldam o cérebro, sobretudo no desenvolvimento do transtorno do espectro autista, sendo que o projeto recebeu 731.631 euros.
Das investigações premiadas, duas pertencem ao Instituto Gulbenkian de Medicina Molecular, em Lisboa, totalizando um financiamento de 999.253 euros.
A criação de uma célula capaz eliminar uma ampla variedade de cancros, liderada pelo investigador João Lacerda e a investigação sobre a capacidade de manter a informação genética completa, foram as duas pesquisas premiadas do instituto.
Na edição de 2025 do concurso de Investigação em Saúde da Fundação "la Caixa" foram apresentadas 714 propostas de investigações na área da saúde.
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Contar pelos dedos ajuda crianças a desenvolver competências matemáticas mais avançadas
CNN
As crianças que contam pelos dedos entre os 4 e os 6,5 anos de idade apresentam um melhor desempenho em soma matemática aos 7 anos do que as que não utilizam os dedos, segundo um estudo.
A conclusão sugere que contar pelos dedos é um passo importante para o desenvolvimento de competências matemáticas mais avançadas, de acordo com uma investigação da Universidade de Lausanne, na Suíça, publicada pela Associação Americana de Psicologia na revista "Developmental Psychology".
Investigações anteriores avaliavam geralmente as crianças num único momento e constatavam que aquelas que utilizavam os dedos para contar tinham um melhor desempenho em aritmética do que as que não os utilizavam, até aproximadamente aos 7 anos de idade.
No entanto, após os 7 anos, a relação inverte-se, e as crianças que não usavam os dedos passam a ter um melhor desempenho do que as que os usavam.
"O nosso estudo teve como objetivo clarificar esta distinção e compreender melhor o que o uso dos dedos, ou a sua ausência, revela sobre o desenvolvimento aritmético das crianças", explicou Thevenot.
Para tal, Thevenot e a sua colega, Marie Krenger, acompanharam 211 crianças suíças entre os 4,5 e os 7,5 anos (desde o pré-escolar até ao segundo ano do ensino básico) para avaliar como as suas estratégias de contagem com os dedos mudaram ao longo do tempo e a sua relação com a capacidade matemática.
Duas vezes por ano, os investigadores pediam às crianças que resolvessem até três conjuntos de problemas de adição com dificuldade crescente: somar dois dígitos entre 1 e 5, somar um dígito entre 1 e 5 a outro entre 6 e 9 e somar dois dígitos entre 6 e 9.
Em cada teste, os investigadores só avançavam para o nível de dificuldade seguinte se a criança tivesse resolvido corretamente 80% do conjunto anterior.

De um modo geral, verificaram que a contagem com os dedos atingia o pico por volta dos 5,5 aos 6 anos de idade. Até aos 5 anos, mais crianças conseguiam somar sem usar os dedos do que com eles.
No entanto, aos 6,5 anos, 92% das crianças já tinham utilizado os dedos em pelo menos um dos itens do teste.
Aos 7,5 anos, 43% das crianças eram "ex-contadoras com os dedos" (tinham usado os dedos para pelo menos um item do teste, mas já não o faziam), enquanto 50% eram contadoras com os dedos atualmente e apenas 7% nunca tinham usado os dedos.
De um modo geral, os investigadores descobriram que as crianças com melhor desempenho eram aquelas que tinham usado os dedos no passado, mas já não dependiam deles.
"Isto tem implicações importantes, pois demonstra que não há razão para desencorajar as crianças na escola de usar os dedos para resolver problemas aritméticos", defendeu Thevenot.
Onde se vacinam mais e menos os europeus contra a gripe?
Euronews
Com o início da época de gripe na Europa, as taxas de vacinação mantêm-se abaixo do ideal em muitos países, mostram novos dados de saúde.
A época de gripe decorre habitualmente de meados de novembro até ao fim de maio, e a do último ano (2024-2025) foi particularmente severa. Até um em cada cinco europeus contrai gripe todos os invernos, associada a cerca de 27.600 mortes anuais em toda a União Europeia.
Ontem, responsáveis de saúde alertaram que a gripe está a espalhar-se invulgarmente cedo este ano, impulsionada por uma nova variante H3N2 conhecida como subclado K. Isso pode indicar uma época de gripe mais longa e mais severa.
Defendem que a vacinação anual é crucial para proteger as pessoas de adoecerem e de transmitirem o vírus a outros, sobretudo idosos, pessoas com doenças crónicas ou sistemas imunitários fragilizados, grávidas, crianças pequenas e profissionais de saúde.
Mas, em muitos países, as taxas de imunização ficaram muito abaixo das metas na última época de gripe, segundo novos dados do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC). A análise abrange os 27 Estados-membros da UE, a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega.

Por exemplo, entre os idosos, as taxas de vacinação variaram de menos de 15% na Letónia e na Polónia até 76% na Dinamarca, com uma mediana de 47%.
Além da Dinamarca, só a Irlanda, Portugal e a Suécia estiveram perto de cumprir a meta da UE de ter pelo menos 75% dos idosos imunizados contra a gripe.
Atingir esse nível tem sido há muito difícil. Nos últimos cinco anos, o valor mediano foi mais elevado na época de gripe de 2021-2021, em plena pandemia de COVID-19, com 59%.
Houve algum progresso, conclui o relatório. Todos os 30 países inquiridos tinham orientações específicas de vacinação para crianças ou adolescentes, face aos 18 da época anterior, embora a adesão real à vacina tenha permanecido baixa.
O ECDC disse que as autoridades de saúde devem fazer mais para incentivar a vacinação contra a gripe, para lá da atualização das orientações oficiais.
"A vacinação contra a gripe sazonal continua a ser uma intervenção essencial de saúde pública", acrescentou a agência.

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