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Nem tudo o que lês é verdade... O "Pinóquio na Escola" ajuda a entender

Jornal de Notícias

JNTAG - "Pinóquio na Escola" é o nome de uma iniciativa que pretende ajudar os mais novos a "identificar e combater a desinformação". A 2.ª edição já arrancou e, este ano, estende-se aos alunos do 3.º ciclo.

O projeto arrancou no dia 6 de novembro na Escola Profissional Gustave Eiffel, na Amadora, e, até junho, irá marcar presença em mais de 30 localidades, pretendendo "partilhar ferramentas e materiais pedagógicos que ajudam a desenvolver um olhar mais crítico sobre a informação, em especial a que corre nas redes sociais".

Trata-se de uma iniciativa do Polígrafo [site de confirmação de factos], em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian, cuja 2.ª edição irá abranger também alunos do 3.º ciclo.

"A desinformação é o ruído do nosso tempo e é o desenvolvimento do pensamento crítico que devolve a clareza e ajuda a distinguir os factos das opiniões. No Polígrafo há plena consciência de que é a literacia mediática que cria o impacto mais profundo nas gerações que no futuro tomarão as decisões no país. Queremos que os jovens aprendam a duvidar com método, a procurar com rigor e a acreditar apenas quando os factos o sustentam"

Filipe Pardal, diretor de operações do Polígrafo

No âmbito do projeto "Pinóquio na Escola" realiza-se um concurso nacional, que contou na primeira edição com mais de meia centena de alunos.

O concurso desafia estudantes do 3.º ciclo e do ensino secundário a criar conteúdos originais, em vários formatos, que desmontem narrativas enganosas que circulam no espaço público europeu. O regulamento e as candidaturas ao concurso estarão disponíveis no início de dezembro.

Os vencedores da primeira edição do projeto vão para Bruxelas na próxima semana, numa viagem dedicada ao debate da desinformação em contexto europeu.

Mulheres estão mais expostas a risco de terem AVC em idades jovens

Jornal de Notícias

Mais ansiedade e maior nervosismo, maior resistência a distinguir os primeiros sintomas de um acidente vascular cerebral (AVC) colocam as mulheres em maior risco diante esta doença que, dependendo da extensão da lesão e do tratamento imediato, pode ser recuperável ou, por outro lado, mortal.

Segundo o documento Causas de Morte do Instituto Nacional de Estatística, a doença é a que mais mata em Portugal e tem maior taxa de incidência no sexo feminino: em 2023, morreram 5116 mulheres e 4084 homens.

"Há dificuldade em identificar sintomas mais ligeiros de AVC e que são igualmente graves e podem levar a situações bem mais complicadas nas mulheres do que nos homens", alertou, em abril deste ano, o neurologista e membro da Sociedade Portuguesa de Neurologia Vítor Rocha de Oliveira.

"As mulheres têm mais propensão para serem mais ansiosas e terem sintomas que não são AVC, mas que podem sugerir AVC, como, por exemplo, tonturas, que é um sinal um pouco específico".

A este fenómeno juntam-se o fator económico, com o neurologista a especificar que "as mulheres têm níveis de cuidado e económicos menores - como a alimentação, hábitos de saúde - e que estão muito relacionados com a patologia do AVC, existindo mais casos em níveis sociais mais baixos", detalha.

Quanto às hormonas, o médico explicou que estas "também têm implicações". "As mulheres estão mais expostas a risco de terem AVC em idades jovens" por via "das características normais do sexo feminino e, mais tarde, para outras situações como a gravidez e o parto".

Ainda que em números muito residuais, como faz questão de salvaguardar Vítor Rocha de Oliveira, "são situações que podem aumentar o risco de AVC por via de alterações hormonais, imunológicas e inflamatórias dos vasos", com especial incidência "nas duas semanas no puerpério".

Projeto hospitalar em Aveiro poderá reduzir readmissões por insuficiência cardíaca

Saúde Online

A ULS da Região de Aveiro (ULS-RA) vai implementar um projeto para doentes com insuficiência cardíaca, que visa reduzir as readmissões hospitalares e melhorar os resultados clínicos.

“Este projeto pretende identificar, previamente à alta, os doentes com episódio de urgência ou internamento por insuficiência aguda como diagnóstico principal, que apresentem classificação de “alto” ou “muito alto risco”, de acordo com a estratégia da “Estratificação da População pelo Risco”, explica a administração hospitalar em nota de imprensa.

Denominado “Mais valor em insuficiência cardíaca”, o programa foi apresentado por uma equipa do Serviço de Medicina Interna, sendo liderado por Joana Neves, e foi contemplado com uma bolsa de 50 mil euros na 4.ª edição das “Bolsas mais valor em Saúde – Vidas que Valem”.

A equipa de Medicina Interna propõe “uma intervenção precoce e estruturada que tem por objetivo final, para além da redução do número de agudizações, reinternamentos e mortalidade, uma melhoria na qualidade de vida do doente e família ou cuidador, com consequentes ganhos em saúde”.

O objetivo é a redução de readmissões, melhorando a qualidade de vida, e conseguindo uma otimização de recursos ao evitar admissões desnecessárias, aumentando a satisfação do doente.

Joana Neves, a médica internista responsável pela candidatura da ULS RA, afirma que, “para além de apostar na transição de cuidados e de uma abordagem de proximidade, o projeto engloba um acompanhamento centrado no doente, promovendo a educação e o auto cuidado, permitindo a redução do número de deslocações à unidade hospitalar”.

A Insuficiência Cardíaca representa uma das principais causas de hospitalização em Portugal, especialmente na população envelhecida e com múltiplas comorbilidades.

Rosácea ocular. Os três fatores que colocam as mulheres em maior risco

Jornal de Notícias

As variações de temperatura acentuadas, a falta de proteção solar, stress e emoções intensas, o consumo de álcool e alimentos picantes e a maquilhagem irritava podem provocar danos na pele da pálpebra e que, se não cuidadosamente tratados, podem reincidir.

Se a rosácea cutânea é uma patologia já bastante conhecida, a verdade é que ela pode ser também ocular, causando desconforto e, no limite, olhos vermelhos, sensação de areia, ardor, fotofobia, lacrimejo, prurido e edema palpebral. Se não for tratada a tempo, pode mesmo comprometer a visão.

Esta condição dos olhos pode começar de forma independente, mas na maior parte dos casos decorre da reação cutânea já existente e coloca as mulheres em maior vulnerabilidade.

O dermatologista Eugénio Leite explica que tal acontece devido a "uma combinação de fatores hormonais, fisiológicos, comportamentais e imunológicos". "A menopausa, o uso de cosméticos inadequados e o olho seco evaporativo são os três fatores de risco mais relevantes", enumera o especialista, que explica que "a abordagem preventiva, com higiene palpebral regular, lágrimas artificiais, produtos hipoalergénicos e proteção solar, é fundamental para evitar surtos e complicações".

A rosácea ocular tem sinais amplos e inespecíficos que se prestam a confusões com patologias como a blefarite crónica, olho seco, conjuntivite alérgica ou seborréica e dermatite seborreica.

Contudo, existem sinais de alarme que devem levar á procura de uma especialista. Entre eles, enumera Eugénio Leite, estão "sintomas oculares persistentes sem melhoria com lágrimas artificiais ou higiene palpebral, olhos vermelhos e dolorosos com ardor e secura, sem secreção purulenta significativa, episódios recorrentes de inflamação ocular; alterações da visão (visão turva, sensibilidade à luz), pele facial avermelhada ou sensível associada e crostas, inflamação ou vasos visíveis na margem das pálpebras".

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