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Notícias da Saúde em Portugal 729
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INFARMED, I.P. está a analisar eventual comparticipação de medicamentos para obesidade
Jornal de Notícias
O INFARMED, I.P. está a analisar a possibilidade de comparticipação de medicamentos para tratamento da obesidade, anunciou hoje a ministra da Saúde, após a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter feito esta semana novas recomendações sobre a doença.
"Tem de ser avaliado pelos peritos e tem de estar dentro das indicações definidas pela DGS para situações consideradas graves", disse Ana Paula Martins, em declarações aos jornalistas depois de se ter vacinado contra a gripe e covid-19.

A OMS recomendou pela primeira vez alargar a utilização de uma classe de medicamentos usados na diabetes e perda de peso para tratar a obesidade, que afeta mil milhões de pessoas.
A OMS defende que estes tratamentos, usados para tratar a diabetes e a obesidade, sejam universalmente e financeiramente acessíveis.
Sumo de laranja afeta milhares de genes no corpo humano, revela estudo
Euronews
Um estudo recente revelou que o consumo regular de sumo de laranja altera a forma como milhares de genes das nossas células imunitárias funcionam.
Um número significativo destes genes está envolvido em mecanismos que regulam a pressão arterial, reduzem a inflamação e controlam o metabolismo do açúcar. Estes são processos críticos para a saúde cardiovascular a longo prazo.
David C. Gaze, professor catedrático de Patologia Química na Universidade de Westminster, escrevendo no The Conversation, explicou as alterações que o consumo de sumo de laranja provoca no corpo humano com exemplos de investigação.
Numa investigação recente, adultos beberam 500 ml de sumo de laranja puro pasteurizado todos os dias durante dois meses.
Ao fim de 60 dias, verificou-se que os genes relacionados com a inflamação, como o NAMPT, IL6, IL1B e NLRP3, que são ativados durante o stress, funcionavam menos.
O gene SGK1, que afeta a capacidade dos rins para reter o sódio, também apresentou uma menor atividade. Estas alterações estão em consonância com os resultados anteriores que demonstram que o consumo regular de sumo de laranja reduz a tensão arterial nos jovens adultos.
De acordo com os especialistas, estes resultados sugerem que o sumo de laranja induz pequenas mas significativas alterações nos sistemas reguladores do organismo, levando ao relaxamento dos vasos sanguíneos, à redução da inflamação e à proteção da saúde do coração.

O tipo de corpo também modifica a resposta. Os genes relacionados com o metabolismo das gorduras foram mais afetados nos indivíduos com excesso de peso, enquanto os genes relacionados com a inflamação mostraram alterações mais pronunciadas nos participantes mais magros.
De acordo com uma análise sistemática de 15 estudos controlados que envolveram 639 pessoas, o consumo regular de sumo de laranja pode reduzir a resistência à insulina e o colesterol LDL. A resistência à insulina é um indicador chave da pré-diabetes, enquanto o colesterol elevado aumenta o risco de doença cardíaca.
Em estudos de metabolitos, verificou-se que o sumo de laranja influencia a utilização de energia, a comunicação intercelular e as vias inflamatórias. Após um mês, os voluntários que beberam sumo de laranja sanguínea apresentaram um aumento das bactérias intestinais que produzem ácidos gordos de cadeia curta. Estas substâncias estão associadas a uma tensão arterial saudável e a baixos níveis de inflamação.
Embora alguns estudos não tenham encontrado grandes alterações no HDL e nos triglicéridos, a tendência geral é que o sumo de laranja reduz a inflamação, promove o fluxo sanguíneo e melhora os marcadores de risco de doença cardíaca.
Portugal sobe cinco lugares na Igualdade de Género apesar de registar pior resultado global face a 2024
Jornal de Notícias
Portugal subiu cinco lugares no Índice da Igualdade de Género para 10.º lugar, apesar de obter pior pontuação global, o melhor resultado desde a criação do ranking em 2010, revelou ontem o Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIG).
O país obteve 63.4 pontos em 100, menos 5.2 pontos do que em 2024, e igualando o valor da média da Europa a 27, mas consegue subir cinco posições e alcançar o décimo lugar no ranking criado pelo Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE) para avaliar a evolução das políticas de igualdade de género.
Nos primeiros três lugares aparecem Suécia (73.7 pontos), França (73.4) e Dinamarca (71.8). Acima de Portugal ficou o Luxemburgo, com 63.9 pontos, e abaixo, em 11.º lugar, a Alemanha, com 63.2 pontos em 100 possíveis.
Segundo o EIGE, Portugal faz parte do grupo de países em convergência ascendente - a par da Dinamarca, Alemanha, Itália, Luxemburgo, Malta, Finlândia e Suécia - que "estão a melhorar as suas pontuações ao longo do tempo, reduzindo simultaneamente as suas diferenças em relação à média da UE".
O Índice de Igualdade de Género acompanha o progresso dos países em seis áreas: trabalho, dinheiro, conhecimento, tempo, poder e saúde, dando classificações numa escala de 0 a 100, além de monitorizar a violência contra as mulheres e as desigualdades interseccionais.

A classificação de Portugal é explicada em parte com o resultado na área da saúde, na qual alcançou 80.6 pontos em 100 possíveis, seguindo-se o dinheiro, com 79.9 pontos.
Ainda assim, o EIGE aponta Portugal como um dos países, a par de Malta, com uma das "maiores disparidades entre os sexos em termos de anos de vida saudável, expressas em percentagem de esperança de vida, a favor dos homens", com 13 pontos percentuais de diferença entre géneros.
Por outro lado, no que diz respeito à participação política, o EIGE refere que Portugal, à semelhança de outros países como Chipre ou Bulgária, sentiu "alguns contratempos" com uma quebra de cinco pontos relativamente à presença e proporção de mulheres no parlamento, em comparação com 2020.
Por oposição, Portugal contribuiu para o "aumento de dois pontos percentuais na proporção de mulheres nas assembleias regionais e locais da UE" nos últimos anos, para os quais ajudou com um aumento de quatro pontos percentuais na sua proporção nacional, juntamente com Itália, Bélgica.
Obesidade pode acelerar início da doença de Alzheimer, dizem cientistas
Euronews
A obesidade pode acelerar o desenvolvimento da doença de Alzheimer, indica uma nova análise.
Os resultados sugerem que as análises ao sangue podem ser mais sensíveis do que os exames ao cérebro, isoladamente, a identificar como a obesidade afeta as fases iniciais da demência, afirmaram os investigadores.
“É a primeira vez que mostramos a relação entre obesidade e Alzheimer medida através de testes a biomarcadores no sangue”, disse Cyrus Raji, um dos autores do estudo e professor associado de radiologia e neurologia na Washington University School of Medicine, em St. Louis, nos EUA.
“O facto de conseguirmos acompanhar a influência preditiva da obesidade no aumento dos biomarcadores sanguíneos de forma mais sensível do que com a PET (tomografia por emissão de positrões) foi o que mais me surpreendeu neste estudo”, acrescentou Raji em comunicado.

A equipa de Raji acompanhou 407 pessoas durante cinco anos, recorrendo a amostras de sangue e a exames PET para identificar sinais da doença de Alzheimer.
Os exames PET medem a acumulação de placas amiloides no cérebro, um sinal-chave da doença, enquanto as análises ao sangue revelam os níveis de proteínas e outros biomarcadores associados ao declínio cognitivo.
Com o tempo, a patologia de Alzheimer progrediu mais depressa nas pessoas com obesidade do que nas sem obesidade, concluiu a análise.
Segundo Raji, os resultados podem ajudar os médicos a acompanhar a progressão da doença ao longo do tempo. Biomarcadores sanguíneos e exames ao cérebro podem, por exemplo, ajudar a perceber a eficácia de fármacos concebidos para travar a acumulação de placas amiloides, disse.
Estima-se que 57 milhões de pessoas em todo o mundo tenham demência. A doença de Alzheimer é a forma mais comum, responsável por 60 a 70 por cento dos casos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

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