- MedSUPPORT.News
- Posts
- Notícias da Saúde em Portugal 738
Notícias da Saúde em Portugal 738
As notícias diárias à distância de um clique - sempre às 12:00h


Líderes mundiais adotam declaração inédita sobre saúde mental e doenças não transmissíveis
Observador
Líderes de todo o mundo reunidos na 80.ª Assembleia Geral das Nações Unidas adotaram, pela primeira vez, uma declaração política para combater de forma integrada as doenças não transmissíveis e os desafios da saúde mental.
Esta declaração resultou das negociações intergovernamentais de setembro e, na informação ontem divulgada, a Organização das Nações Unidas (ONU) sublinha que esta é a primeira declaração do género que aborda conjuntamente as doenças não transmissíveis e a saúde mental e representa “uma oportunidade única” para acelerar o progresso global com um conjunto de metas específicas para 2030.
As doenças não transmissíveis são as principais causas de morte atualmente, com 18 milhões de mortes prematuras todos os anos, enquanto os problemas de saúde mental afetam mais de mil milhões de pessoas em todo o mundo.
As não transmissíveis são frequentemente causadas por fatores de risco evitáveis, como dietas pouco saudáveis, tabagismo, consumo de álcool, sedentarismo e poluição do ar, muitos dos quais também afetam negativamente a saúde mental.
A ONU alerta ainda que, tanto as doenças não transmissíveis como os problemas de saúde mental estão a aumentar em todos os países, afetando todas as comunidades, tornando-as problemas urgentes de resolver, não apenas para a saúde pública, mas também para a produtividade e o crescimento económico sustentável.

A nova declaração conjunta marca uma “evolução significativa” em relação aos compromissos anteriores, acelerando três metas globais para cumprir até 2030: menos 150 milhões de consumidores de tabaco; mais 150 milhões de pessoas com hipertensão controlada e outras tantas com acesso a cuidados de saúde mental.
Para garantir que os países conseguem atingir estes objetivos, a declaração também define metas ambiciosas e mensuráveis para os sistemas nacionais até 2030, como, por exemplo, ter pelo menos 80% dos países com medidas políticas, legislativas e regulatórias em vigor nestas áreas.
Pretende-se ainda que pelo menos 80% das unidades de cuidados de saúde primários tenham acesso a medicamentos essenciais e tecnologias básicas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a preços acessíveis, tanto para as doenças não transmissíveis como para a saúde mental.
“A adoção destas metas ousadas para controlar as doenças não transmissíveis e promover a saúde mental é uma prova do compromisso dos Estados-Membros em proteger a saúde dos seus povos”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Esta declaração política é a mais abrangente até à data, integrando as lições aprendidas com a pandemia da covid-19 e respondendo a novos desafios globais.
A declaração política reflete um foco regulatório mais acentuado nos cigarros eletrónicos, novos produtos de tabaco, comercialização de alimentos não saudáveis para crianças, rotulagem de produtos e eliminação das gorduras trans.
Gripe: variante K está a circular mais depressa, mas sem maior gravidade
SIC Notícias
A Organização Mundial de Saúde (OMS) diz estar a observar “atividade mais elevada do que o habitual” de casos de gripe nesta época do ano, embora os números estejam “dentro do esperado”.
A explicação, dizem os especialistas da OMS, parece estar ligada a uma nova variante do vírus da Influenza AH3N2: o subgrupo ‘K’, também identificado como J.2.4.1, que circula mais rapidamente.
Na prática, e apesar de o termo “Gripe K” ter vindo a ganhar relevância nas redes sociais, a OMS explica que não se trata de um vírus novo, mas sim de um subgrupo do vírus Influenza AH3N2.

Observada pela primeira vez em agosto deste ano na Austrália e na Nova Zelândia, esta variante já foi detetada em mais de 30 países. E apesar de os dados não indicarem um aumento na gravidade da doença, os especialistas da OMS falam numa “evolução notável” do vírus.
Em Portugal também já há casos. Representam cerca de 45% dos vírus AH3N2 analisados.
Este ano, a época da gripe começou mais cedo em alguns países do hemisfério norte, incluindo Portugal. No início do mês, investigadores portugueses explicaram que a tendência é para se verificar um aumento de casos nas próximas semanas, com o pico a ser atingido no final do ano, por altura das festividades.
Sobre a eficácia da vacinação, a especialista da OMS Wenqing Zhang explica que continua a ser a “defesa mais eficaz” e relembra que a composição da vacina é modificada regularmente para fazer face aos subgrupos que vão surgindo.
E sublinha: a vacinação “continua a oferecer proteção contra doença grave e a reduzir o risco de hospitalização”.
Doenças cardiovasculares têm um custo estimado em 282 mil milhões de euros na União Europeia, aponta relatório
Observador
A União Europeia (UE) precisa de combater as doenças cardiovasculares (DCV), a principal causa de morte e com um custo estimado em 282 mil milhões de euros, segundo um relatório esta segunda-feira publicado e que antecede o Plano Corações Seguros.
O relatório “Estado da Saúde Cardiovascular na UE” revela que as DCV são a principal causa de morte e incapacidade na UE, sendo responsáveis por um terço de todas as mortes anuais e afetando mais de 60 milhões de pessoas.
Para o executivo comunitário, o relatório justifica a tomada de medidas a nível da UE quando identifica, por exemplo, disparidades geográficas, de género e socioeconómicas significativas nos resultados e nos cuidados.

Para além do custo humano, o impacto económico anual das DCV na Europa está estimado em 282 mil milhões de euros (2% do Produto Interno Bruto da UE), impulsionado pela mortalidade prematura, perda de produtividade e elevados custos de saúde.
Estas conclusões, segundo informação da Comissão Europeia, sublinham a importância do próximo Plano Corações Seguros (Safe Hearts Plan), o primeiro plano da UE para prevenir e gerir as DCV.
O Plano Corações Seguros, segundo a Comissão, fornecerá um quadro político abrangente para apoiar os Estados-membros e as partes interessadas na melhoria da saúde cardiovascular.
O relatório esta segunda-feira publicado sobre o “Estado da Saúde Cardiovascular” foi financiado pelo programa UE Pela Saúde (EU4Health) e resulta de uma colaboração entre a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e a Comissão Europeia para monitorizar e melhorar a saúde da população.
Os principais fatores de risco das doenças cardiovasculares são o consumo de tabaco, álcool, gorduras e sal, bem como a tensão arterial elevada.
Bruxelas quer reforçar tratamento de doenças cardiovasculares recorrendo a IA
Canal S+
A Comissão Europeia anunciou ontem uma estratégia para reforçar a prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares, utilizando a inteligência artificial e tecnologia emergentes.
Segundo a estratégia denominada "Heart Health ("Saúde do Coração") pela Comissão Europeia, o executivo comunitário quer reforçar o cruzamento de informações e bases de dados, e recorrer à inteligência artificial para os tratamentos de doenças cardiovasculares.
Em simultâneo, a iniciativa apresentada hoje quer debruçar-se sobre os comportamentos de risco associados a estas doenças, nomeadamente a ingestão de bebidas alcoólicas, uma má alimentação e fumar.
Para isso, a estratégia ontem apresentada quer apoiar os Estados-membros com campanhas de prevenção e a disponibilização de terapêuticas específicas para cada doente, ainda que este plano, à semelhança de outros apresentados recentemente noutras áreas, não especifique.
A projeção apresentada pela Comissão Europeia dá conta de que pode haver um aumento em 90% do número de doenças cardiovasculares até 2050 e que, anualmente, estas doenças "têm um custo na economia europeia de 282 mil milhões de euros".

Com 1,7 milhões de mortes por ano por causa destas doenças, o plano apresentado ontem prevê um reforço dos mecanismos de prevenção e "acelerar o uso da inteligência artificial".
A Comissão Europeia também quer apoiar a transição da biotecnologia "do laboratório para o mercado".
Este mercado, de cerca de 40 mil milhões de euros, que dá emprego a 900.000 pessoas, precisa e ser reforçado na ótica da Comissão Europeia, uma vez que a UE "está a ficar para trás" relativamente ao resto do mundo.

Obrigado por ler a medsupport.news.
A equipa da MedSUPPORT.
p.s. Se gostou desta newsletter, partilhe-a com os seus amigos e colegas! Todos podem subscrever aqui a medsupport.news.
Reply