Notícias da Saúde em Portugal 739

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Fotografar um sinal e detetar cancro de pele? Plataforma "Made in Portugal" agiliza diagnóstico

Renascença

Quando um paciente suspeita que uma mancha na pele possa ser cancro de pele, é habitualmente avaliado por um médico de família, que pode descartar um caso de risco.

Para reduzir possíveis dúvidas dos médicos e atrasos no diagnóstico, nasceu o projeto “Dermamatica”. A Renascença falou com um dos quatro criadores da plataforma, Sam Izadloo, investigador e estudante iraniano de medicina, na Universidade Católica Portuguesa.

Com um algoritmo e base de dados originais construídos em Portugal, esta tecnologia utiliza inteligência artificial para detetar melanomas e planeia ser um equipamento médico utilizado nas unidades locais de saúde em Portugal.

Basta uma fotografia para diagnosticar um melanoma?

Ao fotografar um sinal, a “Dermamatica” lança uma pontuação, acompanhada por um mapa de calor sobre os possíveis pontos para tratamento.

Com uma taxa de 90% de confiança, o projeto explica ao médico as características específicas que motivam o resultado, sem ser necessariamente um resultado “positivo” ou “negativo”.

Não dizemos se as lesões são malignas ou benignas, mas ajudamos a classificar e explicamos o porquê de ser um sinal de alto ou baixo risco”, explicou à Renascença Sam Izadloo, um dos quatro criadores da plataforma.

Mecanismos de triagem semelhantes já começam a funcionar em Portugal, mas são soluções adquiridas do mercado externo. O Hospital Amadora-Sintra comprou um projeto estrangeiro e pretende "ir mais além", confirmou à Renascença o dermatologista da unidade lisboeta, Tomás Pessoa e Costa.

“Faz mais sentido ser o doente a usar a aplicação", contraria o especialista, acrescentando que "é preciso parar de sobrecarregar os centros de saúde."

Porém, a "Dermamatica" acredita que não está no lugar do paciente interpretar os sinais do seu corpo, sem acompanhamento médico. Em vez de um paciente ser examinado por um dermatologista meses ou até anos mais tarde por um falso despiste, o médico de família pode ajudá-lo, mesmo sem conhecimento aprofundado da doença.

"O sinal está a crescer?" "Tem várias cores?" "Está a sangrar ou tem uma ferida? "É redondo ou assimétrico?" ... estas são algumas das questões preparadas para que seja marcada uma consulta no serviço de dermatologia mais próximo para o doente identificado, avançou o dermatologista.

O investigador e estudante iraniano de medicina, na Universidade Católica de Lisboa, começou os trabalhos desta start-up há um ano e meio enquanto estagiava numa unidade hospitalar da capital.

Confrontado com o caso de uma doente que foi encaminhada tarde demais para a unidade de dermatologia devido a um diagnóstico errado de um médico de família, Izadloo diz acreditar que este projeto “tem um grande potencial para salvar vidas”, principalmente no setor público.

Porém, o estudante reconhece que ainda são poucas as soluções de inteligência artificial implementadas nos consultórios portugueses. “Para muitos médicos, a inteligência artificial é uma caixa-negra", admite o investigador.

Apesar de acreditar que o mecanismo possa despertar alguma desconfiança para os profissionais de medicina geral, Sam Izadloo esclareceu que o médico vai continuar a ter a última palavra.

Não estamos a substituir o trabalho de ninguém, apenas queremos dar apoio e maior confiança na primeira vistoria aliada ao conhecimento adquirido pela experiência", sublinha.

Promovido na conferência “Web Summit” deste ano em Lisboa, “Dermamatica” ambiciona, assim, “revolucionar a forma como Portugal faz o diagnóstico e tratamento do cancro da pele”.

Porque é que a desidratação no inverno é mais fácil do que se pensa, segundo os especialistas em saúde

Euronews

Os especialistas em saúde alertam para o facto de a desidratação ser frequentemente negligenciada no inverno, aumentando o risco de fadiga, nevoeiro cerebral e problemas renais mais graves.

Manter-se hidratado pode ser surpreendentemente difícil durante os meses de inverno, mas os especialistas em saúde dizem que é tão importante - se não mais - do que no verão.

Yadira Santiago Banuelos, professora assistente clínica e enfermeira de família praticante na Escola de Enfermagem da Universidade de Purdue, afirma que a hidratação desempenha um papel fundamental em tudo, desde a saúde da pele à imunidade, quando as temperaturas descem.

A hidratação também apoia o sistema imunitário durante a época alta de gripes e constipações. "Ajuda a fornecer uma espécie de camada de membrana mucosa húmida que ajuda a prevenir vírus, bactérias e coisas do género durante o inverno", acrescentou.

"Normalmente, durante o inverno, não associamos tanto esses meses à desidratação", afirma. "Por isso, não pensamos ativamente em beber água suficiente durante esses meses."

Ao mesmo tempo, a resposta do corpo à sede torna-se mais fraca. "Os nossos recetores da sede diminuem cerca de 40%", explicou Banuelos, o que significa que as pessoas podem já estar desidratadas quando sentem sede.

O tempo frio também contribui de formas menos óbvias. O ar seco retira a humidade da pele, as pessoas urinam com mais frequência no inverno e o suor continua a aparecer, mesmo que seja menos visível.

"Continuamos a suar, mas muitas vezes não damos tanto por isso, porque o frio tende a evaporar-se muito mais rapidamente", afirmou.

Quais são os riscos da desidratação para a saúde?

De acordo com Banuelos, a desidratação pode causar uma grande variedade de sintomas, dependendo da sua gravidade, incluindo tonturas, pele seca, lábios gretados, sensação de desmaio, nevoeiro cerebral e fadiga.

Uma desidratação mais prolongada pode ser muito mais grave. "Pode definitivamente aumentar os efeitos secundários mais graves, incluindo problemas nos rins, como insuficiência renal, aumento do risco de pedras nos rins".

De quanta água precisa realmente?

O conselho comum de beber oito copos de água por dia pode não ser suficiente para todos.

"Os homens normalmente precisam de aproximadamente mais, como 13 copos (cerca de 3 litros) de água por dia", disse Banuelos. "E as mulheres precisam de uma média de cerca de nove copos (cerca de 2 litros) de água por dia."

As necessidades podem aumentar durante a gravidez ou a amamentação, quando as mulheres podem necessitar de níveis de ingestão semelhantes aos dos homens.

Vacinação contra a gripe aproxima-se da meta de 2,5 milhões definida pela DGS

Jornal de Notícias

Segundo o relatório semanal da DGS, 2.424.877 de pessoas já receberam a vacina contra a gripe, das quais perto de 1,3 milhões nos centros de saúde e as restantes 1,1 milhões nas farmácias.

A campanha de vacinação sazonal de 2025-2026 arrancou em 23 de setembro, com a DGS a apontar para a meta de vacinar 2,5 milhões de pessoas contra a gripe e 1,5 milhões contra a covid-19.

Os dados divulgados esta terça-feira indicam que a cobertura vacinal nas pessoas com mais de 60 anos está perto dos 64%, subindo para os 85% nos idosos com 85 ou mais anos.

Quanto à covid-19, o relatório da DGS indica que 1,3 milhões de pessoas receberam o reforço sazonal este ano, 680 mil das quais nos centros de saúde e 618 mil nas farmácias que participam na campanha de vacinação.

A procura das urgências hospitalares, da linha SNS 24 e do INEM aumentou na primeira semana de dezembro, impulsionada pelo aumento de casos de gripe e infeções respiratórias, que atingiram níveis superiores aos de épocas anteriores, segundo a DGS.

Segundo o relatório de resposta sazonal em saúde, verificou-se, neste período, um aumento do número total de episódios de urgência hospitalar, totalizando 128.602, mais 1,7% do que na semana anterior.

Recentemente, o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) apelou aos países da União Europeia para acelerarem a vacinação porque os casos de gripe estão a surgir três a quatro semanas mais cedo e a circulação está a ser impulsionada por uma nova estirpe de gripe A (H3N2), subtipo K.

Um chão que previne quedas de idosos? Está já a ser criado por cientistas

SIC Notícias

Cientistas britânicos estão a desenvolver um pavimento para casas de idosos que possa prevenir quedas. Segundo as Nações Unidas, as fraturas resultantes de quedas afetam uma em cada três pessoas com mais de 65 anos.

É ainda um projeto e não pode, para já, ser usado para fins comerciais. Mas o objetivo é criar um pavimento que possa vir a ser instalado nas casas, lares ou hospitais onde vivam os mais velhos e que evite as quedas e as consequências que provocam.

Quando envelhecemos, devido a muitas razões - visão deficiente, medicação, e também tempo de reação lento -, as quedas vão acontecer. A ideia deste projeto é criar um pavimento que possa proteger as pessoas dessas quedas”, explica o investigador Iman Mohagheghian.

Em caso de queda, com recursos a milhares de sensores e à inteligência artificial, o pavimento consegue perceber que a pessoa está imóvel. Além de tornar as quedas menos perigosas, o sistema conseguirá ainda dar o alerta para que a pessoa que caiu possa ser assistida.

À medida que nos deslocamos pela casa, deteta a nossa presença. Deteta como andamos. E se, de repente, se aperceber de uma queda, pode acionar uma resposta de emergência”, refere Iman Mohagheghian.

A tecnologia está a ser desenvolvido por uma equipa de investigadores da Universidade de Surrey, no sul de Inglaterra, com o apoio de vários voluntários.

Segundo as Nações Unidas, uma em cada três pessoas com mais de 65 anos cai, em todo o mundo, uma vez por ano, pelo menos.

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