Notícias da Saúde em Portugal

Quinta-feira, 9 de março de 2023

SNS

Delegação britânica no Ministério

A Secretária de Estado da Promoção da Saúde (SEPS), Margarida Tavares, recebeu esta quarta-feira, 8 de março, uma delegação do UK Department for Health and Social Care, o equivalente ao Ministério da Saúde no Reino Unido, e da Embaixada Britânica em Portugal. A reunião de trabalho incidiu sobre as prioridades dos dois países em matéria de promoção do envelhecimento saudável, resposta oncológica e resposta a situações de emergência. Um dos objetivos da equipa governativa é reforçar a cooperação institucional em áreas de interesse comum, tendo o encontro permitido apresentar à delegação britânica a estrutura de funcionamento dos cuidados de saúde primários e das equipas de saúde pública em Portugal, ponto de partida para possível trabalho conjunto.

Portugal, a par com outros estados-membros da União Europeia, subscreveu a Estratégia e Plano de Ação Global para o Envelhecimento Ativo e Saudável da Organização Mundial de Saúde (OMS), assim como as propostas de Ação da União Europeia para a promoção do Envelhecimento ativo e saudável e da Solidariedade entre gerações.

Combater o desperdício na saúde

Mais de 100 pessoas participaram esta quarta-feira, 8 de março, no Fórum “Desperdício em Saúde – controlo e combate”, organizado pela Associação de Técnicos de Engenharia Hospitalar Portugueses (ATEHP) e a Revista TecnoHospital (TH) no Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC).

“O combate ao desperdício e a gestão eficiente de recursos é um desafio transversal a todos os sistemas de saúde” afirmou Ricardo Mestre, Secretário de Estado da Saúde, evocando as estimativas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que apontam para que 20% da despesa em saúde resulte de desperdícios de várias ordens, de consumíveis a gestão ineficiente.

“Este é um debate que não termina hoje, é contínuo, e por isso agradeço aos profissionais todo o trabalho que tem sido feito, com a nota de que o combate ao desperdício é uma luta que vale a pena travar”, concluiu o Secretário de Estado da Saúde. “Não vai reduzir acesso nem direitos às pessoas. Pelo contrário. Vai permitir-nos ter melhores condições para responder às suas necessidades e expectativas e, por isso, é um dever que nos mobiliza a todos”.

Diário de Notícias

Doença Renal Crónica. Falhas no rastreio causam "números que envergonham"

A Doença Renal Crónica afeta, aproximadamente, uma em cada dez pessoas em todo o mundo. Em Portugal, contudo, os últimos dados conhecidos apontam para valores de prevalência de 20%, ou seja, o dobro da média mundial. E os registos mostram que Portugal é o país da Europa com mais doentes a entrar em diálise por ano, e o 8º do mundo com os piores números neste capítulo. Um diagnóstico sombrio que leva a Sociedade Portuguesa de Nefrologia, neste Dia Mundial do Rim, a reivindicar mais ação do Ministério da Saúde na promoção do rastreio precoce e de tratamentos adequados para inverter "valores que nos envergonham no mundo inteiro", diz Ana Farinha.

A nível da transplantação, "Portugal tem números de que se deve orgulhar", defende Ana Farinha. "Temos taxas de transplantação ao nível de dador-vivo e de dador-cadáver bastante promissoras e estamos um pouco melhores do que outros países da Europa neste campo". Os tratamentos para diminuir a taxa de rejeição dos transplantes também "estão sempre a avançar", diz, e "hoje em dia é bastante seguro o transplante". "Daí que seja a melhor opção de tratamento da doença renal crónica", assegura.

"Um transplante de dador-cadáver e um transplante de dador-vivo têm uma sobrevida diferente. Em média podemos apontar para dez anos de sobrevida de um transplante. Mas temos doentes que chegam aos 30 anos", refere. Atualmente, em Portugal, há cerca de cinco mil pessoas em espera por um transplante de rim.

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