Notícias da Saúde em Portugal

Quinta-feira, 15 dezembro de 2022

ERS

Monitorização do setor convencionado de Hemodiálise

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) é o principal financiador de tratamentos de hemodiálise, cujos cuidados são prestados essencialmente por prestadores privados com contrato de convenção com o SNS. Adicionalmente, a situação concorrencial deste setor caracteriza-se por elevada concentração de mercado, o que requer atenção acrescida por parte da ERS.

Das principais conclusões da presente monitorização destaca-se que, em 2022, o peso relativo dos encargos com a área da hemodiálise no total de encargos com o setor convencionado sofreu uma descida de 5 pontos percentuais comparativamente com o ano 2021. Em termos concorrenciais, há 5 regiões (NUTS III) cujos mercados se apresentam com estrutura de monopólio e, a nível nacional, os dois maiores grupos empresariais detêm uma quota conjunta de 71,4% do mercado. Constata-se também que 61,2% do total de utentes são seguidos na unidade mais próxima da sua residência, o que representa uma melhoria neste indicador, em relação aos anos anteriores.

Monitorização do setor convencionado de Análises Clínicas

O mercado de análises clínicas em Portugal representa, desde 2020, a maior despesa com serviços convencionados com o Serviço Nacional de Saúde (SNS): no ano de 2021 foram gastos 378 milhões de EUR em exames laboratoriais, mais 109% em relação ao período pré-pandemia (2019), aumento decorrente maioritariamente do alargamento da convenção para diagnóstico de doentes infetados por SARS-CoV-2 (COVID-19), para realização de testes PCR e de testes rápidos de antigénio de uso profissional (TRAg).

Dando cumprimento aos seus objetivos de regulação, conforme estabelecidos nos seus estatutos, a ERS deu continuidade à monitorização que tem vindo a fazer deste setor, tendo concluído que mais de 95% dos estabelecimentos não públicos registados na ERS como prestadores de cuidados na área das análises clínicas e patologia clínica têm convenção com o SNS. Constatou-se também que cerca 30% dos operadores não públicos apresentaram cerca de 90% da totalidade de requisições aceites no ano de 2021. Tendo em consideração os 4 grupos mais representativos em cada região de saúde, o cálculo do rácio de concentração revelou tendência para uma estrutura em oligopólio.

ACSS

Futuro dos sistemas de saúde em debate na eHealth Sessions 2

Fundação Eng.º António de Almeida, no Porto, acolheu a segunda “eHealth Session” – integrada na 5ª edição de eHealth Summit Portugal – que decorreu no final de novembro.

O presidente da ACSS, Victor Herdeiro, esteve na sessão de abertura, onde realçou “a evidente necessidade de criação de um Big Data, bem como a adoção de um modelo de gestão de informação, que permita o armazenamento estruturado dos dados e uma melhor articulação entre os diferentes intervenientes no percurso de saúde do utente, potenciando desta forma, a eficiência e sustentabilidade do nosso Serviço Nacional de Saúde”.

O “eHealth Sessions 2” visa fomentar o conhecimento, acrescentar valor e contribuir para soluções inovadoras e sustentáveis, quer para os profissionais de saúde, quer para os cidadãos.

Revista Saúde Oral

Bastonário da OMD integra direção do Conselho Europeu de Médicos Dentistas

O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), Miguel Pavão, foi eleito para integrar a direção do Conselho Europeu de Médicos Dentistas (CED), durante o mandato 2022-2025.

Esta eleição representa uma “oportunidade para transpor os desafios que os médicos dentistas portugueses enfrentam para o plano europeu, uma vez que há questões que são transversais aos diferentes países e há problemas específicos que afetam os países do sul da Europa”, aponta Miguel Pavão.

As médicas dentistas Charlotte Heuze (França) e Katalin Nagy (Hungria) também integram a direção. Ioannis Tzoutzas (Grécia) assume o cargo de tesoureiro.

Saúde Online

OMS espera que covid-19 e mpox deixem em breve de ser emergências de saúde pública

A análise dos critérios para decidir se a covid-19 vai deixar de ser uma emergência de saúde pública decorrerá em janeiro, na próxima reunião do comité de peritos que desde 2020 se reúne trimestralmente para analisar a evolução da pandemia.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) admite que as doenças covid-19 e mpox – anteriormente designada monkeypox – podem deixar em breve de ser consideradas uma emergência de saúde pública internacional. “Há um ano, a variante Ómicron matava 50 mil pessoas todas as semanas e na semana passada foram menos de 10 mil, um número que ainda é excessivo, mas que marca uma boa trajetória”, salientou o diretor-geral da OMS em conferência de imprensa.

Tedros Adhanom Ghebreyesus adiantou, porém, que o “coronavírus não vai desaparecer” de circulação, o que obriga os países a “aprender a geri-lo juntamente com outros problemas respiratórios”, como a gripe. De acordo com o responsável da OMS, a diminuição de 90% nos casos notificados de mpox é também um sinal de otimismo em relação a um fim próximo dessa crise de saúde pública internacional.

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