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Notícias da Saúde em Portugal 617
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Editorial
Esta semana, a MedSUPPORT associa-se à celebração do lançamento do livro do Dr.Almeida Nunes. O livro “O que a vida me ensinou sobre a sua saúde” é um testemunho de dedicação, reflexão e compromisso com a prática clínica. O convite fica feito na primeira pessoa:
Aceite o convite do Dr. Almeida Nunes, que apresenta a obra com o Sr. Prof. Daniel Sampaio, esta sexta-feira às 18 h, no El Corte Inglês, em Lisboa.
Vemo-nos lá?
Provavelmente não precisa de alimentos com proteína adicionada, de acordo com os nutricionistas.
EuroNews
Os nutricionistas afirmam que, se se alimenta o suficiente, provavelmente está a consumir proteína suficiente e não precisa adicionar mais proteína à sua dieta.
"Adicionar proteína aos alimentos é muito bom para os lucros", disse Federica Amati, líder de nutrição do Imperial College London e nutricionista-chefe da empresa de ciências da saúde ZOE. "Não se baseia na saúde, não é apoiado pela ciência".
As proteínas desempenham inúmeras funções dentro das células e são vitais para o crescimento, reparação e manutenção dos músculos, ossos e pele. Os comentários surgem à medida que as empresas alimentares continuam a lançar versões ricas em proteína de uma vasta gama de alimentos, incluindo batidos, barras de granola, panquecas e pipocas.
"A maioria das pessoas não precisa de mais"
A proteína é um macronutriente, ou um tipo básico de alimento, como a gordura ou os hidratos de carbono, de que o seu corpo necessita para funcionar. Existem milhares de proteínas, formadas a partir de moléculas mais pequenas chamadas aminoácidos — a maioria das quais pode ser produzida pelo organismo. "Como a proteína é tão importante, o nosso corpo adaptou-se muito bem para garantir que pode voltar a montar e alterar os blocos de construção destes aminoácidos para garantir que temos o que precisamos, desde que estejamos a comer quantidades adequadas de alimentos", disse Amati.
A quantidade de proteína necessária depende da sua idade, peso e necessidades nutricionais pessoais, sendo especialmente importante que as crianças e os idosos se certifiquem de que consomem alimentos ricos em proteína.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda, em média, que os adultos saudáveis consumam cerca de 0,4 gramas de proteína por quilo de peso corporal (0,8 gramas de proteína por quilo de peso corporal). Isto representa aproximadamente 60 gramas para os homens e 50 gramas para as mulheres por dia.
“A menos que tenha um problema de saúde específico que exija mais proteína, a maioria das pessoas em países como os EUA e o Reino Unido não precisa de mais”, disse Bridget Benelam, nutricionista da British Nutrition Foundation.

Obtenha proteína de diferentes alimentos.
Em vez disso, Benelam sugere a obtenção de proteína de diferentes alimentos, como produtos lácteos, peixe, feijão, nozes, vegetais e carne. Consumir um pouco de proteína em todas as refeições é também, provavelmente, uma boa ideia.
“Parece ser melhor para preservar a função muscular se consumir um pouco de proteína ao longo do dia, em vez de consumir tudo numa única refeição”, disse Benelam.
As fontes vegetais de proteína incluem alimentos como feijão, lentilhas, ervilhas, nozes, sementes, tofu, tempeh e substitutos da carne. O peixe, a carne, as aves, os ovos e os produtos lácteos, como o leite e o iogurte, são também boas fontes de proteína. Para as pessoas que procuram construir mais músculo, Amati recomendou uma solução mais direta: o exercício.
“Se está preocupado com a sua composição corporal e força muscular, precisa de levantar pesos (mais pesados) e desafiar o seu corpo”, disse Amati.
“Comer uma barra de proteína não vai ajudar”.
Recorde de mortes por água contaminada e falta de higiene
Jornal de Notícias
Em 2023, registaram-se 518 óbitos por ingestão de água contaminada e falta de higiene, 57% dos quais em maiores de 85 anos. Por 100 mil habitantes são cinco mortes, um recorde.
As mortes devido a fontes de água insalubre ou a condições de saneamento e higiene deficientes ou inexistentes não param de aumentar em Portugal, com um novo máximo de 518 mortes em 2023, alavancando a taxa de mortalidade para 4,9 óbitos por 100 mil habitantes, o valor mais alto desde, pelo menos, 2010, quando estava nos 1,1. Melhorias na codificação, uso de poços ou fontanários e águas interiores ou costeiras com bactérias são algumas das explicações avançadas pelos especialistas ao JN.

De acordo com os dados facultados ao JN pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), 57% dos óbitos registados em 2023 concentraram-se nas pessoas com mais de 85 anos, seguindo-se a faixa 75-84, com 28% das mortes. Há preponderância do sexo feminino: seis em cada dez óbitos foram de mulheres.
As mais de 500 mortes registadas representam um crescimento de 9,8% face a 2022. Valor que mais do que quadruplica se recuarmos a 2010, os primeiros dados disponíveis, apurando-se, para 2023, praticamente cinco óbitos por 100 mil habitantes, com maior impacto entre os mais vulneráveis: nos maiores de 85 anos a taxa de mortalidade chegou aos 78,6/100 mil, sendo a segunda mais elevada nos 75-84 (16,6), seguindo-se os bebés com menos de um ano (4,9).
Os óbitos em questão são atribuídos a fontes de água insalubre ou a condições de saneamento e higiene deficientes ou inexistentes, entrando nesta codificação mortes por cólera, febre tifoide, shigelose ou outras infeções intestinais bacterianas, sendo ainda considerados óbitos por doenças parasitárias como a ancilostomíase, ascaridíase ou tricuríase, de acordo com a listagem consultada pelo JN.
Escala que mede dependência dos jovens em videojogos acessível para Portugal
SIC Notícias
Uma equipa do Instituto Superior Miguel Torga (ISMT), de Coimbra, tornou acessível aos profissionais portugueses de saúde mental uma escala internacional que mede a dependência dos jovens em videojogos.
A adaptação e validação em português europeu da Game Addiction Scale-7 (GAS-7) - desenvolvida pelo investigador holandês Jeroen S. Lemmens e que avalia sete sinais de alerta - permitirá à comunidade clínica de psiquiatras e psicólogos ter uma nova escala para identificar comportamentos e níveis de dependência associados ao uso excessivo de videojogos entre os jovens.

“Esta escala não faz diagnóstico clínico, nenhuma escala 'per si' o faz, mas é um complemento à eventual necessidade de um diagnóstico clínico”
Adaptação a nova escala permitirá avaliar saúde mental
Com esta escala de avaliação da saúde mental será possível perceber "se o hábito de jogar está a causar, na vida dos mais jovens, problemas como o isolamento social, sintomas de abstinência, perda de interesse noutras atividades ou dificuldade em controlar o tempo passado a jogar".
Os sete sinais de alerta avaliados por esta escala são saliência, tolerância, alteração do humor, recaída, abstinência, conflito e problemas do jogo.
"Se não conseguimos medir um problema, também não conseguimos acompanhá-lo nem tratá-lo. A GAS-7 -- PT dá-nos finalmente esse ponto de partida em Portugal", frisou.
Rapazes apresentam níveis de dependência mais elevados do que as raparigas
Segundo o ISMT, "os resultados dos inquéritos exigidos pelo processo de validação em Portugal revelaram que os jovens do género masculino apresentam níveis significativamente mais altos de comportamentos aditivos ligados ao jogo do que as mulheres da mesma idade, um padrão que tem sido observado noutros países".
A investigação foi conduzida por Ilda Massano Cardoso, em colaboração com as investigadoras Filipa Nogueira, Sofia Carvalho Figueiredo e Ana Galhardo.
Cientistas descobrem na China dois novos vírus associados aos mortais Nipah e Hendra
Observador
Cientistas descobriram na China dois novos vírus em morcegos que estão ligados aos vírus mortais Nipah e Hendra, que podem causar inflamação cerebral grave e doenças respiratórias em humanos, foi esta terça-feira divulgado.
Os vírus foram detetados em morcegos que vivem em pomares perto de aldeias no sudoeste da China e os resultados da descoberta foram divulgados na publicação científica de acesso aberto PLOS Pathogens.
Investigadores do Instituto de Prevenção e Controlo de Doenças Endémicas de Yunnan, na China, analisaram o interior dos rins de 142 morcegos de dez espécies, recolhidos ao longo de quatro anos em cinco áreas da província de Yunnan.
Ao usar sequenciação genética avançada, a equipa encontrou 22 vírus, 20 dos quais nunca antes vistos.

Dois dos vírus mais preocupantes foram os novos henipavírus, do mesmo género dos vírus Nipah e Hendra, conhecidos pelas suas elevadas taxas de mortalidade em humanos.
Os henipavírus foram encontrados em morcegos frugívoros e, como podem espalhar-se através da urina, o estudo levanta preocupações sobre os frutos contaminados e o risco de estes vírus passarem para humanos ou animais de criação.
Os morcegos são reservatórios naturais para microrganismos, incluindo patógenos que foram transmitidos aos humanos. Contudo, falta um levantamento completo da diversidade de vírus, fungos, bactérias e parasitas que infetam os morcegos.
A maioria dos estudos anteriores centrou-se nas fezes e não nos órgãos destes animais.

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