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A MedSUPPORT vai oferecer exemplares autografados do livro: «O que a vida me ensinou sobre a sua saúde».

Lançamento do livro “O que a Vida me Ensinou Sobre a sua Saúde”

Conhecido como o “Médico da Casa”, rosto habitual na televisão e presença acarinhada pela população portuguesa, o médico internista partilha agora os momentos mais marcantes da sua vida profissional — casos clínicos, encontros e memórias que moldaram a sua forma de estar na medicina e na vida.

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Entrega de prémios de jornalismo em Saúde

SNS

A Secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, participou na cerimónia de entrega dos prémios de Jornalismo em Saúde, uma iniciativa conjunta do Clube de Jornalistas e da APIFARMA que distinguiu, este ano, na sua 9.ª edição, cinco trabalhos e atribuiu o prémio carreira à jornalista Alexandra Campos.

O jornalismo desempenha uma missão social de enorme relevância para a sociedade e “é mandatório reconhecer que no caso concreto da saúde é nos órgãos de Comunicação Social que grande parte dos nossos cidadãos encontra o seu principal meio de informação e de esclarecimento” afirmou a Secretária de Estado nesta cerimónia.

Ana Povo - Secretária de Estado da Saúde

Agradecendo a todos os premiados, Ana Povo referiu que “as notícias de saúde têm um papel importantíssimo na elevação da nossa literacia em saúde, na prevenção, na promoção e até, em alguns casos, na adoção de hábitos saudáveis” e sempre que o jornalismo “se pauta pela excelência os ganhos são enormes”. Disse ainda, que para os profissionais de saúde estas reportagens constituem, igualmente, um estímulo e reconhecimento pelo seu trabalho.

“Confio, por isso, no papel dos jornalistas para uma sociedade mais saudável e que continuem a fazer a diferença na vida dos nossos concidadãos” concluiu a Secretária de Estado da Saúde no encerramento da 9ª edição destes prémios que visam promover um jornalismo de qualidade nesta área e incentivam a abordagem de temas plurais, diretamente ligados, ou não, ao Serviço Nacional de Saúde.

Citomegalovírus é a principal causa evitável de surdez em bebés

SIC Notícias

No mês internacional de sensibilização para o citomegalovírus, os especialistas alertam que, se uma mulher grávida for infetada pela primeira vez, ou tiver uma reativação do vírus já latente no organismo, existe o risco de o bebé nascer com uma infeção congénita.

Estima-se que 40% a 80% das pessoas em todo o mundo estejam cronicamente infetadas com citomegalovírus, um vírus da família do herpes que geralmente não causa sintomas em pessoas saudáveis, mas é uma causa comum de perda de audição e outros defeitos congénitos que danificam os órgãos quando transmitido da mãe para o feto durante a gravidez.

Os fetos adquirem o vírus das mães infetadas durante a gestação em 30% a 50% dos casos.

Um estudo publicado na revista científica The Lancet confirma que a infeção congénita por citomegalovírus é uma das principais causas de perda auditiva na infância e destaca a importância do diagnóstico precoce e da prevenção.

Sem vacina, a prevenção passa por cuidados básicos

A surdez associada ao citomegalovíruspode estar presente à nascença ou manifestar-se ao longo da infância. Nos casos mais graves, a infeção congénita pode ainda provocar lesões no sistema nervoso central e nos olhos.

Atualmente não existe vacina contra o citomegalovírus. A infeção pode, no entanto, ser prevenida através de medidas simples de higiene, sobretudo para grávidas que estejam em contacto frequente com crianças - como profissionais de infantários, hospitais ou centros de saúde - ou que tenham filhos pequenos.

De acordo com Luísa Monteiro, o vírus pode ser transmitido de forma assintomática através da urina ou saliva de crianças infetadas. Por isso, recomenda-se que as grávidas evitem partilhar comida ou utensílios e lavem cuidadosamente as mãos após mudarem fraldas.

Caso a infeção seja detetada logo à nascença, é possível tratar o bebé com um antiviral oral, administrado durante seis meses. Este tratamento pode atenuar as complicações associadas à infeção.

A vigilância antes e durante a gravidez, com análises ao sangue, permite detetar uma infeção recente ou a reativação do vírus, que, ao contrário da rubéola, não confere imunidade duradoura.

Análise à saliva pode revelar risco de desenvolver cancro, doenças cardíacas ou Parkinson

Noticiassaude.pt

Uma equipa de investigação liderada pela Universidade do País Basco (Euskal Herriko Unibertsitatea, EHU) identificou centenas de marcadores moleculares na saliva que podem revelar o risco de uma pessoa desenvolver doenças graves, como cancro, doenças cardiovasculares, diabetes e doenças neurodegenerativas. Os seus resultados estabelecem a base para o desenvolvimento de uma ferramenta poderosa e não invasiva para o diagnóstico precoce e medicina de precisão.

A saliva é um dos fluidos biológicos mais acessíveis, mas ainda é subutilizada na prática clínica”, afirma José Ramón Bilbao, professor de Genética Médica na EHU e um dos principais autores do estudo.

Os nossos resultados mostram que os marcadores moleculares presentes na saliva podem refletir processos patológicos sistémicos para além da cavidade oral.

É amplamente sabido que as amostras de saliva são utilizadas para realizar testes genéticos para determinar, por exemplo, a paternidade, mas o potencial da análise clínica baseada na saliva vai muito além disso.

A equipa de investigação analisou amostras de saliva de mais de 350 pessoas e catalogou as variações comuns no ADN, conhecidas como polimorfismos genéticos, ou SNPs (polimorfismos de nucleótidos únicos), que poderiam influenciar a função do genoma na saliva.

Especificamente, descobriram que estes polimorfismos atuam como um interruptor que ativa ou desativa a função dos genes que afetam. Comparando os dados do seu estudo com os resultados de grandes estudos genéticos internacionais anteriores sobre o risco de desenvolver doenças crónicas, observaram que muitos dos mesmos polimorfismos detetados na saliva estão associados a um maior risco de desenvolver doenças comuns, como o cancro da próstata, doença coronária, Parkinson e diabetes tipo 2.

Além disso, utilizando ferramentas estatísticas avançadas, o grupo de investigação demonstrou que estes marcadores podem explicar uma proporção significativa da hereditariedade genética de várias doenças, em alguns casos com maior precisão do que os indicadores sanguíneos tradicionais.

Embora estas descobertas necessitem de ser validadas em estudos maiores para cada uma das doenças, representam um avanço significativo na identificação de biomarcadores de doenças não invasivos.

Como explica Alba Hernangómez-Laderas, investigadora do Departamento de Genética, Antropologia Física e Fisiologia, e outra autora principal do estudo, “este trabalho abre caminho para o desenvolvimento de testes baseados na saliva que poderão, no futuro, ser utilizados para a deteção precoce de doenças ou para a monitorização de tratamentos, sem necessidade de colheita de sangue ou outros procedimentos invasivos”.

Outra contribuição deste estudo é a criação da maior base de dados pública de dados genéticos derivados de amostras de saliva, que pode ser consultada através de uma plataforma de acesso aberto. “Espera-se que a natureza de acesso aberto da base de dados incentive novas pesquisas e inovações em diferentes disciplinas biomédicas”, comentam os investigadores.

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A equipa da MedSUPPORT.

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